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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um bom jornalista não precisa de diploma, ele é nato. ...

Vocês ai, não entendem nada, só burrice. Um veículo de imprensa não vai sair por ai atropelando e matando gente, o Código Penal já manda o recado. Um bom jornalista não precisa de diploma, ele é nato. Os nossos principes do jornalismo Olavo Bilac, Ruy Barbosa, Alberto Dines, Nelson Rodrigues, Otto Lara Resende e tantos outros não tinham diploma. Quantos principes com a Lei da Imprensa tivemos com a exigência do diploma para exercer a profissão de jornalista?

25 PERGUNTAS......

Vamos fazer circular... Quem sabe um dia chega a Brasília ?

Esse e-mail está circulando pela internet e precisa chegar até ele, para
responder às questões na TV, em horário nobre. Caso contrário, vamos colocar um
ponto final (?)




1.O sr. sabe algo sobre o "assassinato" de Andréa Paula Pedroso Wonsoski,
jornalista que denunciou o seu irmão, Chico Mendes, por compra de votos em
Diamantino, no Mato Grosso?

2.Qual a natureza da sua participação na campanha eleitoral de Chico Mendes em
2000, quando o sr. era advogado-geral da União?

3.Qual a natureza da sua participação na campanha eleitoral de Chico Mendes em
2004, quando o sr. já era ministro do Supremo Tribunal Federal?

4.Quantas vezes o sr. acompanhou ministros de Fernando Henrique Cardoso a
Diamantino, para inauguração de obras?

5.O sr. tem relações com o Grupo Bertin, condenado em novembro de 2007 por
formação de cartel? Qual a natureza dessa relação?

6.Quantos contratos sem licitação recebeu o Instituto Brasiliense de Direito
Público, do qual o sr. é acionista, durante o governo de Fernando Henrique
Cardoso?

7.O sr. considera ética a sanção, em primeiro de abril de 2002, de lei que
autorizava a prefeitura de Diamantino a reverter o dinheiro pago em tributos pela
Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino, da qual o sr. é um dos
donos, em descontos para os alunos?

8.O sr. tem alguma idéia do porquê das mais de 30 ações impetradas contra o seu
irmão, ao longo dos anos, jamais terem chegado sequer à primeira instância?

9.O sr. tem algo a dizer acerca da afirmação de Daniel Dantas, de que só o
preocupavam as primeiras instâncias da justiça, já que no STF ele
teria"facilidades"?

10.O segundo habeas corpus que o sr. concedeu a Daniel Dantas foi posterior à
apresentação de um vídeo que documentava uma tentativa de suborno a um policial
federal. O sr. não considera uma ação continuada de flagrante de suborno uma
obstrução de justiça que requer prisão preventiva?

11.Sendo negativa a resposta, para que serve o artigo 312 do Código de Processo
Penal segundo a opinião do sr.?

12.Por que o sr. se empenhou no afastamento do Dr. Paulo Lacerda da ABIN?

13.Por que o sr. acusou a ABIN de grampeá-lo e até hoje não apresentou uma única
prova? A presunção de inocência só vale em certos casos?

14.Qual a resposta do senhor à objeção de que o seu tratamento do caso Dantas
contraria claramente a *súmula 691* http://www.dji. com.br/normas_ inferiores/
regimento_ interno_e_ sumula_stf/stf_ 0691a0720. htm do próprio STF?

15.O sr. conhece alguma democracia no mundo em que a Suprema Corte legisle sobre o
uso de algemas?

16.O sr. conhece alguma Suprema Corte do planeta que haja concedido à mesma pessoa
dois habeas corpus em menos de 48 horas?

17.Por que o sr. disse que o deputado Raul Jungmann foi acusado "escandalosamente"
antes que qualquer documentação fosse apresentada?

18.O sr. afirmou que iria chamar Lula "às falas". O sr. acredita que essa é uma
forma adequada de se dirigir ao Presidente da República? O sr. conhece alguma
democracia onde o Presidente da Suprema Corte chame o Presidente da República "às
falas"?

19.O sr. tem alguma idéia de por que a Desembargadora Suzana Camargo, depois de
fazer uma acusação gravíssima – e sem provas – ao Juiz Fausto de Sanctis, pediu
que a "esquecessem"?

20.É verdade que o sr., quando era Advogado-Geral da União, depois de derrotado no
Judiciário na questão da demarcação das terras indígenas, recomendou aos órgãos da
administração que não cumprissem as decisões judiciais?

21.Quais são as suas relações com o site Consultor Jurídico? O sr. tem ciência das
relações entre a empresa de consultoria Dublê, de propriedade de Márcio Chaer, com
a BrT?

22.É correta a informação publicada pela Revista Época no dia 22/04/2002, na
página 40, de que a chefia da então Advocacia Geral da União, ou seja, o senhor,
pagou R$ 32.400,00 ao Instituto Brasiliense de Direito Público - do qual o sr.
mesmo é um dos proprietários - para que seus subordinados lá fizessem cursos? O
sr. considera isso ético?

23.O sr. mantém a afirmação de que o sistema judiciário brasileiro é um
"manicômio"?

24.Por que o senhor se opôs à investigação das contas de Paulo Maluf no exterior?

25.Já apareceu alguma prova do grampo que o sr. e o Senador Demóstenes
denunciaram? Não há nenhum áudio, nada?

*Renato de la Rocha*







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terça-feira, 28 de abril de 2009

STF DANTAS INCORPORATION LTDA

Laerte Braga


As provas de corrupção ativa e passiva praticadas pelo ministro presidente doSTF DANTAS INCORPORATION LTD são públicas, notórias e remontam ao tempo que Gilmar Mendes exercia as funções de Advogado Geral da União no descalabro chamado governo de Fernando Henrique Cardoso.


A reação do ministro Joaquim Barbosa à forma atrabiliária e desmoralizante como Gimar conduz a suposta suprema corte foi a explosão de quem sentiu na pele, tem sentido, as ações criminosas e o comprometimento de Gilmar Mendes com a corrupção.


“Vossa excelência não está falando com seus capangas no Mato Grosso”.


A nota subscrita por oito ministros em apoio ao modo como Gilmar Mendes conduz a empresa de Daniel Dantas no poder dito judiciário é um exercício maior que a simples subserviência, ou a preocupação de envolver a tal suprema corte num escândalo que implique em desacreditar de vez o desacreditado poder judiciário.


O ministro Erros Grau, por exemplo, quando advogado em Porto Alegre, uma semana antes de ter seu nome indicado para o supremo pelo atual presidente, emitiu um parecer público e cuidadosamente elaborado definindo como inconstitucional o desconto previdenciário dos salários de aposentados e pensionistas. Virou ministro e ao votar a matéria votou contra seu próprio parecer. Parece ter sido, parece não, foi a condição imposta pelo governo para indicar seu nome.


É fato ilustrativo do seu caráter. Foi um dos que assinou a nota de “solidariedade” ao truculento e corrupto Gilmar Mendes.


O ministro Marco Aurélio Mello, sem favor algum um dos juristas da tal suprema corte, é autor da sentença que absolveu um latifundiário por prática de sexo com menor de 12 anos sob alegação que a menina tinha conhecimento e consciência do fato e além do mais sua mãe havia sido a intermediária na “negociação” com o fazendeiro.


Marco Aurélio Mello é vizinho do banqueiro Salvatore Cacciolla no Rio de Janeiro e foi quem deu ao banqueiro o habeas corpus que lhe permitiu fugir para a Itália (o banqueiro tem dupla nacionalidade e foi preso por um descuido, pois saiu da Itália para ir jogar nos cassinos de Mônaco).


Significa que aquele dispositivo da Constituição que fala que os ministros do STF devem ser “maiores de trinta e cinco anos e ter reputação ilibada e notável saber jurídico” foi para as calendas. Marco Aurélio tem notável saber jurídico, mas a reputação...


A história do STF não registra um momento tão negativo e tão pobre como o atual. É o cúmulo da esculhambação uma figura desprovida de respeito pelo quer que seja, corrupto e venal como Gilmar Mendes presidir aquilo que chamam de corte suprema.


Tem razão o ministro Joaquim Barbosa quando afirma que Gilmar “está destruindo a credibilidade da justiça”.


A nota de solidariedade dos oito ministros a Gilmar Mendes deve ter passado pelo crivo do espelho – é claro que cada um deve ter seu espelho – e os rabos não são suficientemente livres. Ou nem são livres como o de Gilmar.


É preciso entender que o papel cumprido por Gilmar Mendes transcende à corrupção, à forma truculenta com que age e conduz o STF. A corrupção aí é conseqüência do modelo e não é causa. E tampouco Gilmar Mendes, como anteriormente Nelson Jobim, foram indicados ministros do STF por reputação ilibada e notável saber jurídico. O foram exatamente por não terem esses preceitos parte de um ou de outro em suas atividades públicas.


Dalmo Dallari de Abreu, jurista de nomeada e respeitado em todo o País, à época da indicação do nome de Gilmar Mendes (governo FHC) afirmou claramente que estavam achincalhando a corte dita suprema.


A descaracterização do STF começa na ditadura militar. Era preciso dobrar a corte ao arbítrio e à barbárie do regime dos generais. Quatro ministros reagiam à violência do regime. Ribeiro Costa, Hermes Lima, Evandro Lins e Silva e Vítor Nunes Leal. Ribeiro da Costa aposentou-se normalmente os outros três foram cassados pelo AI-5. Era fundamental tornar a tal suprema corte dócil à ditadura.


E mesmo assim os generais tiveram problemas e dificuldades com ministros íntegros como Adauto Lúcio Cardoso e Bilac Pinto. O conceito de ministros técnicos, sem compromisso político no sentido amplo da palavra apenas serviu para esconder ministros sem personalidade, prontos a atender à qualquer ordem de sentido, ordinário e marche dos militares.


O tempo da tortura, dos assassinatos, seqüestros, estupros com aval da justiça em sua instância máxima.


A chamada redemocratização não mudou a natureza do STF. A nova ordem econômica trouxe a necessidade de manter ministros “técnicos” ou políticos como Jobim, que se constituíssem em instrumentos do processo de privatização do patrimônio público e das chamadas reformas neoliberais, dentre elas o desconto previdenciário nos contracheques de aposentados e pensionistas. O tal que Eros Grau achava inconstitucional e assim que virou ministro passou a achar constitucional.


Um dos maiores escândalos, pouco divulgado pela grande mídia, podre, corrompida e parte do modelo, foi o discurso de posse de Nelson Jobim. “Vim a esta corte para ser aqui o líder do governo”. Foi lá, explicitamente, para barrar toda e qualquer tentativa de anular as ilicitudes do processo de privatização posto em prática no governo FHC. Juízes de instâncias inferiores como Salete Macalóes foram trucidadas – resistiu e resiste com bravura até hoje – por não se curvarem ao regime das propinas para a venda do Brasil.


Toda a teia neoliberal montada no governo FHC necessitava de “garantias” já que em 2000 o governo dispunha de informações que dificilmente o então candidato do PT, o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva, seria vencido e um eventual governo Lula colocava em risco a estrutura neoliberal e a adesão do País ao modelo em crise, a tal globalização.


Essa teia estendeu-se a todo o aparelho institucional. Desde o Congresso e até ao Judiciário, como, na criação de agências autônomas em setores estratégicos para os donos do Brasil. Empresários, latifundiários e banqueiros.


E Gilmar Mendes foi indicado para cumprir o papel de garantir que nada mudasse, que o modelo permanecesse em sua essência. Na prática a transformação do STF em STF DANTAS INCORPORATION LTD. Basta entender Daniel Dantas como símbolo e síntese do modelo político e econômico.


Quando a revista VEJA – a editora ABRIL que edita a publicação foi beneficiada por José Serra com um contrato milionário de assinaturas de revistas para garantir o apoio eleitoral em 2010. O jornalista Luís Nassif em seu blog denuncia:


"As bondades para 2010" (20/4). O texto afirma que foi dada a largada para o "pacote de bondades que já vinha ajudando o caixa da Abril. Agora é a vez da Folha e do Estado. Os jornalões paulistas vão ganhar cabeças e corações em todas as escolas paulistas já que a Secretaria [estadual da Educação] vai fazer 5.449 assinaturas dos dois periódicos".


Registre-se que o secretário de Educação de Serra é o ex-ministro de FHC Paulo Renato e uma de suas “missões” é privatizar as universidades públicas estaduais em São Paulo.


Gilmar Mendes se insere aí. Em todo esse arcabouço legal/imoral que busca manter o modelo político e econômico.


A corrupção e a impunidade é como que “prêmio” pela capacidade de bem servir aos donos do País. Cinco ministros do STF DANTAS INCORPORATION LTD trabalham para Gilmar Mendes no Instituto de Direito Público, sediado em Brasília, que mantém convênios ilegais com o governo federal, com o governo da cidade de Diamantino onde Gilmar tem negócios e seu irmão foi prefeito (recentemente Gilmar Mendes esteve na cidade para “convencer” os vereadores a cassar o atual prefeito e foi cassado, por contrariar os interesses de seu grupo e seus negócios).


Os ministros Eros Grau, Marco Aurélio Mello, Carlos Ayres Brito, Menezes Direito e Carmem Lúcia são funcionários do Instituto de Direito Público propriedade de Gilmar Mendes, portanto, assalariados do presidente da STF DANTAS INCORPORATION LTD.


A nota de solidariedade a Gilmar já nasce desqualificada por aí. Prestam serviços ao ministro presidente.


O que o ministro Joaquim Barbosa fez foi tocar o dedo na ferida, a credibilidade da Justiça, abalada e em processo de absoluta e total desmoralização desde que Gilmar resolveu assumir seu lado bandido no caso Daniel Dantas.


Falou-se numa gravação feita pela equipe do delegado Protógenes Queiroz no gabinete do presidente da “empresa” dita corte suprema. VEJA fez um escândalo em torno do assunto e hoje se sabe que a tal gravação é uma farsa, não existe, a revista apenas cumpriu seu papel em todo esse cipoal neoliberal montado no governo FHC e com o objetivo de desqualificar o delegado e o juiz De Sanctis. Por ironia os processados são os dois e por terem a mania de exercer suas funções com dignidade.


Gilmar não sabe o que é isso. Em linguagem de advogados seria chamado tranquilamente de chicaneiro. Aquele advogado de porta de cadeia que fica à espera dos infelizes presos e aceita relógios, sapatos, cordões, como pagamento para defesas fajutas.


O ministro Joaquim Barbosa recebeu, é fácil constatar isso, solidariedade da imensa e esmagadora maioria dos brasileiros, fato que pode ser visto nos comentários em vários portais e sites da rede mundial de computadores. Uma explosão de apoio que reflete a indignação diante da ação predadora e corrupta de Gilmar Mendes.


Há que se fazer mais. Bem mais que ser solidário a Joaquim Barbosa. Há que se representar contra Gilmar Mendes e forçar a apuração de suas atividades e dos seus negócios. Isso não vai significar abalo nenhum para o processo democrático. Pelo contrário. Vai abrir perspectivas para que o STF DANTAS INCORPORATION LTD volte a ser SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.


Essa rede não vai ser mostrada no JORNAL NACIONAL, nem em VEJA, nem em FOLHA DE SÃO PAULO, pelo contrário. Joaquim Barbosa corre o risco de vir a ser crucificado, ou pressionado a aceitar as “regras” do jogo. O jogo é sórdido e a corrupção, por mais incrível que possa parecer, é detalhe. Por detrás de tudo isso, Gilmar Mendes, passagens de deputados e senadores utilizadas por parentes, amigos, namoradas, etc, toda essa podridão é apenas um disfarce que permite que o modelo FIESP/DASLU seja mantido.


E o esforço dessa gente é um só. Contam com a mídia. Desde Arnaldo Jabor e seus comentários remunerados – a mulher é funcionária do tucanato –, a Miriam Leitão – bancária (rs) – recebe de banqueiros (deixe os bancários saber disso), às mentiras de William Bonner, a todo o conjunto da grande mídia, mesmo os pequenos da grande, caso da REDE BANDEIRANTES.


O institucional está falido. Não é só a justiça. E os “lutadores do povo”, expressão de César Benjamin, têm a tarefa da resistência do contrário daqui a pouco vão estar dizendo que jacaré é tartaruga e passando a escritura definitiva do Brasil na hipótese de um deles, José Serra vir a ser o presidente da República.


Gilmar é o cara da hora na bandidagem. E foi isso que a reação indignada do ministro Joaquim Barbosa mostrou. A nota de solidariedade ao presidente da STF DANTAS INCORPORATION veio dos seus empregados. Aí não vale, é coação.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

CONSIDERAÇÕES ACERCA DA EDUCAÇÃO.....

1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre.


2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo. Não se pode castigar alguém com internet, som, tv, etc.


3. Educar significa punir as condutas derivadas de um comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial) deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.


4. Confrontar o que o filho conta com a verdade real. Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro lado, além das testemunhas.


5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o ato de ser informado de alguma coisa. Não são todos que conhecem. Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da prevenção que a camisinha proporciona.


6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar. Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer? A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima refeição que a família fará. A criança não pode alterar as regras da casa. A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições também) e vice-versa. Se o pai disse que não ganhará doce, a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um delinquente. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser comer, saberá a hora. E é o adulto tem que dizer QUAL É A HORA de se comer e o que comer.


7. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado. Tem que entender.


8. Temos que produzir o máximo que podemos, pois na vida não podemos aceitar a média exigida pelo colégio. Não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos tirar 7,0.


9. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente, pois aquela informação, de que droga faz mal, não está gerando conhecimento.


10. A gravidez é um sucesso biológico, e um fracasso sob o ponto de vista sexual.


11.As drogas não produzem efeitos só quando é utilizada. Quem está são, mas é dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para da droga fazer uso. A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo'.


12. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita.


13. Homem não gosta quando a mulher vem perguntar: 'E aí, como foi o seu dia?'. O dia, para o homem, já foi, e ele só falará se tiver alguma coisa relevante. Não quer relembrar todos os fatos do dia..


14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4 dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas, até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.


15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.


16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o vestibular, ele o perderá se desistir ou for mal na faculdade.


17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.


18. Mães, muitas são loucas. Devem ser tratadas. (palavras dele).


19. Se a mãe engolir sapos do filho, a sociedade terá que engolir os dele.


20. Videogames são um perigo. Os pais têm que explicar como é a realidade. Na vida real, não existem 'vidas', e sim uma única vida. Não dá para morrer e reencarnar. Não dá para apostar tudo, apertar o botão e zerar a dívida.


21. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas bater cartão.


22. Pai não pode explorar o filho por uma inabilidade que o próprio pai tenha. 'Filho, digite tudo isso aqui pra mim porque não sei ligar o computador'. O filho tem que ensiná-lo para aprender a ser líder. Se o filho ensina o líder (pai), então ele também será um líder. Pai tem que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é gratuita pelo Skype, é inconcebível o pai pagar para falar com o filho que mora longe.


23. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da casa. Não há hierarquia. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles. A sociedade pagará o preço quando alguém é educado achando-se o centro do universo.


24. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família.


25. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a geladeira, terá que saber qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto que isso (seus supostos luxos) incrementará o gasto final.


26. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Tem que controlar e ensinar a gastar.

domingo, 26 de abril de 2009

Farra aérea no Congresso?

...... No Judiciário não é muito diferente com seminários

Enquanto deputados e senadores são massacrados em público –de maneira justa– por usarem passagens aéreas de maneira ilimitada, no Poder Judiciário continua a prática de viajar por aí com tudo pago para participar de seminários. É um costume não menos condenável do que a farra das passagens no Congresso.



Eis duas notícias:



1) Ministros do STJ participam do Congresso Nacional do Ministério Público do Meio Ambiente em hotel de luxo em Pernambuco.






A organização é da Abrampa (Associação Brasileira do Ministério Público de Meio Ambiente). O "patrocinador master" do evento é Suape, o complexo industrial portuário que certamente deve ter muito interesse em ações judiciais envolvendo assuntos relacionados ao meio ambiente. Os "patrocinadores especiais" são o BNDES, o governo federal ("Brasil, um país de todos") e, principalmente, o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes). O Sindcom deve ter muito a falar, de fato, sobre meio ambiente.



Do lado do Judiciário, foram anunciados no site dos MPs de Pernambuco e de Minas Gerais a presença de 8 ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no congresso, de 28 a 30 deste mês, no Enotel Resort, em Porto de Galinhas: César Asfor Rocha (presidente), Castro Meira, Francisco Falcão, Mauro Campbel, Humberto Martins, João Otávio Noronha, Luiz Fux e Napoleão Maia Filho.



Não fica claro quem vai pagar por esse convescote, mas deduz-se que os magistrados podem, eventualmente, receber o mimo a custo zero. Se for assim, o que tem a dizer o CNJ (Conselho Nacional de Justiça)?



2) STJ tenta organizar o Seminário “O desenvolvimento em tempos de crise” no hotel Iberostar, na Bahia



Sob a direção do ministro do STJ João Otávio de Noronha, o seminário deve ser realizado nos dias 11 a 14 de junho de 2009 e terá “ministros do STF e STJ e presidentes dos Tribunais Regionais Federais e dos Tribunais de Justiça dos Estados”, segundo comunicado do coordenador do evento, José Raul Allegretti, endereçado no final de março ao Presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), Luiz Antonio Nogueira de França.



O objetivo do comunicado de Allegretti a Nogueira de França: dizer que “a direção do evento pretende dar ênfase ao Setor Financeiro e de Habitação”. E mais: “O ministro João Noronha nos incumbiu de solicitar uma entrevista com Vossa Senhoria ou com quem Vossa Senhoria indicar, para trocarmos idéias sobre as características e a programação do Seminário”.



Além de oferecer uma entrevista, o STJ sugere também que a Abecip avalie a “conveniência e a oportunidade de a Abecip integrar o programa e participar desse evento com a cúpula do Judiciário”.



O setor financeiro de habitação, como se sabe, tem enorme interesse em ficar, digamos, de bem com o Poder Judiciário.



A pergunta definitiva a ser feita é a seguinte: quando os juízes brasileiros vão tratar de maneira bem transparente também todos os benefícios que recebem e todos os convites que fazem e aceitam para esses seminários em hotéis de luxo pelo país? Por enquanto, os magistrados não ficam devendo nada em relação ao Congresso e ao Poder Executivo quando o assunto é transparência.

Sexo oral : É orgasmo garantido.....

Supere os tabus que rondam o sexo oral e aproveite o melhor que a língua dele pode oferecer à você


por Daniele Maia

Na hora do sexo oral, tire proveito de gostos
que lhe agradem

Você sabia que, no Brasil, 66,8% dos homens e 63,4% das mulheres praticam sexo oral? São dados do Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, coordenado pela psiquiatra Carmita Abdo, do Projeto Sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Apesar de índices tão positivos, o assunto ainda é tratado com reservas. 'Tem quem ainda considere algo sujo, errado. Ter prazer com o sexo oral depende de aspectos culturais e, sobretudo, da intimidade, da cumplicidade do casal', afirma Carmita.

O passo fundamental para quebrar o tabu? Desmistificar a idéia de que a penetração seja a única forma possível e aceitável de ter uma boa relação sexual. 'A estimulação do clitóris, tão fundamental para o prazer da mulher, é muito beneficiada no sexo oral. Não há porque alimentar pudor em relação à uma prática natural', diz Ana Canosa, psicóloga e terapeuta sexual, de São Paulo. Por isso, bocas e línguas prontas – dos dois!

Elas não curtem receber sexo oral por que:
Mulheres muito reprimidas na infância (ou vítimas de violência sexual) e que não foram informadas com naturalidade a respeito de sexo, têm pouca autonomia em relação ao próprio corpo e genitais. Em geral...:

· Acham errado
· Têm vergonha
· Temem o que o parceiro vai pensar
· Demoram para gozar e têm vergonha de deixar o parceiro tempo demais “trabalhando” lá embaixo


Dica: Se está asseada, relaxe! O cheiro que seu corpo emana no sexo é normal e atiça o parceiro. No máximo,passe hidratante na barriga, nas costas e entre as pernas. Ou use bolinha desodorante (à venda em sex-shops). Você introduz na vagina e, com a penetração, ela estoura, emanando odor de frutas ou de perfumes famosos.

Elas não curtem fazer sexo oral por que:
Segundo a psicóloga Ana Canosa, muitas têm nojo – tanto do cheiro quanto da secreção. Outras rejeitam a prática quando o cara é grosseiro e vai logo a cabeça da mulher para a posição de ataque. 'Isso tira todo o tesão, porque sexo oral precisa ser um ato de carinho, de troca, de cumplicidade. Cabe a nós, mulheres, explicarmos como queremos ser tratadas.' Ah, o problema é o asseio do parceiro? Faça-o se banhar antes da transa ou nada feito!


Dica: Assim como seu corpo, o dele também tem cheiro característico. Às vezes, o tipo de alimentação/bebida pode alterar um pouco o odor do sêmen (também é normal). De qualquer forma, se você sente mais prazer se minimizar tais odores, brinque com óleos e cremes “nele”. Outra sugestão é lambuzar o pênis com algo comestível, cheiroso e gostoso: chocolate, sorvete, marshmallow, o que sua imaginação mandar!

Cuidados a tomar:
Assim como acontece com a penetração, com sexo oral você também pode transmitir e/ou receber as chamadas DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), como aids, HPV, herpes, gonorréia, sífilis, etc. Por isso, previna-se: peça para o seu parceiro usar preservativo, sim. Existem vários com sabores. Aliás, há até camisinha para língua (em média, R$ 20), sabia? Outro cuidadinho básico é lembrar de fazer uma boa higiene da região genital pós-coito, principalmente se você gosta de brincar com
chocolatinhos e afins. Não deixe resíduos, pois pode infeccionar. Por isso, limpe bem!

Orgasmo: pare já de fingir!

por Daniele Maia



Pensar em sexoalgumas vezes ao dia
ajuda a chegar lá...

Atire a primeira pedra a mulher que nunca fingiu um orgasmo. No fim do ano passado, até a Mulher Melancia, novo símbolo sexual, assumiu: 'É normal,né? Eu fiz a encenação', disse ela ao jornal carioca Extra. Pode até ser comum mesmo, mas o hábito é extremamente ruim para a vida do casal. 'Agir sempre assimé desistir de ter prazer, de ser realizada na cama. Está errado. E, depois de umtempo, traz uma grande frustração', diz a sexóloga Ana Canosa, de São Paulo.

Entre as razões que fazem as mulheres fingirem está a dificuldade em atingir o clímax (segundo o Estudo da Vida Sexual dos Brasileiro, 26,2% das brasileiras sofrem com isso), além do medo de ferir o ego do amado e a vergonha em admitir que não gozaram. 'A mulher se culpa por não chegar ao orgasmo, se acha incompleta, incapaz. Mas, muitas vezes, é o homem que não conhece o caminho das pedras', diz Ana Canosa.

O começo da solução para o problema? Muita conversa, segundo o psicólogo e sexólogo Paulo Bonança, do Rio de Janeiro: 'Se o sexo não está bom para uma das partes, isso deve ser falado. O outro não tem como adivinhar o que você gosta ou não. Por isso, é legal sinalizar, ajustar os ponteiros, mostrar'. Veja, abaixo, outras dicas que farão você parar de fingir – afinal, atingir de verdade o orgasmo é muito melhor!

Razões do fingimento
Eis os principais motivos que levam a fingir orgasmo.

- Como demora a gozar, sente vergonha e prefere fingir para não 'incomodar';

- Sente estresse ou cansaço e, por isso, falta paciência para transar. Assim, quer acabar logo e, para tanto, acaba fingindo;

- Teme magoar o amado;

- Tem baixa autoestima e, então, sente-se insegura na cama;

- Adotou uma postura tão submissa/ pudica que a impede de falar como gosta de ser tocada e acariciada;

- O relacionamento está desgastado e não lhe dá prazer, mas, mesmo assim, acha que precisa cumprir 'seu papel', incluindo aí (fingir) ter prazer com ele.

O caminho garantido para o clímax
- Comece a explorar seu corpo para ver onde curte ser tocada. Assim, você descobrirá novas sensações, ficará mais solta e poderá ensinar o caminho do prazer ao seu parceiro. Em tempo: não tem essa de orgasmo bom ou ruim – ele é sempre bom, mesmo quando solitário, alcançado com masturbação.

- Lembre-se que sexo também é parceria, cumplicidade e troca. Na cama, não existe essa de adivinhar. Isso quer dizer que uma dica aqui e outra ali ajudam o rapaz a fazer um bom trabalho.

- Pense em sexo algumas vezes ao dia. Procure perceber como seu corpo responde ao que você sente. Boas opções são ver filmes eróticos, recordar um fato vivido ou mesmo fantasiar algo bem caliente.

- Estimule o clitóris na hora do sexo. A maioria das mulheres só goza assim. Ou seja, é perfeitamente normal.

- Quando transar, esqueça o mundo lá fora. Deixe os problemas na rua, não pense em trabalho, em filhos, em nada. Com a cabeça focada no sexo, seu corpo responde melhor.

- Fuja da rotina, surpreenda, experimente.

- Assim que sentir estar perdendo o gosto pelo sexo, procure um médico. Faça exames e veja se há razões clínicas para isso. Se tudo estiver ok, as causas são emocionais, psicológicas. Então, procure um terapeuta ou um sexólogo.

- Não desista do seu prazer. Se o sexo não anda bom, sinalize isso ao seu parceiro assim que possível. Fale com jeitinho, num momento adequado

O que é a gripe suína....

Reino Unido, Brasil, Hong Kong e Coreia do Sul estão advertindo passageiros que embarcam e desembarcam dos EUA e México sobre a doença.

EUA
A secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jannet Napolitano, disse hoje (26) que a saúde pública do país vive uma "situação de emergência" devido à propagação do vírus da gripe suína, embora o diretor dos centros de controle de doenças e prevenção tenha afirmado que todos os casos do país são brandos.

"Não há razão para pânico entre os americanos", disse o o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.

Além dos oito estudantes de uma escola de Nova York que viajaram para o México recentemente, os Estados Unidos também têm sete casos na Califórnia, dois no Texas, dois em Kansas e um em Ohio.

Outros países
O Canadá divulgou os primeiros casos confirmados de gripe suína neste domingo em diferentes regiões do país, com dois casos na província de British Columbia, no oeste, e quatro na província de Nova Scotia, na costa do Atlântico.

"Estes casos são brandos. Todos aqueles que foram afetados estão se recuperando. Até este momento, não vemos casos graves como aqueles no México", disse Robert Strang, autoridade-chefe de saúde pública da província de Nova Scotia.

Já as autoridades da França examinam cinco casos suspeitos de gripe suína em pessoas recém-chegadas do México e dos Estados Unidos, dos quais três foram detectados no norte do país, disse à agência Efe um porta-voz da Prefeitura de Lille.

Na Nova Zelândia dez estudantes que fazem parte de um grupo que viajou para o México estão com o vírus da gripe tipo A, o que, apesar de não ser um resultado definitivo, aumenta a chance de que eles estejam infectados pela gripe suína, de acordo com o ministro da Saúde Tony Ryall.

Pessoas que acabaram de voltar do México e apresentam sintomas de gripe estão sendo isoladas e examinadas na Espanha, Reino unido, Israel e Brasil.

México
O presidente do México, Felipe Calderón, disse neste domingo que mais de 900 das cerca de 1.300 pessoas com suspeita de ter contraído a doença foram declaradas saudáveis.

Escolas da capital, Cidade do México, e de outros dois Estados permanecerão fechadas por duas semanas. Todos os eventos públicos como missas e partidas de futebol foram cancelados. Cerca de 70% dos bares e restaurantes da capital também foram fechados.

O que é a gripe suína
O vírus da gripe suína tipicamente afeta porcos e não humanos. Mas o vírus sofreu mutações com misturas entre vírus que atacam suínos, aves e humanos.

O vírus H1N1 é a mesma variedade que causa epidemias de influenza em humanos. É transmitido, entre pessoas, principalmente por espirros e tosses.

Os sintomas são febre superior a 39ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Embora já existam remédios que parecem ser eficaz contra o vírus, especialistas querem saber a razão de algumas pessoas ficarem gravemente doentes enquanto outras apresentam apenas sintomas mais leves de gripe.

Os Políticos e a Doença....

Políticos não ficam doentes. Essa é a regra geral. Todos eles têm saúde de ferro, e nada os atinge. Sempre tem que PARECER estarem bem, bronzeados, rejuvenescidos, prontos para receber os votos de seus eleitores. A imagem é tudo. E, quando ficam doentes de verdade, nem sempre seu estado real é o que é divulgado.

Dizem que JK teve um infarto enquanto estava na presidência da República. E a maioria das pessoas conhece o que aconteceu com Tancredo Neves, quando, até o último momento, a situação clínica real do Presidente foi omitida.

E os médicos que atendem aos políticos, muitas vezes, acabam contribuindo para as falsas notícias de recuperação: quem não se lembra da foto do presidente Tancredo, sentado em um sofá e cercado pela sorridente equipe médica que o atendia?

Depois da recente doença do vice-presidente da República, temos agora a novidade da condição da ministra Dilma Rousseff. Tudo preparado conforme o figurino do marketing: a hora da divulgação, num sábado à tarde, para esvaziar a repercussão; o ministro da Comunicação ao lado, observando todos os passos da entrevista. Os médicos informando o lado positivo, com altas chances de recuperação.

Quanto existe de real no que se divulgou? Não sabemos. O diagnóstico relatado: linfoma de grandes células. Não muito mais do que isso. E existem trinta ou mais subtipos de linfomas não-Hodgkin descritos.

Uma consulta rápida à National Library of Medicine dos Estados Unidos mostra, em relação ao prognóstico, que ele pode não ser tão bom quanto o divulgado, apesar de que a evolução pode ser muito lenta. Mas nada mais pode ser dito sem se conhecer os detalhes do caso da paciente.

Uma nova situação do tipo Tancredo Neves em preparo?

Mulheres sofrem por amor em....

.... "Ele Não Está Tão a Fim"
Filme foi baseado em livro de auto-ajuda e segue as fórmulas das comédias românticas tradicionais

Cena da comédia romântica "Ele não está tão a fim"Se em alguns momentos os diálogos da comédia romântica "Ele Não Está Tão a Fim de Você" soarem como algo extraído diretamente de um manual de auto-ajuda para mulheres desesperadas, isso não é mera coincidência. O roteiro é realmente baseado num livro desse gênero.


O filme está em cartaz no Cine Farol, com sessões às 15h20, 18h e 20h40. Classificação 12 anos e cópia legendada.

Jennifer Connelly, Jennifer Aniston, Scarlett Johansson fazem parte de um grupo de sofredoras compulsivas. Desde pequenas, segundo o filme, as mulheres aprendem que quando um homem as humilha é porque as ama mas faz isso, entre outras coisas, ele não consegue lidar com seus sentimentos. A sofredora romântica, obviamente, quer acreditar nessa lorota.

Este é o caso de Gigi (Ginnifer Goodwin), que é a insegurança e a ansiedade em pessoa. Espera desesperadamente por uma ligação de um sujeito com quem saiu uma única vez e, enquanto isso, amola as colegas de trabalho que, cheias de piedade, inventam mil desculpas para ele não ter ligado ainda.

A única pessoa a dar um conselho sensato para a moça é o barman Alex (Justin Long). Mesmo assim, depois de alguns foras, ela não perdeu a esperança e continua atrás do grande amor da sua vida.

Em situação desesperada também está sua colega Beth (Jennifer Aniston). Ela mora há sete anos com seu namorado Neil (Ben Affleck) e quer casar-se. Mas, para ele, oficializar a união com papeis e uma aliança não é um mal necessário.

Alívio do sofrimento

A única pessoa a manter um relacionamento estável e aparentemente sem problemas é Janine (Jennifer Connelly). Mas só ela pensa assim, pois seu marido, Ben (Bradley Cooper), está quase cedendo à tentação de entregar-se a um caso extraconjugal com uma aspirante a cantora e professora de ioga, Anna (Scarlett Johansson).

Dirigido por Ken Kwapis e com roteiro baseado num livro de auto-ajuda homônimo, "Ele Não Está Tão a Fim de Você" segue todas as regras da comédia romântica convencional - embora tente disfarçar-se como algo diferente.

O único alívio em todo esse sofrimento obsessivo é Drew Barrymore - uma mulher que tem problemas com as diversas tecnologias modernas que, afinal, são novas formas de levar um fora. Não por acaso, a atriz também é coprodutora do filme e deve ter escolhido para si mesma o melhor papel.
Ele Não Está Tão a Fim"
Filme foi baseado em livro de auto-ajuda e segue as fórmulas das comédias românticas tradicionais
Cena da comédia romântica "Ele não está tão a fim"
Cena da comédia romântica "Ele não está tão a fim"Se em alguns momentos os diálogos da comédia romântica "Ele Não Está Tão a Fim de Você" soarem como algo extraído diretamente de um manual de auto-ajuda para mulheres desesperadas, isso não é mera coincidência. O roteiro é realmente baseado num livro desse gênero.


O filme está em cartaz no Cine Farol, com sessões às 15h20, 18h e 20h40. Classificação 12 anos e cópia legendada.

Jennifer Connelly, Jennifer Aniston, Scarlett Johansson fazem parte de um grupo de sofredoras compulsivas. Desde pequenas, segundo o filme, as mulheres aprendem que quando um homem as humilha é porque as ama mas faz isso, entre outras coisas, ele não consegue lidar com seus sentimentos. A sofredora romântica, obviamente, quer acreditar nessa lorota.

Este é o caso de Gigi (Ginnifer Goodwin), que é a insegurança e a ansiedade em pessoa. Espera desesperadamente por uma ligação de um sujeito com quem saiu uma única vez e, enquanto isso, amola as colegas de trabalho que, cheias de piedade, inventam mil desculpas para ele não ter ligado ainda.

A única pessoa a dar um conselho sensato para a moça é o barman Alex (Justin Long). Mesmo assim, depois de alguns foras, ela não perdeu a esperança e continua atrás do grande amor da sua vida.

Em situação desesperada também está sua colega Beth (Jennifer Aniston). Ela mora há sete anos com seu namorado Neil (Ben Affleck) e quer casar-se. Mas, para ele, oficializar a união com papeis e uma aliança não é um mal necessário.

Alívio do sofrimento

A única pessoa a manter um relacionamento estável e aparentemente sem problemas é Janine (Jennifer Connelly). Mas só ela pensa assim, pois seu marido, Ben (Bradley Cooper), está quase cedendo à tentação de entregar-se a um caso extraconjugal com uma aspirante a cantora e professora de ioga, Anna (Scarlett Johansson).

Dirigido por Ken Kwapis e com roteiro baseado num livro de auto-ajuda homônimo, "Ele Não Está Tão a Fim de Você" segue todas as regras da comédia romântica convencional - embora tente disfarçar-se como algo diferente.

O único alívio em todo esse sofrimento obsessivo é Drew Barrymore - uma mulher que tem problemas com as diversas tecnologias modernas que, afinal, são novas formas de levar um fora. Não por acaso, a atriz também é coprodutora do filme e deve ter escolhido para si mesma o melhor papel.

A ansiedade é pior do que a crise .

Você conhece alguém que perdeu o emprego por causa da crise?

Não? Ok.

E alguém que está morrendo de medo de perder o emprego por causa da crise?

Ah, esses são muitos, incontáveis, proliferam em todos os ramos de atividade, estão aqui perto em empresas que frequento, estão na família, estão entre os amigos, e se há um sentimento que impera entre eles, este sentimento é a ansiedade.

Falando assim parece coisa boba, à toa, ansiedade é "problema de mulher grávida", diriam os machistas idiossincráticos.

Não é, não.

Ansiedade é muito, muito ruim, dizem os especialistas.

Pode até se transformar numa síndrome, ocasionando diversos transtornos, entre eles o descontrole da pressão arterial, um perigo para tiozinhos como eu e tantos outros...

Eis uma definição livre da ansiedade, retirada da também livre Wikipédia: ansiedade, ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração etc.

Encarar um problema e resolvê-lo, por mais complexo, doloroso e inesperado que ele seja, pode ser muito mais fácil do que conviver com a ideia de um problema que ainda está para surgir e em relação ao qual não se pode fazer nada por enquanto. Esse estado de apreensão com algo que pode nem se realizar é matador!

Outra definição clássica de ansiedade, que aqui se aplica perfeitamente: ansiedade é o medo do futuro.

Que futuro incerto, o que vem por aí, não, depois de tantos bancos quebrando, o american way of life indo para a cucuia, marcas famosas tipo GM quase fechando as portas e o Brasil e a gente nesse meio, esperando o pior, mesmo estranhando que o país ainda não tenha quebrado, como quebrou em outras ocasiões. Desta vez estamos mais bem-preparados, mais estruturados economicamente, crescemos e aparecemos?

Parece que sim, até o Obama nos nota de forma diferencial...

Mas, e o medão, e a ansiedade, que resiste e espera cada novo dia como se fosse o prenúncio do aviso prévio, da concordata, do saldo negativo.

Haja estômago...

Ou dentes.

Dentes?

Explico: uma dos efeitos do estado de ansiedade, que não está relacionado acima, é o ranger de dentes, informa minha dentista.

Sabe aquela travada no maxilar, como se a gente estivesse mordendo o mundo para não cair?

Quem, em momentos difíceis, nunca acordou com dor no queixo de tanto premer os dentes durante o sono?

Essa não é apenas uma impressão, há, por aqui, pelo menos um indicador concreto de que a crise está literalmente nas bocas: no primeiro trimestre deste ano minha dentista, que cuida de gente classe média alta em São Paulo, atendeu pelo menos 10 casos de pacientes com trauma dentário, número superior ao total de casos similares que a ela chegaram durante todo o ano passado.

Sim, dentes quebrados, todos casos de gente que não tinha nada demais na boca, mas sim ansiedade para dar e vender, por causa de uma crise que em muitos casos nem sequer deu as caras ainda.

Imagine quando, e se, o bicho pegar para valer...

sábado, 25 de abril de 2009

O que fazer quando os pais não aceitam o seu namoro com alguém mais velho?

,,, Terminar o namoro é sim uma possibilidade e a mais fácil, mas...

Tenho 17 anos e estou namorando um menino um pouco mais velho que eu, ele tem 24. Minha mãe é liberal para festas, bebidas e amigas, mas quando o quesito é namoro, ela é totalmente contraditória à mãe liberal. Ela acha horrível namorar um garoto mais velho, mas disse que não vai proibir nada.
O pior é que ela não deixa eu encontrá-lo durante a semana e o meu padrasto, que é como meu pai, é mil vezes pior. Eles me tratam como se eu fosse criança, sexo para eles é uma coisa terrível. Mas o que mais me intriga é que ela é suuuuperliberal para muitas coisas.

Eu estou seriamente pensando em terminar com ele, porque é muita pressão de todos os lados. Meu padrasto quer que eu veja meu namorado no máximo duas vezes por semana, nunca posso combinar nada com ele durante a semana e sempre que vamos sair é um saco, pois tenho que ficar ouvindo que estou saindo com um homem e não com um garoto da minha idade.

Eu não aguento mais! Estou começando a pesar os prós e contras para ver se realmente vale a pena, porque eu não quero mais me estressar em casa. As coisas tendem a ficar cada vez pior se eu continuar com ele, mas, ao mesmo tempo, se eu terminar, sei que vou sofrer muito. Estou perdida, não sei o que eu faço! Qual seria a coisa mais indicada a se fazer?”

Os pais, às vezes, pegam pesando mesmo quando o assunto é namoro, e não é por maldade ou porque eles desejam a sua infelicidade, isso se chama zelo, proteção. Tanto a sua mãe quanto o seu padrasto estão apenas querendo te proteger. O problema não é você namorar, o problema é namorar um garoto que tem sete anos a mais que você. A diferença de idade pode não ser tão exagerada, mas para eles um garoto de 24 anos tem outras “intenções”, se é que você me entende?!

Terminar o namoro é sim uma possibilidade e a mais fácil, diga-se de passagem. Você vai sofrer algumas semanas ou meses e depois vai superar. Mas por que você não tentar reverter essa situação? Que tal mostrar a eles que você não é mais um bebezinho indefeso? Você cresceu e as mesmas coisas que você faz com um cara de 24, faz com um cara de 18 ou até mesmo 17.

Acredito que se você gosta de verdade do seu namorado, precisa “lutar” para ficar do lado dele. Não estou aconselhando você a travar uma guerra dentro da sua casa, mas com boas conversas, você pode, ao poucos, ir conquistando a confiança dos seus pais e quem sabe fazer com que eles mudem de opinião a respeito do seu namoro, não é mesmo?

Agora, não pense que você vai conseguir essa proeza de um dia para o outro. Conquistar a confiança de alguém e fazer com que a pessoa mude de opinião sobre determinadas convicções leva tempo e você terá que ter paciência se quiser ficar em paz com seus pais e feliz com o seu namorado.

Só mais um detalhe!
Caráter não tem idade. Não importa se seu namorado é mais velho que você ou mais novo. O que importa é que ele seja um cara bacana, que te respeite e que goste de você de verdade. De nada adiantaria se seu namorado tivesse a sua idade e nem um pingo de decência, não é mesmo? Então, converse sobre isso com seus pais, mostre que o garoto que está ao seu lado, apesar de ser um pouco mais velho, merece ter uma namorada legal como você!

Daquilo que não mata e nem engorda....

Fico besta quando vejo essas entrevistas com pessoas famosas (ou não) e perguntam sobre algum arrependimento. Muitas delas respondem com o já cansado “só me arrependo do que eu não fiz”. E eu tenho ficado besta constantemente, porque não acredito em pessoas que nunca tenham feito nada do que se envergonhassem.

Refletindo sobre o desimportante tema – alguém precisa se dar às questões desimportantes – fiquei imaginando que as pessoas se arrependem cada vez menos porque vivemos em uma cultura que valoriza, estimula e apoia os atos de impulso.

Repare mesmo: somos diariamente instigados a comprar por impulso. É para isso que servem as gôndolas encostadas nos caixas de supermercado. Àquela altura você já perdeu a lista de compras (alguém ainda faz?) e não vai resistir a se dar uma recompensa por sobreviver a mais um dia. E não é preciso pensar muito: se é caro, use o cartão; se não te serve, jogue no lixo; se engorda, tome aqui esse remedinho que emagrece. A fast-felicidade não tem preço.

Existe ainda o consumo desenfreado de pessoas. A música ensina: “já beijei um, já beijei dois, já beijei três, hoje eu já beijei e vou beijar mais uma vez”. É que as possíveis consequências da troca de fluidos são um assunto a ser postergado para sempre nesta roda viva de relações líquidas, de laços frouxos e de belas fotos em perfis do orkut. Pegou e não gostou? Bloqueie e delete do MSN. Nunca fomos tão acessíveis e acessáveis, mas nunca estivemos tão emocionalmente indisponíveis.


É que as possíveis consequências da troca de fluidos são um assunto a ser postergado para sempre nesta roda viva de relações líquidas


E assim vamos desvirtuando o conceito de hedonismo, fazendo do Ter um verbo muito mais importante do que o Ser. Consumidores vorazes de produtos e pessoas, passamos tanto tempo embalados por inúmeras demandas e ordens mundiais, que não dá nem tempo de colocar a mão na consciência. Não temos tempo para o arrependimento, por exemplo.

Não estou falando de culpa católica. Falo de reavaliações. Coisa de quem busca acertar, nem que seja na próxima. Se não deu tempo ou se não houve maturidade suficiente para se preocupar com um assunto, talvez se faça necessário ocupar-se dele depois. Investigar se as atitudes foram as mais acertadas.

Talvez fosse bom se parássemos um pouco para pensar e dar tempo de sentir aquele mal estar do arrependimento. Quando ferimos alguém que amamos. Quando pedimos aquele corte de cabelo infeliz. Quando não ouvimos os conselhos das mães. Quando falamos demais, bebemos demais. Ter vergonha de não ter agradecido ao senhor gordinho que guardou o lanche de bordo enquanto estávamos dormindo no avião. Concluir que foi burrice comprar uma calça menor. Arrepender-se daquelas vezes em que se disse sim e perdeu-se tempo com quem não merecia. E lamentar, pensando que se pudesse, voltaria no tempo, sorriria blasé e diria naquele tom de quem sabe das coisas: “Não”.

Pelo resgate das palavras perdidas.....

Eu nem sei quando foi que o biliro virou grampo, mas sei que faz é falta
Não são só as rugas. Não são só os amigos casando, separando e tendo menino a torto e a direito. Nem apenas as músicas favoritas que vão começando a tocar nos programas de velharias. Um bom indicador de que a gente está ficando velho é quando as coisas vão mudando de nome. Ou diminuindo. Ou mesmo, assumindo estrangeirismos bisonhos. Às vezes, as duas coisas ao mesmo tempo. Por exemplo: antigamente, o meio de transporte composto de duas rodas – ou quatro para quem é café com leite – um quadro e um guidão, se chamava bicicleta. Hoje em dia é capaz da gente não conseguir se comunicar se não soubermos que o certo agora é bike.

A bike é um caso de estrangeirismo bisonho. Tem ainda o caso da mudança de estrangeirismo de acordo com a moda. Antigamente – esta palavra é de lascar! Há menos de 30 anos – assim é melhor – o que se usava para denominar a peça do vestuário que consiste em uma espécie de maiô para exercícios em terra, era a palavra collant. Nestas “antigamências” as meninas da ginástica olímpica, rítmica, do balé e do jazz usavam collants como figurinos para suas aulas e apresentações de estripulias. Alguém se lembra disso? Agora não, agora é body. E ninguém mais faz jazz. Ou será que este último mudou de nome também? Vai saber...

E a alcatifa? Porque danado mudaram o nome da alcatifa? Pra mim alcatifa é a palavra mais bonita da língua portuguesa. Aliás, nem muito portuguesa é, pela sonoridade me parece ter origem árabe: Al Catifa. Deve significar alguma coisa linda, digna das Mil e Uma Noites. Nela, vejo e ouço tanta poesia, que nem vou procurar no Google o que significa para não me decepcionar. Já basta terem acabado com a alcatifa e no lugar dela colocaram o antipático carpete. Sem charme, sem apelo. Palavra seca, áspera, que não remete a nada.


vejo e ouço tanta poesia, que nem vou procurar no Google o que significa para não me decepcionar


Tem ainda o biliro. O biliro é um caso sério. Eu nem sei quando foi que o biliro virou grampo, mas sei que faz é falta. Tanta falta que não sou só eu que sinto: Cláudio Assis colocou esta palavra na boca da personagem Dunga, vivido por Matheus Nachtergaele no suculento Amarelo Manga. Do nada, Dunga, que tem 0,5 cm de cabelo na cabeça, pede para alguém comprar uma caixa de biliros. E fim de papo, foi só isso mesmo, Dunga não vai “fazer o McGiver” e usar o biliro num salvamento primordial para o desenrolar do filme. Foi um acesso de saudade que Assis teve, uma vontade louca de ouvir alguém dizendo biliro de novo. O mesmo faria eu, se o poder de colocar palavras nas bocas alheias tivesse.

O mais estranho é que estas mudanças acontecem rápida e sorrateiramente. Como de se de uma hora para outra, todos resolvessem que não faz mais sentido usar determinada palavra e está na hora de mudar. Mais ou menos como o que acontece com aquelas invencionices que de vez em quando aparecem e são repetidas até dar uma dor, como “a nível de” ou “proativo” . De repente todo mundo fala, ninguém se lembra de como era antes e as pobrezinhas ficam esquecidas, servindo apenas de atestado de anacronismo para quem as traz à baila.

Rita vai trabalhar....

Das laterais do ar condicionado sem moldura e sem vedação vazam magros raios de sol. Deitada na cama, com os pés na parede, Rita sente a quentura que emana dali. Está há horas naquela posição, boa para circulação das pernas. São 16h30. Nesta longitude, já é quase poente.

“Recife é um inferno”, pensa.

“Calor do c******”, fala alto para si mesma, enquanto levanta-se ao mesmo tempo em que tira o vestidão de ficar em casa.

Vai para o banheiro minúsculo e abre o chuveiro. Mesmo na posição “verão”, a água sai quente. Ela junta água nas mãos e acha bonito o brilho que a luz provoca quando reflete nas gotas que caem. É uma luz quentinha, como se feita de refletor e gelatina de efeito. Cinema brasileiro.

Rita sai do box e não se enxuga. Anda pela casa deixando pegadas molhadas pelo chão. Ela sabe disso, mas não se importa, sabe que em minutos elas vão evaporar. E mesmo que elas não sumissem ninguém haveria de escorregar ali. Ninguém.

Ainda nua, pega o secador do lado da cama. Liga na ventilação mais alta e na temperatura mais baixa. Joga o cabelo para frente e direciona o bocal para a nuca. O vento soprado pelo eletrodoméstico somado ao ar condicionado faz uma frescurinha boa na pele. Joga a cabeça para trás e desequilibra-se por um segundo. Ri de si mesma, segurando no guarda-roupa. Álcool.

Faz uma pose para si mesma, arrematada com um bico sensual de quem está sendo fotografada para uma revista masculina

De dentro da gaveta do criado mudo tira um frasco de óleo hidratante. Enquanto passa nas pernas e nas coxas, vai se olhando no espelho vertical que está pendurado em um prego na parede. Chegando aos culotes, aperta a região e decepciona-se com a presença de celulite. Carne.

Pouco depois, anima-se ao passar as mãos pelos seios e certificar que ainda estão bem firmes. Faz uma pose para si mesma, arrematada com um bico sensual de quem está sendo fotografada para uma revista masculina. “Por R$ 500 mil eu ia”, pensa tão rápido que nem se dá conta do que lhe passou pela cabeça. Desejo inconfessável.

Seu olhar sai do espelho e corre até o rádio relógio que fica em cima do criado mudo de onde saiu o óleo hidratante. “Merda”. Rita se dá conta que está atrasada. Movimentando-se mais rápido, abre uma grande gaveta do guarda roupa de compensado revestido de laminado cedro. Procura uma calcinha no meio de uma grande massa formada por roupas de baixo coloridas. Precisa de uma branca.

Com pressa, veste a peça e vasculha mais uma vez a gaveta em busca de um sutiã. Acha o seu favorito, bem velho, macio. Num golpe rápido abotoa atrás, num semi contorcionismo que faz suas omoplatas saltarem das carnes. Com as mãos, acomoda os seios no bojo. Simetria.

Abrindo a outra porta do móvel, embrenha-se entre centenas de roupas, penduradas em dezenas de cabides. O espaço está claramente dividido: do lado esquerdo coloridas, do lado direito, brancas.

Aliviada, tira do emaranhado de tecidos um chemisier muito alvo, com botões na frente. Abre os 4 botões mais próximos ao busto e veste a roupa por cima da cabeça. Mais uma vez ri de si mesma quando se vê ligeiramente entalada. Sustância.

Uma vez dentro do vestido, mira mais uma vez o espelho, tira o cabelo do rosto e abotoa os botões que abrira anteriormente. Sem parar para se admirar, volta-se para debaixo da cama, onde estão seus confortáveis sapatos brancos. Estão meio gastos demais, mas é justamente isso que os faz tão bons. Conforto.

Sem nem mesmo sentar para isso, enfia os pés nos calçados, como num passo de dança. Olhando mais uma vez para o relógio, 17h45, afoba-se e sai batendo a porta. Trabalho.

Quando voltar estará exausta, com as pernas doloridas. Esqueceu das meias-calças de compressão. Varizes.

Deputado confirma venda de suas passagens.....

Gabinetes vendem senhas de emissão de bilhete a agências
Sindicância da Câmara faz descoberta ao investigar terceirização de cotas aéreas

,,,, comissão apura outras nove suspeitas, incluindo negociação de bilhetes



O esquema do desvio de passagens aéreas da Câmara começa a ser revelado por uma investigação interna e admitido pelos próprios políticos: enquanto um deputado confirmou que suas cotas eram comercializadas, uma sindicância da Casa descobriu que senhas usadas nos gabinetes para a emissão de bilhetes foram vendidas para agências de viagens.
A comissão de três técnicos ainda não sabe se apenas assessores ou também deputados participaram do esquema. A quantidade e os nomes dos envolvidos não foram revelados. As senhas são fornecidas por companhias aéreas para que os gabinetes possam administrar a cota via internet. Com a venda das mesmas, diz a sindicância, tudo era feito pelas agências de viagens, que podiam vender os bilhetes a terceiros.
A sindicância da Câmara foi instalada na semana passada para apurar o uso da cota de passagens de Paulo Roberto (PTB-RS) e Fernando de Fabinho (DEM-BA) pelo presidente do Supremo, Gilmar Mendes, e pelo ministro Eros Grau.
A constatação é que os ministros foram vítimas do esquema, já que os bilhetes comprados por eles foram adulteradas e eles não tinham como saber que as passagens eram da cota.
A comissão investiga suspeitas de terceirização da cota aérea, incluindo o esquema revelado ontem pela Folha. Os gabinetes de Aníbal Gomes (PMDB-CE), Dilceu Sperafico (PP-PR) e Vadão Gomes (PP-SP) emitiram bilhetes aéreos para Paris em nome de pessoas que jamais viram e que afirmam ter feito a compra em uma agência de viagens.
Ana Pérsia, servidora de Gomes, admitiu à reportagem ter incluído os nomes na cota dele. Outro investigado é o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que confirmou ontem a existência do esquema. Segundo ele, uma servidora de seu gabinete admitiu que vendeu inúmeras passagens. Fonteles nega ter participação no caso e disse que exonerou Rosimere Gomes da Silva.
"Ela admitiu que vendeu. Não faço ideia de quantas [passagens] foram, mas devem ter sido dezenas." Na segunda, a Folha revelou que um terço dos integrantes do Conselho de Ética emitiu pelo menos 35 passagens para o exterior em seus próprios nomes ou no de terceiros. Fonteles é integrante do conselho. Na cota dele foram emitidos cinco bilhetes em nome de terceiros para Miami, mas Fonteles não reconheceu os beneficiários. Rosimere não atendeu às ligações da reportagem.
As demais suspeitas de negociação de passagens estão nos gabinetes dos deputados Otávio Leite (PSDB-RJ), Nelson Marquezelli (PTB-SP) e Vieira da Cunha (PDT-RS). João Carlos Bacelar (PR-BA), por sua vez, disse que pediu para a Câmara investigar o uso de seu cartão fidelidade.
O ministro José Múcio (Relações Institucionais) também disse que os responsáveis pelo caso devem ser punidos. Segundo ele, na reunião de coordenação política, o presidente Lula afirmou que, por conta do rolo compressor das notícias negativas sobre o Congresso, o cidadão comum tem tido dificuldade para compreendê-las.
Diante das suspeitas, a Casa divulgou o projeto de resolução assinado pelos integrantes da Mesa que dever ser votado em plenário na próxima semana. O texto limita-se a dizer que a verba "poderá ser utilizada para a locomoção em todo o território nacional", mas não fala sobre viagens internacionais.
A redação do projeto também deixa brechas para viagens de parentes ao usar o verbo poderá ao invés de deverá "ser usada pelo próprio parlamentar ou por assessores, neste último caso mediante comunicação à Mesa". A Câmara diz que houve erro de redação. A cota para líderes fica mantida.

ACM Neto e o darwinismo político brasileiro ao contrário

Essa onda de escândalos éticos e morais no Congresso se refere aos integrantes da Câmara e do Senado –e não ao Poder Legislativo em si. Essa distinção é importante. Muita gente anda defendendo saídas para lá de heterodoxas, impróprias e antidemocráticas. O que parece ser necessário é gente mais decente ali dentro, não simplesmente descartar o Congresso.



Tome-se o caso dos corregedores da Câmara, ACM Neto (DEM-BA), e do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP). Não fazem absolutamente nada em meio à atual tsunami de desvios. Clique aqui para assistir a um vídeo sobre os dois, mostrando a fama de engavetadores que já estão consolidando.



No caso de ACM Neto, o deputado baiano dá hoje mais uma evidência de como os valores estão em falta na Câmara. O corregedor foi citado pela coluna “Painel”, da Folha (aqui, para assinantes), e indagado se teria usado passagens da Câmara para viajar com a mulher a Paris.



Eis o que respondeu ACM Neto: “Isso pode ter acontecido (...) Mandei fazer um levantamento, pode ter sido um reembolso da Varig”.



Como assim? Ele não se lembra? Pode ter sido? Não custa lembrar que, como corregedor, será ACM Neto o responsável por examinar o uso indevido de bilhetes por seus pares. Não consegue se lembrar se viajou a Paris com a mulher nem exatamente quem pagou pela viagem. O internauta pode fazer um teste. Pergunte a qualquer cidadão de bem se é possível viajar ao exterior e não se lembrar quem pagou as despesas. Quem não responder imediatamente sofre de amnésia ou não é flor que se cheire.



Mas, digamos que a passagem para o passeio por Paris tenha sido mesmo emitida pela Câmara e paga com o dinheiro público. E daí? Fala ACM Neto: “Não há ilícito. A passagem era vista como uma vantagem do parlamentar, que economiza. Não tem que devolver porque não houve erro. A Casa toda fez”.



E mais: “Acho que está na hora de a Casa ter coragem de se defender. Estão colocando nomes de pessoas sérias como se fossem bandidos! Acho que a imprensa quer fechar o Congresso”.



Como assim? A imprensa noticia os fatos e quer fechar o Congresso? Ou seriam os deputados os verdadeiros interessados no fechamento do Congresso ao fazer viagens indevidas e enlamear a imagem do Poder Legislativo?



Sobre a resposta padrão de ACM Neto –“não há ilícito”– trata-se de um ato de ignorância, de uma malandragem ou das duas coisas juntas. O corregedor confunde direito público com direito privado. O argumento para a farra das passagens (e de outras) foi a inexistência de "regras claras definindo os limites", como escreveu o próprio deputado Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara.



Mas eis o que ensinou num post do dia 2 de abril o jurista Sepúlveda Pertence: "Ao contrário do particular que pode fazer tudo que a lei não proíbe, o administrador só pode quando a lei determina ou autoriza. Trata-se do princípio da legalidade. O agente público age em nome do Estado e vinculado ao Estado”. Ou seja, se a lei ou a regra não davam permissão explícita, o uso indiscriminado de passagens estava proibido.



Conclusão: ACM Neto e outros 260 deputados, de janeiro de 2007 a outubro de 2008, viajaram 1.887 vezes ao exterior. Estavam claramente quebrando uma regra, cometendo atos irregulares. A não ser que o patrimonialismo mental dessa turma os exima de seguir o direito público. Eles querem ser congressistas e seguir apenas os ditames do direito privado. Acham que o Congresso é a casa deles. Na prática, está sendo mesmo.



Ao considerar que “não há ilícito” e que a “a imprensa quer fechar o Congresso”, o corregedor ACM Neto ajuda a comprovar uma funesta teoria darwinista ao contrário –quando o assunto é política brasileira. Basta olhar para os antepassados de ACM Neto. Muitas vezes, as gerações mais novas são menos evoluídas do que as passadas, por incrível que possa parecer.



Mas, não nos enganemos. A resposta deve ser dada pelos eleitores. Ou não. A depender da abulia atávica do brasileiro médio, a coisa vai longe. A propósito, basta lembrar do filme “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha, citado no post abaixo. Em uma cena antológica, um ator representa o povo. É humilhado. Não reage. Jardel Filho, sarcástico, diz: ““Está vendo o povo? Um imbecil, um analfabeto. Já pensaram o povo no poder?”.



Hoje, o mundo é outro. Neste ano, já são 34 escândalos no Congresso. Só neste ano... 34 escândalos no Poder Legislativo.

Você também mudou? Faça o teste......

.
.Será que, com tantas experiências no decorrer da vida, você adquiriu informações corretas sobre SEXO? Ou algumas foram equivocadas e duvidosas?

Faça o teste e descubra no final da matéria. Será um prazer ajudar a desmistificar o vasto e belo UNIVERSO SAUDÁVEL E RESPONSÁVEL DA SEXUALIDADE!

1 - Dá para tratar a falta de orgasmo?
a. Sim, com terapia sexual
b. Sim, com drogas sexuais
c. Não há cura, você precisa se conformar

2 - Se o homem gosta de receber carícias no ânus, ele é gay?

a. Claro que sim, isso é praticado pelos homossexuais
b. Não necessariamente, ele só se excita com isso
c. Ele não só é gay, como um depravado

3 - Dor freqüente na penetração é sinal de que?

a. Você pode estar com um problema físico ou psicológico
b. Você nasceu com uma anomalia sem solução
c. Seu parceiro não tem a mínima habilidade

4 - Usar duas camisinhas – a masculina e a feminina – ao mesmo tempo protege ainda mais a relação sexual?

a. Claro, ambas ficam 50% mais resistente
b. Claro, se uma furar, a outra já está lá de reserva
c. De jeito nenhum, o atrito propicia riscos de ambas se romperem

5 - Ejaculação precoce atinge homens que:

a. Só se preocupam com eles
b. Têm uma parceira irresistível
c. Sofrem de ansiedade, precisam buscar ajuda de um terapeuta sexual

6 - Perda freqüente de ereção é forte indício de que:

a. Ele também perdeu o desejo por você; isso faz toda diferença
b. Ele está sofrendo de problemas emocionais e ou físicos
c. Ele tem relações extra conjugais e não sobra pique para outra transa

7 - A incapacidade de ter orgasmo é um problema que:

a. Não tem solução, você nasce com ele
b. Você resolve ao conhecer melhor seu corpo e aprender o jeito certo. Depois compartilhando com o parceiro onde e como gosta de ser tocada
c. Você resolve com um parceiro certo

8 - Homossexualidade é doença?

a. Depende do ponto de vista de cada pessoa
b. Claro que sim, e ainda é uma safadeza
c. Não, trata-se apenas de uma orientação sexual. São pessoas absolutamente normais e iguais as outras

8 - Ter fantasias sexuais é saudável?

a. Sim e é absolutamente natural para apimentar a relação. Desde que aprovada por ambos
b. Não, pois acaba todo relacionamento
c. É ridículo precisar desse tipo de artifício



9 - As verrugas (HPV) na vagina e ou no pênis são transmitidas por:

a. Sexo anal, oral e na relação vaginal (com penetração): em todas essas é preciso usar camisinha
b. Masturbação e sexo vaginal
c. Sexo vaginal e anal

10 - A penetração vaginal pode atrapalhar a gravidez?

a. Sim, pois pode machucar o feto
b. Não, pois o bebê está protegido no útero e é possível fazer amor os nove meses de gestação. Só não quando é gravidez de risco
c. Claro, sempre porque mulher grávida não transa

11 - Sexo anal, dói para toda mulher?

a. Claro, o ânus é um orifício muito pequeno
b. Claro, nenhuma mulher gosta disso e só faz por insistência do parceiro
c. Não, você só precisa estar bem excitada (ou seja à fim) e relaxada na hora H para aproveitar dessa variação sexual. Precisa ser bom para os dois, sempre que acontecer!

GABARITO

1-a, 2-b, 3-a, 4-c, 5-c, 6-b, 7-b, 8-c, 9-a, 10-a, 11-b, 12-c

Sindicância fareja ‘máfia’ das passagens na Câmara

Dias atrás, o corregedor da Câmara foi instado a comentar a farra das passagens.



ACM Neto (DEM-BA) tentou culpar o termômetro pela febre.



"Acho que está na hora de a Casa ter coragem de se defender...”



“...Estão colocando nomes de pessoas sérias como se fossem bandidos!...”



“...Acho que a imprensa quer fechar o Congresso".



Até então, o deputado dizia: "Não há ilícito...”



....A passagem era vista como uma vantagem do parlamentar, que economiza...”



“...Não tem que devolver porque não houve erro. A Casa toda fez".



Nesta sexta (25), vieram à luz fragmentos de uma sindicância aérea.



Descobriu-se que gabinetes de deputados estão vendendo passagens de suas cotas.



O repórter Silvio Navarro relatara o caso de três deputados.



Júlio Mosquera revelaria depois que há pelo menos 18



Confrontado com a novidade, ACM Neto tratou de recauchutar o discuso:



"Se isso ficar comprovado, os deputados envolvidos devem ser cassados...”



“...E os servidores demitidos imediatamente".



Ah, bom!

Passeio de Joaquim, no Rio, revolta colegas no STF.

Em dia de expediente, o ministro celebrou a fama na rua

Parte dos colegas viu no gesto a intenção de ‘provocar’








"Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país [...]. Saia à rua, ministro Gilmar. Faça o que eu faço".



Menos de 48 horas depois de lançar o repto a Gilmar Mendes, presidente do STF, Joaquim Barbosa foi ao meio-fio.



Numa sexta-feira de expediente normal no Supremo, Joaquim desfilou sua notoriedade em pleno centro do Rio de Janeiro.



Almoçou com uma trinca de amigos no Bar Luiz, tradicional ponto de encontro do carioca. Recebeu cumprimentos da dona do estabelecimento, Rosana Santos.



Acenaram-lhe das mesas ao redor. Na saída, foi brindado com os “parabéns” da clientela. Desceu a pé a Rua da Carioca.



Foi ao carro oficial só na altura da movimentada esquina com a Avenida Rio Branco. Formou-se em torno dele uma pequena aglomeração. Mais cumprimentos.



O passeio ganhou a web. E chegou aos gabinetes do STF. Em privado, colegas de Joaquim, entre eles Gilmar Mendes, destilaram irritação.



Enxergaram no “passeio” do desafeto a deliberada intenção de “provocar”. O blog tentou ouvir Gilmar. Ele não quis falar.



Em público, o presidente do Supremo vem manuseando panos quentes. Na última quinta (23) negara a existência de crise no tribunal.



Longe dos microfones, Gilmar lamenta os “prejuízos” à imagem do Supremo. O repórter ouviu dois ministros na noite desta sexta (24).



Eis o que disse um deles: “É como se o ministro Joaquim quisesse demonstrar aos oito colegas que assinaram a nota de apoio ao Gilmar que as ruas desaprovam o texto...”



“...É uma atitude infantil. Vai ficando claro que ele não tem a intenção de rever o comportamento que tem levado os colegas a tomar distância dele”.



Ouça-se o outro magistrado: “O ministro Joaquim errou de palco. Para julgar no Supremo é preciso estudar a Constituição. Algo que não se faz nas ruas”.



Abespinhado, um dos ministros lembrou que Joaquim é o recordista de processos pendentes de julgamento no STF: “Ele precisa trabalhar”.



O blog foi ao portal eletrônico do Supremo. Não encontrou ali dados sobre a quantidade e a localização dos processos.



Mediante pedido do repórter, o tribunal forneceu as informações. Sobre a mesa de Joaquim Barbosa repousam 17.207 processos.



É, de fato, o campeão de pendências. Depois dele, as mesas mais apinhadas são as de Marco Aurélio Mello (13.015 processos), Carlos Alberto Menezes Direito (11.596)...



...Carlos Ayres Britto (9.201), Cezar Peluso (8.472), Ellen Gracie (8.325), Cármen Lúcia (7.982)...



...Ricardo Lewandowaki (6.180), Celso de Mello (5.909), Eros Grau (3.934) e Gilmar Mendes (2.723).



No caso de Gilmar, o quadro do tribunal atribui 2.416 ao “presidente” e 307 ao “ministro”.



Embora relevante, a quantidade de processos não é o único parâmetro na aferição da produtividade de um ministro.



A favor de Joaquim pesa o fato de que é dele a responsabilidade pela condução do mais volumoso processo em tramitação no Supremo: o caso do mensalão.



Seja como for, no vale-tudo que envenena a rotina do STF, o volume de processos é esgrimido como evidência de que Joaquim tem mais a fazer do que exibir-se na vitrine.



Joaquim mandou a assessoria avisar à presidência que não dará as caras no STF na próxima semana. Informou-se que vai tratar das dores que lhe atormentam as costas.



A ausência, por providencial, vinha sendo interpretada como um gesto conciliatório. Uma forma de contribuir para que os ânimos amainassem. Porém...



Porém, o passeio carioca de Joaquim conspurcou o entendimento. Os colegas afirmam agora que não será medindo calçadas que o ministro se reconciliará nem com sua coluna nem com o pedaço do STF que desaprova suas explosões.



No miolo da desavença que produziu o mais áspero barraco dos 200 anos da história do Supremo está, aliás, uma licença médica de Joaquim.



Na sessão vespertina de quarta (23), a coisa desandou no instante em que se discutia um processo sobre a aposentadoria do funcionalismo do Paraná.



A causa já havia sido julgada. Voltara à pauta para que os ministros decidissem a partir de que data vigiria a decisão do tribunal.



A certa altura, Joaquim insinuou que Gilmar escondera dos colegas informações relevantes para a formação do juízo.



Gilmar refutou. Disse que o processo fora esmiuçado em sessão anterior, à qual Joaquim não comparecera. Foi quando o caldo entornou



Joaquim deve a toga a uma indicação de Lula. Está no STF há seis anos. Dá expediente também no TSE. Tornou-se um colecionador de desafetos.



Na ponta do lápis, já se indispôs com seis colegas. No STF: Gilmar, Marco Aurélio Mello, Eros Grau e Celso de Mello. No TSE: Felix Fischer e Arnaldo Versiani.

"Norminha é um estado hormonal",

"Norminha é um estado hormonal", diz Dira Paes sobre a fogosa personagem PopTevê
Dira Paes é categórica ao afirmar que toda mulher tem dentro de si uma Norminha. "Em geral, ela bate por volta dos 30. Norminha é um estado hormonal", propagandeia a atriz, que, na pele da apimentada personagem, toda noite dá um "boa noite Cinderela" no marido: prepara um leite com canela para o guarda de trânsito Abel (Anderson Müller). Ele adormece e a deixa livre para "cair na gandaia". "A proposta da personagem é ir além do pudor de que pessoas casadas não olham para o lado. Conheço muita gente casada que vive olhando para o lado. É o caso da Norminha", justifica a atriz, acrescentando que está se divertindo a valer com as "safadezas" da personagem.


DIRA PAES FALA SOBRE A NORMINHA DE "CAMINHO DAS ÍNDIAS"

prova disso é que, muitas vezes, antes de gravar, Dira se pega cantando o refrão da música-tema da safada moça: "Você Não Vale Nada, Mas Eu Gosto de Você", do grupo Calcinha Preta. "Me ajuda a entrar na Norminha", confessa, aos risos.

Apesar de a personagem não se conter apenas em olhar para outros homens -vira-e-mexe, ela "dá uns pegas" no jovem Indra (André Arteche) -, Dira não a condena. Para a atriz, Norminha choca por possuir características masculinas. "Estamos acostumados a ver o perfil da Norminha em homens.
Para eles, é natural ser conquistador. Já a mulher assim parece não merecer o mínimo respeito. Por isso todo mundo critica", avalia.

Mas Dira conta que não tem sido criticada nas ruas por conta do comportamento promíscuo e desleal de Norminha. Em vez de receber sermões, a atriz só escuta comentários sobre o perfil bem-humorado da personagem. "As pessoas acham a Norminha engraçada, 'sexy'. Veem que ela é safada, mas entendem que ela tem uma leveza", acredita ela, que defende a tese de que a personagem é "meio fora do tempo". "Ela é meio caricatura. Até pelo figurino. Não usa jeans e camiseta. Dorme de bobes, vive arrumada", descreve.

Para viver essa mulher que transborda sensualidade, Dira se inspirou nas divas do final dos anos 40. Assumiu um figurino à la Sophia Loren e adotou roupas justas, do tipo que esculpem o corpo. A ironia do destino é que, quando foi escalada para viver a sensual personagem na trama de Glória Perez, a atriz acabara de dar à luz seu primeiro filho. Mas, disciplinada, recuperou a forma rapidamente e hoje coleciona elogios. "Para a Dira, me sinto ótima. Mas para a tevê, queria perder uns três quilinhos", confessa ela, que, apesar do corpo invejável, ainda se acha um pouco grande na tevê.

Se com o corpo Dira não totalmente satisfeita, sobre sua trajetória profissional ela não tem do que reclamar. Sem fazer tevê desde "A Diarista", seriado em que, durante dois anos e meio, deu vida à abilolada Solineuza, a atriz estava sentindo falta de trabalhar no veículo. E confessa que ter sido escalada para viver mais uma personagem cômica foi mera coincidência. "Não direciono minha carreira para o humor. Vou atrás de bons personagens", argumenta ela, comparando Solineuza com Norminha. "A Solineuza tinha um humor infantil, ingênuo. A Norminha é diferente: é descarada, se contradiz o tempo todo", analisa.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Você está preparado para amar?

O ciúme, por mais natural que seja, é um instinto animal

Muitos são os que sonham com um companheiro ou companheira para a vida. Sofrem com a solidão e por não achar alguém com quem partilhar seu destino. Relembram namoros que não foram adiante e lamentam os obstáculos que enfrentam para encontrar outra pessoa e tentar iniciar um projeto de vida a dois. Por vezes se perguntam se existe algum motivo para que existam tantas dificuldades para se alcançar um objetivo aparentemente tão simples.

Desconfiam que possa existir alguma informação que lhes esteja faltando, que seja a causa do impedimento para chegar ao resultado desejado. Há um antigo provérbio indiano que diz: "Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece". O sentido desta frase pode se resumir na importância da pessoa se dedicar à preparação pessoal em vez de sair à procura do professor que vá resolver suas dificuldades. Trazendo esta questão para o campo amoroso, sugiro que, em vez de se esperar ou procurar pelo príncipe ou pela princesa encantados, melhor será procurar sempre se aprimorar como pessoa para poder ser uma melhor companhia em uma possível relação a dois.

Dentro desta ideia, é bom pensar que embora a motivação para o relacionamento seja atender nossos desejos e nossas necessidades, é importante nunca perdermos de vista os desejos e necessidades de nosso parceiro. Somente quando nos dispomos a cuidar da pessoa amada e a oferecer a ela não o que nos seja conveniente e melhor, mas sim o que ela deseje de nós e considere o melhor que temos para partilhar, é que poderemos solidificar e fortalecer o relacionamento, para que ele continue e enriqueça nosso futuro.

A importância do namoro

Namoro é a fase inicial do relacionamento entre um casal. É um período de ensaio, quando os dois começam a se conhecer. Não existe a obrigação de dar certo e o mais provável é que termine porque um ou os dois se desinteressam do outro. É muito raro que o primeiro namoro evolua até o casamento, mais raro ainda que esse casamento dê certo. Mas vale a pena namorar, porque é bom, porque se aprende muito e se ganha experiência ao namorar. Este aprendizado vai ser necessário no futuro, quando o verdadeiro amor aparecer e houver necessidade de se estar preparado para reconhecer a importância desta pessoa e se precisar estar pronto para desenvolver com ela um relacionamento sólido e duradouro.

Convém lembrar que o namoro é uma relação de amor, um exercício de amar e ser amado. Amar é uma atitude de generosidade. Para poder amar, as pessoas precisam, em primeiro lugar, de ter amor por si mesmo, portanto de desenvolver sua autoestima. Durante o relacionamento, deve-se pensar sempre no interesse de seu parceiro e se assegurar de que ele pensa da mesma forma.

Amar consiste em tentar ajudar a pessoa amada a ser feliz. Amor entre adultos exige reciprocidade, amar sozinho, sem ser correspondido, não tem sentido: uma relação é boa somente quando é boa para ambos. Se um está feliz e o outro não, o namoro não é bom. Para uma relação evoluir é preciso que ambos se esforcem, senão ela fica estagnada. Finalmente, não se pode esquecer de que o ciúme, por mais natural que seja, é um instinto animal que precisa ser dominado e deve ser cuidadosamente mantido à distância.

Amor: delicadeza é a palavra-chave

É sempre bom lembrar que nossa alma se alimenta da esperança de que as coisas podem mudar para melhor. Para sermos otimistas não é necessário inventar nada, basta lembrar de tudo de ruim que já nos aconteceu e de como as situações terríveis porque passamos foram resolvidas, superadas, ou simplesmente acabaram. Depois da tempestade sempre vem o bom tempo; se apostar nisto, você ganhará sempre. Já foi dito, com ironia, por alguém: “99 por cento dos problemas que tive na vida não aconteceram.”
Muitas mulheres se queixam de que os homens só querem sexo e homens se queixam de que as mulheres só querem casar. Ambos têm razão, mas não é aí que se encontra o problema do desencontro entre homens e mulheres. As pessoas se queixam porque têm dificuldade para superar as diferenças que existem entre os sexos. Na verdade a aproximação entre homens e mulheres contém uma séria dificuldade: por serem muito diferentes um do outro, eles se temem e têm ímpetos de fugirem da convivência recíproca; por isto buscam pretextos e desculpas para se manterem distantes. Isto é muito freqüente nos jovens que ainda não aprenderam que é possível e até bastante estimulante administrar essas diferenças.

Por outro lado, posso estar dando a impressão de que as diferenças entre os sexos opostos não são tão grandes assim, mas o fato é que a própria expressão “sexos opostos” dá uma indicação clara das desigualdades que existem entre os homens e as mulheres. As reações instintivas são diferentes de um sexo para o outro e devido a isto a forma de sentir e de pensar também apresenta marcantes diferenças entre uns e outros. Basta você observar o comportamento e as reações de amigos e amigas e verá como de fato existe uma enorme diferença entre os sexos.

A sua parte

O importante é procurar a sua responsabilidade na construção de um relacionamento, em vez de ficar apontando os defeitos do parceiro em uma tola tentativa de fugir da tarefa de assumir a parte que lhe cabe. Se você se responsabilizar pelas dificuldades que tem em chegar a um acordo com um possível parceiro, estas certamente acabarão sendo superadas. Os casais que vemos por aí, muitos deles satisfeitos com seus casamentos, nos provam que é possível para um homem e uma mulher estabelecerem uma relação feliz e estável.

É preciso que haja qualidades e capacidades dos namorados que permitam levar a relação para diante. Viver a dois é difícil e requer esforço e competência para que a união seja bem sucedida. Quem deseja casar, precisa avaliar se o namorado, ou a namorada, será um bom marido, ou uma boa esposa, caso contrário, a pessoa estará se condenando a mais um casamento sofrido e infeliz.

Definir o amor

Muitos jovens têm dificuldade para determinar o que é amor e se perguntam se o que sentem é de fato amor. Ninguém tem dúvida sobre a paixão, quem sente ou já sentiu sabe perfeitamente do que se trata. Amor é paixão aprovada e administrada pela razão. Quando você aprende a avaliar seus sentimentos, e a adequação deles, e preza a pessoa por quem sente paixão saberá que pode permitir que a paixão cresça, deixando que o amor floresça. O amor dos jovens deve ser um amor de troca entre o casal, um amor que se constrói junto, ambos investindo e participando, nunca uma tarefa de um sozinho. Se não houver empenho do parceiro, o bom senso aconselha cair fora. É assim que se harmoniza a razão com a emoção.

Tudo isto dever ser tratado com disciplina, que é a maior e melhor manifestação da auto-estima. Se você se gosta, vai usar a disciplina para trabalhar por seu bem-estar, por sua saúde e por sua felicidade. Uma paixão equivocada é como um vício. É preciso abandoná-la da mesma forma como se cura um vício: com esforço e disciplina estimulados pela auto-estima. Significa querer fazer o bem a si mesmo ainda que custe todo o sacrifício que for necessário.

Sobressaltos

Se você está separado de seu antigo amor há muito tempo e ainda fica sobressaltado quando descobre que ele está em companhia de outro, pode estar certo de que existe muita gente padecendo desse mal. Trata-se de um fenômeno bastante comum, que costuma atingir mais as mulheres, embora muitos homens também sofram da mesma dificuldade. A maioria das mulheres afetadas por esse sofrimento não consegue compreender o que se passa com elas e preferiria nada sentir e poder não dar nenhuma importância à vida de seu ex. Mas o fato é que ela está dominada por suas emoções.

Para superar essa situação, o primeiro passo a ser dado, sempre que se termina uma relação, é viver plenamente o sentimento de perda e deixar que um momento de luto pela morte daquele amor tome conta do coração. Sofrer a perda é um bom preventivo contra crises futuras. Outra providência importante é se manter tão ocupado que não haja espaço para prestar atenção no que está acontecendo com o antigo amor. Finalmente, procure preparar-se para a próxima vez. Pensar que o fim de uma paixão abre a porta para novas emoções ajuda a estar em condições de iniciar novos contatos que poderão redundar em uma promissora relação.

Moderação

Ao contrário do que você poderia pensar, a possessividade não expressa amor, e sim apenas o desejo de controlar o outro. O autoritarismo é um desrespeito à liberdade e, portanto, sinal de desamor e não de amor. Não existe uma "receita" para fazer nascer o amor. E é muito interessante constatar que nós mesmos não podemos nos obrigar a amar uma determinada pessoa, muito embora às vezes tenhamos vontade de que alguém que não se interessa por nós passe a nós amar. São as incongruências e os mistérios do amor...

Outro aspecto paradoxal é a vontade que algumas pessoas têm de “amar loucamente”. Essa é uma visão do amor muito distante daquilo que parece ser o razoável. Amar loucamente soa como uma contradição, pois o amor deve ser sadio e tranqüilo, e portanto, não deveria ter nada de loucura. Além disto, o amor requer independência, o que quer dizer poder viver sem o outro. É muito bom quando duas pessoas que podem viver sozinhas descobrem o desejo de viverem juntas, não porque precisam ou por dependência, mas por escolha, por preferência.

Existe uma mística romântica criada em torno do amor que valoriza os desatinos cometidos em nome do amor, os gestos grandiosos e exibicionistas e os arroubos insensatos e irrefletidos. Mas a verdade é que se nossa vida é impulsionada pelo coração, deve ser dirigida pela razão. A emoção é nosso motor, mas a direção é dada pela capacidade humana de pensar. Quando precisamos tomar decisões sobre os rumos a seguir, o coração aponta a direção mas é a razão que escolhe o caminho. Por exemplo: Homicídios e suicídios são prova de falta de amor. Violência nada tem a ver com amor, é apenas estupidez e brutalidade O sofrimento, por maior que seja, deve ser suportado e superado. Há quem afirme que não pode viver mais sem determinada pessoa, esquecendo-se de que antes de conhecê-la vivia perfeitamente e tinha muitos momentos de alegria sem ela.

A atração sexual que costuma ser tão valorizada é apenas um detalhe do relacionamento amoroso. Em princípio, atração sexual sempre existe entre pessoas sadias, e um bom entendimento na relação sexual é natural, quando as pessoas se gostam, pois sexo é bom e gostoso. Nada mais lógico que as pessoas que se amam se dêem bem sexualmente, mas não existe aí nenhuma grande conquista, nem algo difícil de ser encontrado. O que é realmente difícil entre um homem e uma mulher é a capacidade de desenvolver uma relação afetiva de mútuo entendimento e respeito, baseada em sentimentos de admiração, consideração e carinho.

No amor, a palavra-chave é: delicadeza. Quando nos aproximamos de alguém que está mexendo com nossos sentimentos, o importante é que o contato seja feito suavemente, sem que a gente invada a outra pessoa e inunde sua alma com nossa paixão. A melhor maneira de lidar com esta situação consiste em ficar atento aos sentimentos do outro e respeitá-los. Se você o ama, deve sempre querer que o outro se sinta bem ao seu lado. O amor é o que dá colorido e sentido à vida, mas as condições para que o amor floresça são difíceis de serem atingidas e mantê-las é uma árdua empreitada. Por isto o amor é tão valioso.

Amor não é simplesmente um sentimento que brota dentro de nós, mas toda uma forma de nos comportarmos e de dirigirmos nossas vidas. Amor é feito de auto-estima em primeiro lugar, e de consideração e respeito pela pessoa amada. Além disto amor requer reciprocidade para poder ter o direito de existir. Amar sem consentimento é uma tolice e até mesmo um desrespeito ao alvo de tal amor. A relação de amor entre um homem e uma mulher se fundamenta na cumplicidade: o casal se junta para construir a felicidade de ambos e não para competir e ver quem consegue passar o outro para trás.

Solidão começa no pensamento

Em 1964, Jean-Paul Sartre recusou o prêmio Nobel de literatura e, na ocasião, Gilles Deleuze escreveu um artigo intitulado: “Ele foi meu mestre”, cuja tradução foi publicada no livro A ilha deserta e outros textos.

"Estar só é falar por si mesmo, é não ter diante de si, nem atrás de si, algo que lhe ampare, que lhe sustente; é não representar ou ser representado por algo. Rejeição é repulsa, desaprovação. Estar só não implica em rejeição e esta não leva necessariamente à solidão" Ao estabelecer as diferenças entre o mestre e o professor, Deleuze cita duas características fundamentais do mestre: a solidão e uma certa agitação, uma certa desordem do mundo na qual surgem os mestres. Ao ler a afirmação de Deleuze, lembrei-me das muitas queixas de solidão que aparecem no consultório.



Você já sentiu a solidão da incompreensão? Parece que você é a única pessoa do mundo a ver as coisas de uma determinada maneira; parece que só você pensa assim, só você é assim. A beleza do trabalho terapêutico é a aproximação ao mundo existencial das pessoas. No consultório, o partilhante (paciente) conta como vê o mundo, os outros e a si mesmo; como sente, pensa, planeja, age...

O objetivo de um filósofo clínico não é julgar, replicar, rebater ou convencer; mas investigar, compreender, pensar junto com o partilhante. Assim, acompanhando os relatos das vivências das pessoas é possível observar que, embora pareça que só você pense diferente, muitos de nós pensamos, sentimos, compreendemos, agimos e somos de maneiras radicalmente distintas do que é considerado “normal”, “comum”.

Se conseguíssemos ouvir mais os outros, observar sem julgar e sem querer convencer o outro de que estamos certos, e se conseguíssemos interlocutores com a mesma postura de escuta atenta, de dis-posição para pensar junto conosco, talvez percebêssemos que esse “ver, pensar e sentir diferente de todo mundo” é muito mais comum do que imaginamos. Consequentemente, a solidão de ser o único ser no universo a não partilhar um mundo ou um sistema pré-estabelecido seria minimizada.

Você já observou como as pessoas enxergam o mundo de modo tão singular? Já teve curiosidade em saber como as pessoas constroem suas visões de mundo? Por que pensam como pensam? São como são? Já observou isso em você mesmo?

A solidão de constatar nossa “inadequação” ao padrão instituído, ao “ser como todo mundo é”, pode, de um lado, nos entristecer, nos deprimir. Pode excluir, calar, isolar; pode provocar sofrimento e estagnação na tentativa de uma pseudo-adequação a um sistema ou opinião vigentes. De outro lado, pode ser exatamente essa solidão a nos levar a dizer algo em nosso próprio nome, a suscitar o surgimento de uma novidade radical, a propiciar um olhar para nosso modo de ser, nossas forças, fragilidades e medos, e, consequentemente, nos permitir a construção de formas de vida adequadas a nossas necessidades.

Quando iniciei os estudos em filosofia, ouvia de meus professores – alguns deles grandes mestres, no sentido explicitado por Deleuze – que a filosofia é uma atividade solitária. A princípio entendi essa afirmação como se referindo à necessidade de leitura dos textos, de escrita, algo que, pensava eu, exige um certo isolamento. Mas questionava a afirmação lembrando a necessidade do diálogo, das provocações do outro ao curso de nosso pensar levando-nos a revisitar os caminhos percorridos por nosso pensamento.

Solidão em questão

Só muito mais tarde pude compreender o que meus professores diziam. Eles não se referiam a um estar só no sentido de isolar-se para ler, estudar ou escrever. A solidão em questão é a solidão de quem pensa, sente, fala e vive por si mesmo, ainda que suas ideias contrariem a ordem estabelecida, a opinião vigente, o padrão instituído. Essa solidão é o “abandono” do qual nos fala Sartre: estamos sós e sem desculpas; somos responsáveis por aquilo que fazemos de nós e, consequentemente, pela humanidade que construímos.

É comum encontrar pessoas que reivindiquem e ao mesmo tempo temam a liberdade, que busquem e não suportem conviver com a solidão. O estar só não é uma constatação fácil, mas também não é uma opção. Ainda que estejamos cercados por outras pessoas ou por uma verdadeira multidão; ainda que muitos pensem como nós sobre diversos aspectos; ainda que muitos jurem presença, companhia e partilha eternas; ainda assim estamos sós. Partilhamos alguns momentos, temos companhia às vezes, mas somos os únicos responsáveis por aquilo que fizemos de nós mesmos, pelas formas de vida que escolhemos construir e viver.

Você já se sentiu só diante de sua própria voz? Já se percebeu rejeitado, excluído, porque falava por si mesmo? O pensar diferente provoca, em muitas pessoas, a sensação de inadequação, o medo de enlouquecer, a vergonha por não ser como todo mundo é, a solidão.

Há certa confusão entre solidão e rejeição. Estar só é falar por si mesmo, é não ter diante de si, nem atrás de si, algo que lhe ampare, que lhe sustente; é não representar ou ser representado por algo. Rejeição é repulsa, desaprovação. Estar só não implica em rejeição e esta não leva necessariamente à solidão.

Solidão implica em falar em próprio nome

O que muitas vezes ocorre é o medo de ser rejeitado por dizer algo por si mesmo e desagradar o outro. Quando se diz algo por si, quando se compreende que a solidão implica em falar em próprio nome, em não se esconder atrás de uma instituição ou de uma coletividade, novos rumos se abrem. Expõe-se aquilo que se é, mostra-se em suas forças e fragilidades. É como estar nu diante de uma platéia vestida. E a platéia pode gostar ou não do espetáculo. E se o outro não gostar do que vê? E se não pensar como eu? E se eu não encontrar respaldo na opinião vigente? O medo que paira sobre a aceitação ou a rejeição de nossas ideias, muitas vezes nos cala.

Contudo, calar é também uma postura, uma postura que pode nos manter sós. Não um calar para nada dizer, um aquietar-se para ouvir o outro, mas um calar por medo de pensar diferente, por medo de um julgamento.

Seria a solidão um sentimento diante da ausência de um outro, da ausência de vínculos? Seria ela uma ausência de si mesmo? Ou seria ela o assumir-se só diante da vida, o ato de falar por si mesmo, ainda que junto-com-o-outro, em postura atenta e radical? Se você é ou se sente só, como significa sua solidão? O que ela provoca em você?