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domingo, 31 de maio de 2009

CARLITO LIMA......O E-MAIL

Muitos leitores me perguntam onde arranjo tantas histórias, e se são verdadeiras. Reafirmo, todas minhas crônicas são baseadas em fatos reais, muitas contadas por amigos, apenas dou um trato literário na história, retrato a vida do cotidiano, como ela é.
Ontem recebi o e-mail abaixo, de uma leitora do Recife, não a conheço pessoalmente, entretanto, não posso deixar de repassá-lo para os leitores, afinal, eles são o objetivo dos meus escritos.
“Queridíssimo Carlito Lima.
Desculpe assim lhe chamar com tanta intimidade, embora nunca tenhamos nos visto, parece que lhe conheço há 500 anos, leio sempre suas crônicas, li quase todos seus livros, são bem autobiográficos. Adoro suas histórias bem humoradas, cheias de picardia. Tomo a liberdade de narrar um acontecido recente, você pode ou não aproveitar em sua coluna.
Antes de tudo quero lhe dizer de saída, sou feito homem, gosto de mulher, sou homo, às vezes bissexual. Ensino na Universidade Federal de Pernambuco. Ano passado chegou um novo colega, professor, um homão bonito, alinhado, bem vestido, bem barbeado, para simplificar, o cara é a cara do Tom Cruise. Fizemos amizade, tornei-me confidente de Abraão.
Certo dia ele me confessou, estava com problemas com sua esposa, trabalhava demais na Universidade para não levar serviço para casa, chegava mais tarde. Sua mulher começou a desconfiar, pegou seu celular, discou para nomes de mulheres desconhecidas; pelo atendimento, suspeitou de oito nomes da relação, daí por diante infernizou a vida de meu querido amigo. Ele abriu-me o jogo, tem compulsão por sexo, como é boa pinta nos dois sentidos, as mulheres se jogam como as mariposas às lâmpadas. O seu casamento ficou à beira da falência.
Mês passado, me contou, a mulher de um amigo, começou a lhe paquerar, lhe mandar e-mail todo dia, desde que lhe viu ficou apaixonada. Abraão resistiu no que pode, até que certa noite ele retornava a seu apartamento em Boa Viagem, cruzou com Ângela, o demônio foi mais forte e venceu. Ao parar o carro, a mulher do amigo percebeu, alegre correu, abriu a porta sentou-se no banco, olhou para ele, deu-lhe os lábios, no aconchego do carro houve um prolongado primeiro beijo. A compulsão por sexo de Abraão é comovente, tira-lhe as forças, não se controla, foram direto para um motel mais perto. Às 9:30 horas da noite depois de duas espetaculares performances sexuais, ele deixou a diabinha da Ângela em casa e foi para seu apartamento. Ao chegar, sua esposa estava com uma cara horrível, começou a cheirar as roupas, dizia estar com cheirinho de mulher, ela não se enganava, ele negava.
Abraão ficou encontrando-se com a mulher do amigo duas, três vezes por semana, em casa contemplava a esposa normalmente, nisso ele é ótimo. Até que certo dia, Ângela convidou o amante para transar em sua casa, ele tentou refugar, ela insistiu, disse que o marido havia viajado, estava lhe esperando ao entardecer. Quando Abraão apertou a campanhia da casa, surpresa! Foi seu amigo quem abriu a porta, um susto enorme, a vermelhidão veio-lhe ao rosto, a consciência pesada deixou-lhe sem graça. O amigo, todo afável, convidou para sentar e foi abrindo jogo.
“Meu querido Abraão sei de tudo, você está transando com Ângela. Ou você pensa que ela ia transar com você sem me contar? Não há problema, nós somos um casal moderno, casamento aberto. Ela está no quarto, pode entrar. Peço uma coisa apenas, deixe a porta aberta, adoro vê-la transar.”
Abraão entrou no quarto, Ângela mais bela que nunca vestia um lingerie sumaríssimo; se abraçaram se deitaram, se amaram, fizeram de tudo sob os olhares do marido, satisfeito com o que via.
É essa a história que lhe passo, será que dá para contar em sua coluna? Sim, tem mais, a mulher do Abraão está mais calma pela regularidade da chegada em casa e dos carinhos, ele cuidadoso, deletou os telefones das namoradas do celular, comprou outro, o mantém escondido. Confesso a você, querido Carlito, tive uma recaída, perguntei ao Tom Cruise, aliás, Abraão se topava encarar uma sapata, ele respondeu que se fosse eu, não havia problema. Acho que vou trair a namorada. Depois lhe conto. Um abraço de sua fã, sua leitora fiel. Zilma Mosa.”
Estão vendo como é a vida? Depois dizem que invento.

Preso há quase 2 anos, Cacciola é ídolo em Bangu 8

Ex-banqueiro é defendido pelo mesmo advogado de Dirceu
Coleciona na Justiça o indeferimento de dez habeas corpus
Aguarda decisão do STF sobre um novo pedido de liberdade
No início de 2009, já poderá requerer o regime ‘semi-aberto’


Condenado a 13 anos de cadeia em 2005, Salvatore Alberto Cacciola, 65 anos, tornou-se um preso de mostruário.



Ex-banqueiro, rico, habituado a uma vida faustosa, Cacciolla está há três meses e 15 dias de completar dois anos de cana.



Ajustou-se como poucos ao dia-a-dia da penitenciária carioca Pedrolino Werling de Oliveira, mais conhecida como Bangu 8.



“Advogo há 20 anos. Nunca tinha visto uma pessoa com tamanha capacidade de se adaptar”, diz o defensor de Cacciola, José Luiz de Oliveira Lima.



Vem a ser o mesmo advogado que cuida da defesa do ex-ministro petista José Dirceu no processo do mensalão. Cacciola contratou-o no final do ano passado.



Oliveira Lima já fez quatro visitas ao cliente. Conversam num parlatório, separados por uma tela de arame. De uns tempos para cá, Cacciola exibe ânimo oscilante.



“Oscila entre a depressão e a normalidade”, conta Oliveira Lima. “É gentil e atencioso. Comigo e com os outros presos”.



Bangu 8 tem capacidade para 257 detentos. É visto como um calabouço VIP. Abriga criminosos com diploma. Entre eles policiais, chefes de milícias, e bicheiros.



Cacciola veste o uniforme da hospedaria: camiseta branca e calça jeans. Gasta o tempo livre de que dispõe na leitura e no convívio com os presos.



Dá-se bem com todo mundo. Consola, distribui conselhos e gentilezas. Tornou-se o oráculo do cárcere. É respeitado por todos. E venerado como ídolo por muitos.



Encontra-se recolhido numa cela de 125 m². Divide as acomodações com 18 presos. Com os demais, convive no banho de sol diário.



Ouvido pelo blog, um servidor da penitenciária disse que o quadro já foi pior. Cacciola chegou a coabitar com cerca de 35 companheiros de cela.



Um luxo, tomando-se os padrões de superlotação do sistema carcerário brasileiro. Há na cela dois banheiros. Num, o vaso sanitário. Noutro, chuveiros que vertem água fria.



O presidiário Cacciola tratou de aparelhar-se. Providenciou um frigobar privativo e um aparelho de TV, que coletivizou.



Contra a refeição precária de Bangu 8, refugia-se nos pratos que lhe chegam pelas mãos de familiares e nas compras que faz numa cantina instalada dentro do presídio.



Segundo Oliveira Lima, “a família vem dando um suporte extraordinário” a Cacciola. O repórter apurou que são dois os visitantes mais frequentes do sem-banco.



O irmão Renato e a filha Rafaella levam-lhe -além de comida e afeto- jornais, revistas e livros. Muitos livros. Cacciola foge de confusões.



Dias depois de sua chegada a Bangu 8, os contraventores Rogério Andrade (jogo do bicho) e Fernando Iggnácio (caça-níqueis) trocaram socos durante o banho de sol.



Junto com o deputado estadual cassado Álvaro Lins, solto na semana passada, Cacciola assistiu à briga de longe. Não se animou a intervir.



Esforça-se para manter o bom comportamento. Algo que pode lhe garantir, já no início de 2010, o benefício da “progressão de regime”.



Passada a virada do ano, Cacciola terá cumprido 1/6 de sua pena. E o advogado Oliveira Lima poderá requerer a prisão semi-aberta.



Nesse regime, o ex-banqueiro passará o dia fora da cadeia. Só voltaria à noite, para dormir. Antes disso, Oliveira Lima tenta obter coisa melhor.



Protocolou no STF um habeas corpus. Pede que seja concedido a Cacciola o direito de aguardar em liberdade o julgamento dos recursos que interpôs contra a condenação de 2005 e outros quatro processos, dois dos quais já anulados.



“Confio muito no discernimento do Supremo”, diz o advogado. Chamado a manifestar-se, o Ministério Público deu parecer contrário.



Para desassossego de Oliveira Lima, sua petição repousa sobre a mesa do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, que se licenciou para cuidar da saúde.



Diz-se que Direito só volta ao STF em agosto. Algo que, se confirmado, levará Oliveira Lima a protocolar um pedido de troca de relator.



O otimismo do advogado de Cacciola contrasta com decisões recentes do Judiciário. O ex-banqueiro coleciona dez indeferimentos de habeas corpus.



Dois deles, rejeitados em liminares, aguardam pelo julgamento do mérito no STJ. Oliveira Lima confia que uma eventual decisão favorável no Supremo influa no veredicto do outro tribunal.



Deve-se a aversão do Judiciário às petições da defesa de Cacciola, em boa medida, à fuga do banqueiro para a Itália. Deu-se em 2000.



Preso naquele ano, Cacciola amargou 37 dias de cana. Foi ao meio-fio graças a uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF.



Aproveitando-se da dupla nacionalidade, o ítalo-brasileiro Cacciola fugiu para a Itália. Ausente, foi condenado à revelia, cinco anos mais tarde. Em 2007, baixou a guarda.



A Interpol recapturou-o em setembro daquele ano, no principado de Mônaco. Agora, paga em Bangu 8 o preço dos dólares baratos que comprou do BC em 1999, sob FHC.



Era, à época, dono do Banco Marka. Jogara suas fichas no dólar barato. O governo levou ao pano verde a superdesvalorização do Real. E Cacciola perdeu a aposta.



Guardava nas gavetas contratos em dólar cujo montante equivalia a cerca de 20 vezes o patrimônio líquido de seu banco. O BC socorreu-o. Junto com outro banco, o FonteCidam, o Marka comprou dólares baratos.



A operação foi esquadrinhada pelo Ministério Público e pela PF. Descobriu-se que resultara em prejuízo de R$ 1,6 bilhão à Viúva. Coisas do Brasil.



De diferente, apenas a cana longeva de Cacciola. Embora também condenados, os gestores do BC que lhe estenderam a mão estão na rua. Outra coisa tão brasileira quanto a jabuticaba.


Escrito por Josias de Souza

sábado, 30 de maio de 2009

Partidos em Delmiro Gouveia denunciam Lula Cabeleira à PF por crime eleitoral

AssessoriaO PPS de Delmiro Gouveia, junto com o PT e o PCB local, pediram, nesta quinta-feira (28), ao superintendente da Polícia Federal em Alagoas, José Pinto de Luna, investigação de crime eleitoral contra o prefeito de Delmiro Gouveia, Lula Cabeleira, relativo ao registro de sua candidatura às eleições municipais de 2008.

De acordo com o requerimento entregue à PF, em que pedem que seja ouvida também a Receita Federal, para que o prefeito seja punido com a perda do mandato, Lula Cabeleira comprou, no final de 2008, seis veículos Pajero Full, por R$ 1 milhão, à revenda Nagoya, em desacordo com sua declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, que registra o total de R$ 850 mil, relativos a dois imóveis urbanos, em Maceió, e um veículo recreativo.

Luiz Carlos Alves Batista, presidente do PPS de Delmiro Gouveia; Paulo Soares de Oliveira, presidente do PT local, e Tony Cloves Pereira, presidente do PCB, no município, acompanhados pela presidente do Sinteal - Núcleo Regional de Delmiro Gouveia, Gilvânia Machado, apresentaram, no requerimento à Polícia Federal, uma reportagem publicada pelo jornal Extra (1 a 7 de maio de 2009) e também pelo site www.extralagoas.com.br, informando que o prefeito Lula Cabeleira havia contratado com a empresa Nagoya, do empresário-usineiro Bob Lyra, a compra de seis veículos Pajeros Full, pagando com alguns veículos usados e três cheques, quitados no início de 2009.

Os dirigentes partidários de Delmiro Gouveia questionam de que forma o prefeito Lula Cabeleira pagou, como entrada, veículos que ele não possuía, de acordo com sua declaração de bens, e como teve respaldo financeiro para quitar o restante da compra com três cheques, conforme publicou a reportagem do jornal Extra.

“Oficialmente, não possui o Sr. Lula Cabeleira fontes de receitas, visto que os seus bens são representados por ativos imobilizados. Nada de imóveis rurais, de aluguéis de bens imóveis, semoventes, aplicações financeiras, poupança, depósitos à vista, dinheiro em mãos etc”, declaram os denunciantes, em seu requerimento à Polícia Federal.

A conclusão dos denunciantes é que: o candidato Lula Cabeleira “mentiu/omitiu à Justiça ou, claramente, se utiliza de fontes de rendas escusas e/ou oriundas de negócios ilícitos”. O superintendente Pinto de Luna recebeu os pedidos, elogiou a conduta dos líderes partidários em relação ao caso e designou, de imediato, um delegado especial para investigar as denúncias contra o prefeito Lula Cabeleira.

O Psicólogo

Cheio de problemas, um cara vai ao Psicólogo:
- Doutor - diz ele - estou com um problema. Toda vez que estou na cama, acho que tem alguém embaixo. Aí eu vou embaixo da cama e acho que tem alguém em cima. Pra baixo, pra cima, pra baixo, pra cima... Estou ficando maluco!!!
- Deixe-me tratar de você durante dois anos - diz o Psicólogo. Venha três vezes por semana, e eu curo este problema.
- E quanto o senhor cobra? - pergunta o paciente.
- R$ 120,00 por sessão - responde o Psicólogo.
- Bem, eu vou pensar - conclui o sujeito.
Passados seis meses, eles se encontram na rua.
- Por que você não me procurou mais? - pergunta o Psicólogo.

- A 120 paus a consulta? Um sujeito num bar me curou por 10 reais.
- Ah é? Como? - pergunta o Psicólogo.

O sujeito responde:
- Por R$ 10,00 ele cortou os pés da cama.

Simplicidade é tudo na vida. 'Muitas vezes o problema é sério, mas a solução pode ser muito simples!'

O casal Bonnie e Clyde ...

Após 75 anos da emboscada que matou o casal Clyde Barrow e Bonnie Parker, o FBI (a polícia federal dos EUA) liberou nesta semana quase mil páginas de documentos inéditos que integravam a investigação do famoso casal de criminosos.


Clyde Barrow e William D. Jones em uma das fotos do arquivo
O material pertencia a um escritório do órgão em Dallas e foi encontrado no ano passado, durante o processo de preparação de uma exposição histórica.

O site do FBI afirma que as páginas "descrevem o envolvimento da organização na perseguição a Bonnie e Clyde, que começou praticamente um ano antes da morte do casal, quando foram descobertas evidencias de que a dupla percorria o país em um carro roubado".

De acordo com o texto publicado na página oficial do órgão, no momento que o FBI começou a perseguição, o casal percorria o meio-oeste dos Estados Unidos enquanto roubava carros, assaltava bancos e postos de gasolina.

"A rápida movimentação deles foi tanta que a polícia de Dallas, New Orleans, Detroit e St. Louis precisaram ser envolvidas na investigação."



Após 75 anos da morte do casal Bonnie e Clyde, FBI divulgou quase mil páginas de arquivo da investigação

A história do casal ganhou uma famosa versão para os cinemas, "Bonnie e Clyde - Uma Rajada de Balas", lançada em 1967 e dirigida por Arthur Penn.

Uma nova versão do filme está sendo produzida por Tonya S. Holly. Intitulado "The Story of Bonnie and Clyde", o filme terá a cantora Hilary Duff no papel de Bonnie e Kevin Zegers como Clyde.

...Caetano chamou Paulo Francis de "bicha amarga..."

"Agora o Francis me desrespeitou. Foi desonesto, mau-caráter. É uma bicha amarga. Essas bonecas travadas são danadinhas" - Caetano Veloso, sobre Paulo Francis, em matéria da "Ilustrada" de 1983.

O baiano Caetano Veloso entrevistou o inglês Mick Jagger em 1983 e Paulo Francis não gostou do que viu, muito menos do que ouviu. O jornalista achou que Caetano fez perguntas bestas ao cantor dos Rolling Stones. E que Jagger zombou do cantor brasileiro. Francis escreveu um artigo sobre a entrevista e aí quem não gostou foi Caetano, que respondeu chamando Francis de "bicha amarga" e "mau-caráter". Arrebatou com a seguinte frase: "Essas bonecas travadas são danadinhas".




O entrevero entre os dois ganhou as páginas da Ilustrada. Em reportagem, Ruy Castro anunciou, brincalhão: "É a polêmica do século. Ou a deste fim de semana --por aí. A cidade está acompanhando, entre perplexa e apaixonada, a briga entre o jornalista Paulo Francis, correspondente da Folha em Nova York, e o cantor e compositor Caetano Veloso, pelas páginas deste caderno".

Ruy Castro saiu a perguntar para intelectuais, artistas, jogadores de futebol e a quem mais tivesse algo a dizer: "Quem faz mais a sua cabeça: Paulo Francis ou Caetano Veloso?" O publicitário Washington Olivetto saiu-se com essa: "Que país mais chato este, em que os inteligentes brigam e os burros andam de mãos dadas!".

Mas de chata a polêmica não teve nada. Leia abaixo trechos do livro "Pós-Tudo - 50 Anos de Cultura na Ilustrada", da Publifolha, que relembram e explicam o episódio.

Concebido como uma espécie de "livro-documentário", o volume narra, em registro pop e "cinematográfico", os 50 anos da Ilustrada, com textos e depoimentos inéditos sobre o caderno e uma antologia de artigos, entrevistas, frases, fotos, ilustrações e quadrinhos publicados entre 1958 e 2008. Conheça o livro.

*
PAJÉ CONTRA PAJÉ

No dia 25 de junho de 1983, Paulo Francis publicou na Ilustrada um texto intitulado "Caetano, pajé doce e maltrapilho". Era uma referência ao compositor baiano, que havia participado de uma entrevista com Mick Jagger no programa "Conexão Internacional", da Rede Manchete, conduzido pelo jornalista Roberto D'Ávila, com a participação de Walter Salles atrás das câmeras (ele ainda não se tornara o famoso cineasta de "Central do Brasil").

D'Ávila convidara Caetano para participar da conversa com o líder dos Rolling Stones. O autor de "Tropicália" era visto por muitos como uma versão brasileira dos grandes astros pop internacionais dos anos 60, com a vantagem de ser também considerado um artista-intelectual.

Para Francis, no entanto, esse status parecia problemático. O colunista elogiava Caetano, considerava-o até melhor do que Jagger como compositor, mas criticava o fato de ele falar "de Pajé contra pajé tudo com autoridade imediatamente consagrada pela imprensa, que é mais deslumbrada do que o público". Para ele, transformado em "totem", Caetano teria se apequenado diante de Jagger no "Conexão Internacional": "É evidente, por exemplo, que Mick Jagger zombou várias vezes de Caetano na entrevista na TV Manchete. O pior momento foi aquele em que Caetano disse que Jagger era tolerante e Jagger disse que era tolerante com latino-americanos (sic), uma humilhação docemente engolida pelo nosso representante no vídeo".

O colunista também fez reparos a uma pergunta feita por Caetano a Jagger sobre o lugar do rock na história da música. "Essa pergunta simplesmente não se faz em televisão, ou até em jornal. É de um amadorismo total. Só serve para seminários de 'comunicação' no interior da Bahia. Não é uma pergunta jornalística. Jagger começou a debochar aí."

O artigo não provocou uma resposta imediata de Caetano. Ele não enviou ao jornal um artigo, como se poderia supor. Mas, aqui e ali, em entrevistas, foi falando do assunto. Convidado a manifestar-se sobre o caso na coletiva para o show "Uns", em São Paulo, em outubro de 1983, chamou o jornalista de "bicha amarga".

Francis retrucou em sua coluna: "Duas sorridentes cascavéis deste caderno me comunicaram hoje que Caetano Veloso me agrediu numa coletiva. Outro tema de debate: cantor de samba fazendo show vale uma coletiva? Por quê? Bem, fiz críticas culturais ao estilo de personalidade de Caetano, o flagelado milionário de 'boutique', servil como um escravo diante do condescendente Mick Jagger. São críticas, certas ou não, mas culturais. Qual é a resposta de Caetano? Diz que sou uma bicha amarga e recalcada. É puro Brasil. Ao argumento crítico, o insulto pessoal. Mas o insulto é o próprio Caetano. Afinal, o que ele quer dizer é que sexualmente sou igual a ele, e usa isso como insulto."

A temperatura esquentou e a Ilustrada fez uma enquete sobre quem faria a cabeça dos intelectuais e descolados da época. Francis ou Caetano? O caderno ouviu de José Guilherme Merquior a Casagrande, passando por Henfil e José Arthur Giannotti. Curiosamente, Caio Túlio Costa, que ainda não era ombudsman, mas secretário de Redação da Folha, ficou com Francis. Mais tarde, ele também teria um entrevero com Caetano, ao criticar o filme "Cinema Falado" (1986), lançado pelo compositor.

A LÍNGUA DA ALMA

Autor: Nilton Bustamante



Converso.

Converso comigo mesmo, o tempo todo. E muitas vezes penso ser com ninguém, penso ser com todos.

Essas falas, essas formas que se avolumam em imagens após imagens formando páginas após páginas em livro interminável.

A piedade que se confunde de atenção esperada, desejada em gesto de desespero. Um ato heróico, humano, que eu nem mesmo me permito, sinto a falta, sinto a falta, sinto... Essa tonteante realidade, que crio, recrio, com minhas vontades. O medo de viver, de se entregar, em discursos que falo, não faço, não faço e me engano.

Converso.

Converso comigo mesmo, o tempo todo. E muitas vezes penso ser com todos, penso ser com ninguém.

Essa coisa de morrer pra renascer, a cada momento, a cada tormento, de mudar o dia, mudar a noite, voltar pra semente em colo quente. Essa vontade de pular em águas sem saber se rasas ou profundas, sem saber nadar, buscar apenas o sentimento em acreditar ser possível... Ah, essa fala de palavras após palavras, sem saber o que dizem, o que expressam, cujas essências são incertezas da razão diante da intuição aventureira.

Converso.

E o silêncio vem grande, vem enorme, canção sem cordas, sem voz, sem som. Num canto qualquer da alma, em um canto qualquer da sala, qualquer sala, qualquer canto, morrendo a palavra pra renascer a solidão.

Ah, eu busco, busco alguém, busco desde longe, desde sempre, cada beijo mordido em isca sentida, ah, busco a isca, busco a isca... O desejo nascido do meu corpo esfregado, como lâmpada mágica, cumprir meus caprichos, feito alguém diante do solícito gênio da ilusão, sem saber o que pedir, sem saber pra onde ir... a dúvida dos rostos, a volúpia dos corpos, e a inutilidade depois do gozo, sem cigarro, sem um sarro, sem carinho, sem um olhar complacente, companheiro, de intimidade sonhada.

Converso.

Converso com a vaidade do espelho, esse abandono das roupas pelo chão. As trilhas, as mesmas trilhas, mesmo filme repetido da poesia pensada e não vivida. Morte antes de nascer. Antes a sorte de sofrer as dores do parto, em divino momento humano, do verbo se fazendo existir, centelha de vida chorando o desespero da existência das possibilidades, dos pulmões inflando primeira vez, primeiro amor.

Ah, eu quero tanto, tanto, conseguir limpar minha alma, em lágrima escorrida, única lágrima descendo dos olhos, morrendo na boca, matando a sede pela vida diferente daquela que se apresenta em falsa madame que não pode beijar nenhuma outra boca pra não se apaixonar.

Converso.

Converso a angústia da partida. Dos dedos escorrendo uns dos outros, em contrária direção. Os ponteiros em perpétua condenação marcando as horas da escravidão.

Ah, coragem da libertação... Onde essa coragem que os heróis ousaram? Mas, foi o medo, o terrível medo da fragilidade, a fragilidade do encontro da morte que os impulsionaram em suicida tentativa pro tudo ou nada.

Fico de joelhos, solto todo o tremor do meu queixo que não consigo segurar, choro, corro de medo, porque estou aprendendo a ser eu, sem armaduras, sem histórias, sem memórias encomendadas, ascendendo os interruptores das luzes, cada vez mais ao alto... herói sem capa, que passa fome, frio, tristeza, mas, por sorte, começou a fazer poesia, alguma coisa sem rima, que começa a fazer sentido, cada vez mais sentida, sentida...

Converso.

Converso para não esquecer o idioma, a Língua da alma e me sentir gente.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

STJ julga após revogação da Lei de Imprensa

A divulgação de informações pela imprensa só pode ser considerada culposa se o veículo agir de forma irresponsável. Ao veicular notícia sobre suspeitas e investigações, em trabalho devidamente fundado, os órgãos de imprensa não são obrigados a ter certeza plena dos fatos, como ocorre em juízo. O entendimento é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar o primeiro caso após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em argüição de descumprimento de preceito fundamental (ação utilizada para questionar a adequação de uma lei antiga a uma Constituição posterior) declarou ser inaplicável, em face da CF/88, a Lei de Imprensa (Lei n. 5.250/67).

Como a Lei de Imprensa não pode mais ser aplicada, para alterar decisão condenando a Globo Participações S/A por reportagem no programa Fantástico que citou o jornalista Hélio de Oliveira Dórea como envolvido na “máfia das prefeituras” no Espírito Santo e Rio de Janeiro, a ministra Nancy Andrighi se baseou apenas no Código Civil e na Constituição Federal, além de no Código de Ética dos Jornalistas.

“A elaboração de reportagens pode durar horas ou meses, dependendo de sua complexidade, mas não se pode exigir que a mídia só divulgue fatos após ter certeza plena de sua veracidade. Isso se dá, em primeiro lugar, porque a recorrente, como qualquer outro particular, não detém poderes estatais para empreender tal cognição. Impor tal exigência à imprensa significaria engessá-la e condená-la a morte”, afirmou a relatora. “O processo de divulgação de informações satisfaz verdadeiro interesse público, devendo ser célere e eficaz, razão pela qual não se coaduna com rigorismos próprios de um procedimento judicial”, completou.

Segundo a ministra, a reportagem registrou depoimentos de fontes confiáveis, como de testemunha que formalizou notícia-crime à polícia e de procurador da República. O próprio repórter passou-se por interessado nos benefícios do crime e obteve gravações que demonstravam a existência do esquema de fraudes apontado. “Não se tratava, portanto, de um mexerico, fofoca ou boato que, negligentemente, se divulgava em cadeia nacional”, explicou a relatora. Além disso, o advogado de Dórea fora ouvido e sua afirmação, negando qualquer ligação ou prova contra o jornalista, veiculada.

Dórea havia ganho em primeira instância indenização de R$ 100 mil por danos morais e R$ 6,5 milhões por danos materiais. O tribunal local determinou a revisão do valor dos danos materiais, para que fosse apurado na fase de execução. Mas, pelo entendimento da Terceira Turma do STJ, a veiculação analisada não configura abuso da liberdade de imprensa nem viola direitos do autor da ação.

Para o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), teria ocorrido abuso do direito de informar, tendo a Globo agido com ânimo de difamar e caluniar. “A simples pecha de suspeito atribuída [...] já se faz conduta suficiente a ensejar danos à honra objetiva (social) e subjetiva (íntima) do autor, merecendo, assim, repreensão judicial”, registra a decisão.

Mas, no entendimento da relatora do recurso no STJ, a reportagem em nenhum momento fez afirmação falsa: indicava que Dórea era suspeito de pertencer à organização criminosa que, por sua vez, era suspeita de assassinar um advogado. Por isso, argumentou a ministra, “não basta a divulgação de informação falsa, exige-se prova de que o agente divulgador conhecia ou poderia conhecer a inveracidade da informação propalada”.

“O veículo de comunicação exime-se de culpa quando busca fontes fidedignas, quando exerce atividade investigativa, ouve as diversas partes interessadas e afasta quaisquer dúvidas sérias quanto à veracidade do que divulgará. Pode-se dizer que o jornalista tem um dever de investigar os fatos que deseja publicar”, acrescentou.

A ministra Nancy Andrighi afirmou ainda que, por mais dolorosa que fosse a suspeita que recaía sobre o jornalista, à época da reportagem ela realmente existia, tanto que a justiça determinou até mesmo busca e apreensão em uma empresa sua. “Se hoje já não pesam sobre o recorrido essas suspeitas, isso não faz com que o passado se altere. Pensar de modo contrário seria impor indenização a todo veículo de imprensa que divulgue investigação ou ação penal que, ao final, se mostre improcedente”, concluiu.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

‘O governo antecipou 2010 na CPI’

... afirma Agripino





Líder do DEM, o oposcionista José Agripino Maia recebeu nesta terça (26) a visita de outros dois líderes: os governistas Renan Calheiros (PMDB) e Gim Argello (PTB).



Negociara com ambos, na semana passada, um entendimento que acomodaria o ‘demo’ ACM Jr. na presidência da CPI da Petrobras.



O acerto desandou depois que Lula interveio. “Vieram me comunicar”, contou Agripino ao blog. “Foi uma conversa marcada pelo constrangimento de meus interlocutores”.



Acha que Lula agiu porque tem “temor” da investigação e vê na CPI “um elemento perturbador para 2010”. Em resposta, a oposição acena com o bloqueio do plenário. Vai abaixo a entrevista:







- Como se deu o pré-acordo que acomodaria ACM Jr. na presidência da CPI?

O PMDB, o PTB e o PR haviam manifestado a intenção de estabelecer um diálogo com a oposição.

- Levou a sério?

Sim. Até porque esse diálogo vinha sendo retomado no Senado. As votações tinham ganhado velocidade.

- Sua interlocução no caso da CPI se dava com Renan Calheiros?

Sobretudo com Renan [líder do PMDB], com Gim Argello [líder do PTB] e com Romero Jucá [líder de Lula].

- Renan deu alguma explicação plausível para o recuo?

O que houve é que, entre a intenção declarada na semana passada e o fato consumado nesta semana houve uma conversa entre ele e o presidente. Ficou claro que o governo, com o temor que tem das investigações, convenceu sua base de que não convinha dividir conosco as posições de comando na investigação.

- Não acha que pode ser sido usado por pessoas que queriam se valorizar perante o governo?

Não.

- De onde vem sua convicção?

Estiveram comigo o Renan e o Gim Argello. Vieram me comunicar os desdobramentos dos fatos. Foi uma conversa marcada pelo constrangimento de meus interlocutores. Esse constrangimento denota que não houve farsa.

- A que atribui o interesse do PMDB de manter pontes com a oposição?

Há um claro incômodo do PMDB com o PT no Legislativo.

- De onde vem esse incômodo?

Desde o início do governo Lula, o PT resiste em ceder espaço ao PMDB. Mas o PMDB tem a força. Estabelece-se um clima de confronto entre o detentor do poder e o dono dos votos. Esse ambiente se agrava ano a ano. Há clara deterioração nas relações entre os dois principais parceiros do governo. Vai chegando perto da eleição e as diferenças se exacerbam.

- Renan e Argello disseram que Lula vetou ACM Jr. na presidência da CPI?

Não chegam a verbalizar. Mas isso ficou no ar. Como é que até a tarde de quinta-feira da semana passada a disposição era uma e na segunda-feira, depois da conversa com Lula, a disposição era outra completamente diferente? Como é que, depois dessa conversa, o fato me é comunicado em clima de constrangimento?

- Em que se baseia para dizer que houve constangimento?

Ficou claro nas palavras e nos semblantes.

- Como respondeu ao recuo?

Fui absolutamente claro no que diz respeito às consequências. Disse a eles: se o governo quer fazer valer na CPI a sua supremacia numérica, nós, da oposição, faremos valer no plenário do Senado os números de que dispomos.

- Como se dará a reação em plenário?

Na CPI, o governo usa suas armas para garantir truculentamente os postos de comando. Passar para a sociedade a idéia de uma investigação farsesca. Nós também vamos usar as nossas armas para defender os nossos pontos de vista e o que julgamos ser o interesse da sociedade no plenário. Usaremos os procedimentos que estão ao nosso alcance. Leia-se obstrução.

- Juntos, DEM e PSDB tem 27 votos. Dá para sustentar a obstrução?

É preciso contar os dissidentes, inclusive os do PMDB. Temos mais de 30 votos.

- É o bastante para obstruir num plenário de 81 senadores?

Com o quorum médio do Senado, é mais do que suficiente. O quorum nunca está completo, com os 81 senadores.

- O DEM está afinado com o PSDB em relação à obstrução?

Ao meio-dia desta terça-feira, quando percebi que as coisas tinham mudado, toquei o telefone para o Arthur Virgílio [líder tucano]. Ele concordou imediatamente que a nossa estratégia deveria ser essa. Se a arma do governo é a truculência, se o entendimento foi quebraedo, só nos resta essa alternativa da obstrução.

- Não receia que, em dado momento, surja uma matéria cujo relevo desrecomende a obstrução?

Não estamos falando de obstrução sistemática, mas seletiva. Estamos falando de matérias que são caras ao governo, mas que nós entendemos que são danosas à sociedade.

- Pode mencionar exemplos?

A obstrução já começou com a medida provisória do Fundo Soberano. Na hora em que entrar na pauta a taxação da poupança, o governo vai nos encontrar pela frente. É a forma que temos de proteger a sociedade.

- Acha que há risco de a CPI produzir uma investigação chapa branca?

Temo por isso. Mas note que, no último final de semana, a primeira avaliação feita pela imprensa livre nos patrocínios bancados pela Petrobras produziu duas notícias de capa, uma no Globo e outra no Estadão. Estamos falando da aplicação de R$ 600 milhões. A destinação de parte desse dinheiro foi para objetivos que não se cumpriram. Outra parte foi para ONGs e entidades que tem um claro viés político-partidário. Uma burla praticada com a intenção de dar dinheiro a entidades como o MST e a CUT. Se nessa primeira análise já se produziu esse volume de evidências, imagine o que vai acontecer na hora em que a investigação começar na CPI.

- Imagina que governistas podem se render aos fatos?

Os fatos vão ganhar dinâmica própria. Temos um placar de oito a três na CPI a favor do governo. Com o aprofundamento das investigações, com a tomada de depoimentos, esse placar pode virar para onze a zero.

- Não está sendo demasiado otimista?

Os fatos falarão por si. Ou os senadores que integram a CPI valorizam os fatos ou essa investigação vai desmoralizar partidos e pessoas.

- Acha que o movimento de Lula tem vínculos com 2010?

O governo vê nesta CPI um elemento perturbador para 2010. Algo de grandes proporções. Estão cuidando de politizar a CPI. Na hora em que usam a maioria para fazer o presidente e o relator, o governo antecipa a sucessão presidencial na CPI.

- Ao organizar a CPI, a oposição também mirava 2010, não?

Nenhum de nós buscou essa investigação. Mas não podemos ignorar os fatos. Denúncia da revista Época, da Folha, do Globo... Vamos ficar parados? Não dá. Ninguém faz CPI por prazer. O grande temor deles é que eles imaginam que nós sabemos o que eles sabem. Apenas intuímos. E vamos investigar.

CAIU A CA$A DA MEGA $ENA

A GRANDE FARSA É DESCOBERTA! BRASIL:
PARAÍSO DA SACANAGEM... SE VOCÊ FEZ
APOSTAS, FOI ENGANADO!!!

A Polícia Federal desconfiou que estivesse
havendo algum tipo de fraude na MEGA SENA.
Mal começaram as investigações e....
pegaram várias pessoas envolvidas no
esquema, entre eles, funcionários,
auditores, e
muito peixe grande, ligados diretamente ao
governo. Era muita gente envolvida no
esquema. Eles fraudavam o peso da bolinha,
fazendo sempre dar os números que eles
quisessem como já havia acontecido no jogo
'TOTO BOLA', e botavam 'laranjas' para
jogar, em diferentes estados.
Você que achava Estranho a Mega Sena
acumular tantas vezes seguidamente e,
quando saia o prêmio apenas uma pessoa
ganhar e, geralmente, em algum lugar bem
distante. Só podia ter algum tipo de
fraude mesmo.!!!

Disseram que tinha membro da quadrilha com
4 Bilhões em contas de
paraísos fiscais, o que menos possuía
tinha 8 milhões. Isso é uma
sacanagem com o povo, que trabalha demais,
muitos até deixam de comer alguma coisa
para fazer uma fezinha. O que muito me
admira é que quase não houve
divulgação!!!!!!

Na TV, só passou uma vez no Jornal da
Record, e na BAND. Na certa foram
censurados... Com certeza, o governo não
quer perder a bocada que ele fatura cada
semana com os jogos, e nem quer mais
CPI... Espalhem, isso não pode ficar assim
não. Vamos nos unir e dar fim a essa
grande rede de corrupção que envolve o
nosso país.

Colabore com a DIVULGAÇÃO e ajude a
desmantelar essa corja de
corruptos que levam 45% do seu salário em
impostos e ainda tem coragem de levar
mais... Passe para todos da sua lista de
contatos...

O BRASIL precisa saber!!!


Único jeito de acabarmos com essa
patifaria é ninguém jogar mais em
nada, aí a CAIXA ECONÔMICA vai ter um puta
prejuízo e, talvez só assim fará alguma
coisa.

E o que as autoridades vão fazer agora?
Esconder como fizeram quando essa notícia
vazou???

DIVULGUE... MAS DIVULGUE MESMO, PARA VER
SE ACONTECE ALGUMA COISA!!!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

As 10 dúvidas mais cabeludas sobre sexo.

1 - O que a gente deve fazer se o cara brochar?

Tudo, menos forçar a barra! Trate a situação com naturalidade. Se a intimidade é pequena, é melhor não dizer nada. Beije, abrace, puxe outro assunto qualquer. Depois a excitação volta e vocês começam de novo.

2 - Por que às vezes a vagina faz uns barulhos engraçados?

A “trilha sonora” se deve a um processo físico e mecânico de entrada e saída de ar causado pelo movimento do pênis. E é bem normal. Se o barulho for escandaloso, opte pelo bom humor ou simplesmente finja que nada está acontecendo. “Se quiser evitar, faça sexo na posição de concha (os 2 de ladinho), a que menos provoca essa reação”, diz Carla Zeglio.

3 - Corro o risco de engasgar fazendo sexo oral?

Se você fizer sexo oral como se acabasse de pegar o Big Mac depois de horas na fila, corre. Contenha a afobação e vá com calma - assim, não há risco. E cuidado para não tocar o pênis na campainha da sua garganta, o que pode causar um pouco de náusea. Quando o cara estiver quase lá, você pode parar e continuar fazendo carinho para não perder o clima.

4 - Sexo anal dá prazer pra mulher?

A região anal é cheia de terminações nervosas e muito sensível aos toques, por isso pode dar muito prazer desde que a mulher esteja bem excitada e que nada seja feito de forma agressiva - porque aí pode sim! Para conseguir relaxar, um treinamento prévio ajuda. Uma dica é treinar no banho com o dedo para sentir o seu esfíncter externo e o interno. Com o tempo, os músculos responderão à sua vontade, conforme você for prestando mais atenção na região que pretende relaxar.

5 - Namorado que gosta muito de sexo anal pode ser gay?

Essa história de que só gays gostam de sexo anal é um mito. Muitos casais heterossexuais praticam o sexo anal para experimentar uma variação nova, diferente e que pode ser prazerosa.

6 - Qual é a diferença entre o orgasmo feminino e o masculino?

Nos homens, rola um pico de excitação seguido de ejaculação e uma rápida queda na sensação de prazer. Já nas mulheres a sensação de prazer pode durar mais e diminuir aos poucos. Apesar de não ser um consenso entre os médicos, há pesquisas que mostram uma igualdade dos sexos entre os lençóis: algumas mulheres também têm uma espécie de ejaculação feminina. Mas não é bem uma ejaculação: na verdade, são pequenos jatos liberados pela uretra (que não são xixi, e sim uma secreção produzida por glândulas que ficam ao redor da uretra).

7 - É possível uma mulher gozar com um pênis muito fino?

Veja bem: não vamos iludir você dizendo que chocolate é tudo igual. Você pode preferir o ao leite, branco, crocante… Mas também não fique achando que só pênis grosso dá prazer e fino não faz nem cócegas. O prazer feminino independe do tamanho do pênis, mas de um conjunto de fatores: emoção, amor, clima erótico, desejo e apetite sexual, grau de excitação, habilidade. O que pode acontecer é de o cara ser tão inseguro em relação ao tamanho a ponto de ter a auto-estima abalada - e, isso sim, pode afetar a performance dele. Além do mais, sabe aquele ditado de que há sempre um chinelo velho para um pé cansado? Há sempre uma posição boa para um tipo de pênis. No fim, todo mundo fica feliz!

8 - Transar na água faz algum mal para a mulher?

Pode fazer, pois a água de rio ou mar contém microorganismos que podem contaminar ou irritar a vagina. Mesmo na banheira, a água talvez deixe o sexo meio desconfortável. É que, em contato com a água, as glândulas de lubrificação deixam de trabalhar, secando mais a vagina. Além disso, fica mais difícil usar camisinha - na água, ela tende a escorregar. Ou seja, a vida fora dos sets de cinema é um pouco mais complexa.

9 - O que fazer para a vagina não ficar com cheiro ruim?

Mantenha sua higiene em dia - se puder, enxágüe a região toda vez que você fizer xixi. E só. A neura por deixar a vagina cheirosa pode acabar piorando a situação: desodorantes íntimos, perfumes e sabonetes muito perfumados podem irritar e desequilibrar a flora vaginal e isso só aumenta a chance de aparecerem infecções de fungos e bactérias, que, esses sim, podem deixar a região com um cheiro ruim. Melhor que perfumar é ventilar: use calcinhas de algodão e evite calças muito justas. E, no mais, não esquente: vagina tem cheiro de vagina e se o cara gosta de fazer sexo oral pode ter certeza que ele não se incomodará nem um pouco.

10 - Dá pra transar menstruada?

Relaxe. A menstruação enche a paciência quando a gente quer nadar ou usar aquele lindo vestido clarinho, mas, nessa hora, ela não vai atrapalhar em nada. Algumas meninas têm até mais desejo durante a menstruação. “A maior parte dos homens não tem nojo. A mulher é que tem pudor, acha anti-higiênico”, afirma a sexóloga Carla Zeglio. Mas nesse período, é preciso ter ainda mais cuidado com a proteção. Apesar de o risco de gravidez ser bem pequeno, o risco de transmitir doenças aumenta, pois, se contaminado, o sangue menstrual pode conter uma maior quantidade de vírus.

Você é feliz ou se faz?

Você é uma daquelas pessoas que vivem falando do cotidiano normal? Que reclama mais que realiza? Que insiste em usar o futuro do pretérito no lugar do presente? Tipo: eu faria, eu seria, eu queria, eu gostaria? Então você realmente não participa avidamente das idéias mais modernas dos grandes lideres e não conjuga no mesmo tempo verbal do nosso tão presente ano de 2008. Vamos repensar? Se dá, a oportunidade de recomeçar e escrever uma nova história… saiba que estou com você à partir de agora!
Como sabem sou Psicóloga e Educadora Sexual, Especialista em Sexualidade Humana, ainda… mãe, esposa, dona de casa, amiga, um ser inquieto por natureza… curiosa, determinada, ansiosa e ao mesmo tempo muito leve, plena, sonhadora e realizadora.
Irei compartilhar com você, algo que marcou minha vida. Nesses últimos dias participei de um grande evento em outro estado, ao mesmo tempo tão pequenino… quatro dias e para apenas 20 pessoas pré-selecionadas com entrevista individual realizada por um mestre da Psicologia e da Neurolinguistica. Meu maior objetivo era acrescentar em meu universo profissional, mas dei-me conta que o crescimento foi antes de tudo pessoal, cheguei a duas conclusões muito simples… essas me ajudaram a ter atitudes ainda mais positivas, decisões mais rápidas, atingir e superar os objetivos que me proponho em meus ousados projetos. São elas:
- Sua felicidade está diretamente proporcional a aceitação da realidade, e
- Sua inteligência é medida pela capacidade de adaptação dessa realidade.
O importante agora é aceitar e enfrentar a realidade por mais dura que ela seja e para isso caro amigo precisamos de algumas coisas imprescindíveis, como auto-confiança e ambição.
Para falar de auto confiança, vou me deter a um exemplo real no qual jamais esquecerei. “Quando criança, lembro-me repetidamente, as vezes, em que falava tão rápido com uma ansiedade tão latente que poucos conseguiam me entender. O mais engraçado era que ao invés de perguntar-me sobre o que estava tentando explicar riam de mim. Recordo como se fosse hoje… Eu chegava a gaguejar, como se o pensamento fosse mais rápido que as palavras que eu conseguia falar. Cheguei muitas vezes aborrecida em casa. Um dia minha mãe me disse… com uma voz leve e melodiosa: minha querida, não ligue pra isso… você é muito inteligente, poucos amigos seus vão entender que a sua cabeça funciona mais depressa do que o que sai da sua boca…isso é pra poucos. Daí com certeza deu-se o inicio do meu processo de auto-confiança, mas confesso só ter me dado conta do tamanho dessa força, a pouco. Sábias as palavras de minha mãe. Só agora entendo porque sou tão inquieta, estou sempre em busca, e tenho uma necessidade imensa de ser feliz e fazer feliz quem está ao meu lado.”
Por isso é tão importante você ter consciência da sua competência e usar sua força e seu talento, sem nenhum limite, sem absoluta economia, simplesmente porque as diferenças externas, não importam. Não se desperdice comparando-se com outros, cada um tem o seu talento, aceite o seu, você fará o que lhe cabe, o que você tem que fazer.
A realidade acontece além da nossa imaginação, por isso ela é complicada. Mas ela não nos condena ao sofrimento e sim a aprendermos a administrar tudo da melhor maneira possível, portanto pense grande e aponte alto, queira o melhor, você pode!
Auto-confiança não é pensar, estar e fazer o que quer… É acreditar no potencial criativo que tem dentro de si, contudo, consciente e informado dos fatos que acontecem nessa realidade que nos cerca. Você já parou pra pensar que o planeta Terra tem 6 bilhões de habitantes, 3 bilhões são mulheres, 20 são top-models, apenas uma é Zoelma Lima! Então você também é único.



Quando me dei conta de que sou única e todos somos únicos minha vida mudou, isso fortalece a auto-confiança, com tudo tenho total simplicidade e humildade para admitir que junto a minha responsabilidade pessoal e social, sou única, mas não sou a única. Acho isso muito importante.
Agora vamos falar um pouco da ambição, e você deve estar se perguntando porquê ambição…
Acredito que uma das piores coisas que acontecem no mundo,é ter alguém ao lado que não se importa em crescer, é trabalhar com uma equipe que não tem ambição em também crescer, é como ter um time que não se importa em ganhar… É como o que está acontecendo com a luta contra o terrorismo: lutar com quem não teme a morte, quando a maior arma que se tem é a ameaça à vida. Percebe que isso os torna inimigos invencíveis?
Na realidade nossas vidas têm um único sentido, a realização dos nossos sonhos. Quem não tem sonho não vive, apenas existe. Quando temos sonhos, desejos e metas à alcançar, temos porque acordar. E essa vontade de querer crescer, aprender, realizar os sonhos, fazer acontecer suas verdades e aceitar a missão é o que chamo de ambição. Sem fazer mal a ninguém, simplesmente se fazendo o bem.
Ambição é uma energia que nos mantêm jovens, entusiastas, inovadores e criadores. Nos movimenta e nos impulsiona pra vida. Tem tudo a ver com: eu faço, eu sou, eu quero e eu gosto. É exatamente assim, nunca mais no pretérito, de agora em diante sempre no presente. Seja feliz hoje…Pois é urgente ser feliz!

Pais devem evitar passeio no shopping

Em meio a tanto apelo publicitário, conter o desejo das crianças e dos adolescentes por adquirir novos brinquedos, roupas e acessórios não é nada fácil. No entanto, quanto mais cedo os pais ensinam aos pequenos o valor real do dinheiro, menor o prejuízo --emocional e financeiro-- para a família.

Saiba mais sobre maternidade e infância

"É preciso que os pais revejam a forma como educam seus filhos e avaliem se não estão criando pequenos grandes consumidores. Shopping não é um local para passear, pois nos coloca em contato direto com produtos que não são necessários", afirma a educadora Maria Márcia Sigrist Malavasi, da faculdade de pedagogia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

A empresária Anai Mafra Benedykt, 31 anos, aprendeu na prática a importância de colocar limite no precoce consumismo do filho Felipe, sete anos. "Descobri que negar um pedido do meu filho é mais difícil para mim do que para ele. Por comodismo, a gente é tentado a ceder, mas a criança logo se distrai, esquece que não ganhou um brinquedo novo na mesma velocidade com que absorve os valores que passamos", diz.

Outra dica importante é observar os próprios hábitos. "Se os pais gastam mais do que têm e vivem com a conta bancária no vermelho, não adiantará frear o consumismo dos filhos, que seguem o exemplo dos mais velhos", alerta o psicólogo Bernardo Tanis, da Sociedade Brasileira de Psicanálise.

Para quem precisa cortar gastos, segundo Maria Márcia, abrir o jogo com a garotada é a saída mais adequada. "As crianças e, principalmente, os adolescentes costumam se revelar grandes colaboradores quando a situação financeira da família é colocada para eles de forma clara pelos pais. Negar essa informação é minar qualquer possibilidade de colaboração dos filhos", ensina.

Mãe de Gabriel, 14 anos, e Rafael, 10 anos, a gerente de comércio eletrônico Branca Galdino, 38 anos, concorda com a pedagoga. "No início do ano, meus filhos resolveram fazer aulas de kung fu. Expliquei a eles que estávamos com o dinheiro apertado, e os dois apareceram com a solução: sugeriram trocar o transporte escolar pelo ônibus e pelo metrô."

Dicas para criar um consumidor responsável

Shopping não é local de passeio
Nos momentos de lazer com crianças e adolescentes, prefira um programa ao ar livre ou então uma atividade cultural. Shopping somente quando houver necessidade de comprar algo

Imponha limites
Crianças e adolescentes precisam de limites, inclusive financeiros. Mais do que um simples castigo, trata-se de uma forma de criar referências, que são fundamentais para os pequenos

Dê o exemplo
Se os pais não conseguem controlar os seus próprios impulsos consumistas, não têm autoridade para exigir uma postura diferente dos filhos. Crianças e adolescentes imitam as ações dos mais velhos

Seja sincero
Se o orçamento familiar sofreu um abalo, abra o jogo com todos. Crianças e principalmente adolescentes gostam de colaborar quando requisitados, pois se sentem úteis para o funcionamento familiar

Mesada somente para maiores de nove anos
Antes dessa idade, as crianças não estão aptas a lidar com dinheiro sozinhas. Mesmo para os mais crescidinhos, a orientação e o acompanhamento de perto são práticas fundamentais

Cumpra o prometido
Se o pequeno gastou toda a mesada de uma vez e ainda falta muito para o próximo mês, não dê mais nem um centavo. Obedecer regras faz parte do aprendizado. Dar valor ao dinheiro também

Não dê recompensas financeiras
Dar dinheiro ou brinquedos para que uma criança aceite estudar, por exemplo, não a incentivará a gostar de ir à escola. Pelo contrário: esvaziará todo o prazer da atividade

Diga não
Dizer não para os filhos dá mais trabalho e é mais cansativo do que dizer sim para todos os pedidos feitos por eles, mas faz parte da tarefa de educar

Lula é cúmplice dessa maluquice?

O Brasil tem uma chance imensa de colocar um brasileiro como diretor-geral da Unesco --um cargo importante para um país que tenta colocar a educação no topo de sua agenda. Mas o Itamaraty, mais precisamente o ministro Celso Amorim, não quer-- e pior, está apoiando alguém acusado de racismo que, por isso, perdeu apoio de países como a França. Há tempos não via um disparate tamanho.

O vice-diretor da Unesco chama-se Márcio Barbosa, que tem apoio da países como Estados Unidos e França. Significa que, na prática, estaria eleito. Acontece que sua candidatura não irá para frente se não tiver o apoio de seu próprio país. E não tem.

Celso Amorim justifica sua decisão, alegando que o Brasil tem um compromisso com os países árabes, ao apoiar o ministro da Cultura do Egito, Farouk Hosni. Até não seria tão ruim deixar de sustentar um brasileiro se o outro candidato fosse melhor. Ocorre que o ex-ministro da Cultura é autor de uma série de frases polêmicas, como a de que queimaria livros em hebraico --e, depois, foi obrigado a dizer que não foi bem assim que falou. Também foi contra a criação de um museu judaico no Cairo.

Convenhamos que alguém com esse perfil não é exatamente o melhor nome para chefia uma entidade internacional dedicada à cultura e à educação. O prazo para o posicionamento do Brasil vai até o final deste mês. Fico no aguardo para saber se Lula vai permitir ou se é cúmplice dessa maluquice diplomática.

http://www.dcomercio.com.br/especiais/2009/museu/home.htm

http://www.dcomercio.com.br/especiais/2009/museu/home.htm PARA VC NÃO ESQUECER DE TODOS OS ESCÂNDALOS DESSE E DE OUTROS GOVERNOS DEMOCRATICOS DESSE PAÍS MISÉRAVEL DE HOMENS SEM ESCRÚPULOS , SEM VERGONHA QUE AINDA ANDAM INPUNIMENTE NAS ALTAS RODAS DESSA SOCIEDADE NOJETA E SEM O MENOR PUDOR DE SE LACUPLETAREM DESSA IMORALIDADE. ACESSEM ... http://www.dcomercio.com.br/especiais/2009/museu/home.htm E PASSEM ADIANTE PARA QUE TODOS VEJAM NOS HOMENS QUE COMANDAM E GOVERNAM ESSE PAÍS.

Escândalo do Banco Santos/PARA NÃO ESQUECER!!!!!

O processo que levou à falência e posterior liquidação do Banco Santos por gestão fraudulenta começou em 12 de novembro de 2004, quando o Banco Central decretou a intervenção na instituição financeira. Após descobrir que a situação financeira do banco vinha se deteriorando rapidamente e que o déficit patrimonial (diferença entre dívidas e os bens e créditos) seria de R$ 700 milhões, o BC afastou Edemar Cid Ferreira e então diretores do controle da instituição e nomeou Vanio César Aguiar como interventor.

Sua responsabilidade seria apurar possíveis irregularidades cometidas por dirigentes da instituição e levantar informações necessárias para que fosse decidido seu futuro. Na época, os correntistas do banco tiveram saques limitados a R$ 20 mil para contas à vista e cadernetas de poupança. Os demais recursos ficariam bloqueados à espera de que fosse encontrada uma solução para a instituição financeira.

Após a intervenção, no entanto, o BC recalculou o rombo na instituição e chegou à conclusão de que o déficit seria de R$ 2,2 bilhões, e não de R$ 700 milhões. Onze dias antes de o Banco Central intervir no Banco Santos, o banqueiro Edemar Cid Ferreira tentou levantar recursos com fundos de pensão por meio de Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT.

A tentativa está registrada em um documento apreendido pela Polícia Federal na casa do banqueiro em março deste ano, obtido pela Folha de S.Paulo. O nome de Delúbio aparece duas vezes no documento em que Edemar lista tarefas a que precisa dar continuidade no dia 1º de novembro do ano passado. Na primeira menção ("Delúbio s/ Fundos"), é o terceiro item de uma lista com 90 tarefas. Na segunda citação aparecem mais detalhes. Está escrito: "Buscar Recursos / Delúbio" sobre uma relação em que são citados os fundos de pensão Sistel (da antiga Telebrás), Funcef (de funcionários da Caixa Econômica Federal), Petros (Petrobras) e Valia (da Vale do Rio Doce).

O Banco Santos foi liquidado pelo Banco Central por apresentar um rombo de R$ 2,2 bilhões. Edemar e 18 executivos do banco são réus numa ação em que o Ministério Público Federal acusa-os de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Os fundos de pensão perderam R$ 550 milhões, segundo a Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência. O fundo que mais perdeu recursos no Banco Santos é o Real Grandeza, dos funcionários de Furnas. Foram para o ralo R$ 151,2 milhões desse fundo. Furnas era uma das áreas de influência do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, segundo Roberto Jefferson. Dirceu nega a acusação.

A alocação de investimentos do Real Grandeza é um roteiro dos bancos listados em escândalos políticos ou econômicos.

O Banco Rural e o BMG, citados pelo publicitário Marcos Valério de Souza como as instituições que teriam feito os empréstimos de R$ 55 milhões que ele repassou para o PT, receberam recursos dos fundo dos funcionários de Furnas. O Rural foi agraciado com R$ 548,9 milhões entre 1999 e 2004. O BMG recebeu R$ 232,6 milhões nos últimos três anos.

Banqueiro petista – Edemar sabia que os investimentos dos fundos de pensão obedecem a ventos políticos. Por isso investia tanto nesse segmento. A razão é óbvia. Os fundos de pensão administram cerca de R$ 300 bilhões, o equivalente a 18% do PIB (Produto Interno Bruto). Com a ascensão do PT em 2002, o banqueiro vislumbrou novos negócios. Edemar foi um dos raros banqueiros a declarar-se "petista". Aderiu à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva e fazia campanha dentro do banco.

Delúbio era o interlocutor mais freqüente de Edemar e freqüentador habitual da instituição. Mas não era o único integrante da cúpula petista a ter relações com o banqueiro. A ex-prefeita Marta Suplicy, por exemplo, usava o heliponto da sede do banco, no Jardim Europa, próximo a sua casa.

O recurso a Delúbio parece ter sido uma das últimas cartadas de Edemar para tentar salvar o banco. No começo de novembro do ano passado, o banqueiro usava todos os seus contatos políticos para evitar o que era óbvio para os técnicos do Banco Central que foram colocados dentro do Banco Santos em 2002: intervenção seguida de liquidação.

A PF já tem provas de que pressão política não era o único instrumento que o Banco Santos recorria para obter investimentos de fundos de pensão. Documentos revelam que diretores dos fundos recebiam propina de Edemar para manter investimentos na instituição. Os agrados, no entanto, não foram suficientes.

Transe mais (e melhor)!

A americana Charla Muller decidiu dar uma lembrancinha de aniversário no mínimo criativa para seu marido, quando ele chegou à casa dos 40: um ano de relações sexuais diárias. "A idéia cumpria todos os requisitos de um bom presente. É inesperado, memorável e perfeito para quem o recebe", considera ela no livro sobre a experiência, 365 Nights: A Memoir of Intimacy (365 Noites: Um Relato sobre Intimidade), ainda indisponível no Brasil.

Bem próximos
Casada havia oito anos, com dois filhos, Charla conta que, com o tempo, o sexo havia caído na rotina. "A proposta não surgiu para batermos algum recorde, mas como tentativa sincera de conexão diária", lembra. Ele, claro, topou a brincadeira. Um ano depois, a americana garante que a experiência aumentou muito o nível de intimidade do casal, tanto dentro quanto fora
da cama. Cláudia Faria, psicóloga especializada em sexualidade humana, de Campinas (SP), confirma o resultado dessa estratégia. "Casais que transam menos costumam estar mais afastados, inclusive emocionalmente", destaca a especialista. Convencida da necessidade de transar mais? Então descubra como!

Fale menos e faça mais
EXERCITE SEU DESEJO
Sim, esta matéria é sobre como transar mais, porém, não dependa do seu parceiro para ter momentos extraordinários de prazer. Afinal, para ter relações freqüentes e com qualidade, sua sexualidade deve estar aflorada, exercitada — isso inclui investir em masturbação e fantasias. Assim, mesmo que tocar-se não seja sua praia, abuse de devaneios eróticos duas, três vezes ao dia!

NÃO EXIJA, SEDUZA
Discutir a relação vale muito quando se trata de resolver temas delicados, possíveis motivos de separação. Contudo, se a queixa for sobre a falta de desejo dele, a melhor atitude para reverter o quadro é conquistá-lo. "Cobrar e ressaltar que ele 'não está dando conta' o afastará ainda mais. Se ela o seduzir, o parceiro dificilmente resistirá", ensina a psicóloga.

DEIXE SUAS INTENÇÕES CLARAS
Poucas coisas são mais excitantes para o homem do que perceber o quanto sua parceira o deseja, notar todo o interesse dela por sexo. Por que só eles podem ficar com tesão e tomar a iniciativa? Abrace, beije, fale do seu apetite. E mantenha tal atitude durante a transa! O moço a procurará sem parar, acredite!

VALE ABRAÇO, APALPADA...
Os americanos Cynthia W. Gentry e Nima Badiey, no livro O Que os Homens Realmente Querem na Cama (Ed. Gente — R$ 29,90), listam jeitos de fazê-lo entender o recado:

· Um abraço apertado e um beijo de língua — bem dado!
· Roçar seu corpo no do companheiro.
· Acariciar o interior da coxa do gato olhando bem nos olhos dele.
· Sentar-se no colo dele e espalhar beijos pelo rosto do parceiro.
· Apertar — sem dó — o traseiro do amado e dizer "como você está gostoso...", de uma maneira feminina e bem sexy.

Ré-reeleição?

... uma pergunta no ar: todos me e se perguntam se essas manobras para o terceiro mandato de Lula são para valer.

Tudo é possível, inclusive porque o prazo para a mudança é setembro e, portanto, há tempo regimental.

Entre possível e factível, porém, há uma distância enorme. Com o Congresso tão ferido e tão dividido, e com PT e PMDB às turras, quem terá liderança e capacidade de articulação para um passo institucional tão grave?

Leio na Folha reportagem de Fábio Zanini sobre a emenda constitucional articulada pelo deputado Jakson Barreto, de Sergipe, e sugiro três reflexões:

1 - Faz sentido que os favoráveis ao terceiro mandato recorram a um referendo popular, porque a população hoje parece francamente favorável à tese, como provavelmente é também ao fechamento ou enfraquecimento do Congresso. Que tal incluir isso no referendo, caro deputado Jakson? Já que é para chutar o pau da barraca...

2 - 171 deputados assinaram a proposta, inclusive 16 da oposição. Isso significa que a coisa está caminhando e a gente está comendo mosca. Quando menos se esperar, lá vem a cacetada institucional com repercussões imprevisíveis --até para o legado de Lula para a história.

3 - Por que será que só parlamentares obscuros, inexpressivos, metem a mão na massa do terceiro mandato? O alto clero não quer sujar as mãos? E o próprio Lula, está deixando rolar para ver até onde vai?

Sei não, mas tudo isso cheira a manobra de quinta, por gente de quinta. E já vinha de antes da doença da ministra Dilma. Por enquanto, ela é a maior vítima. Depois, quem será? O país?

Casseta & Planeta aos Deputados...

Vejam a noticia... depois leia a resposta do pessoal do Casseta e Planeta ao Deputados...


A Nota de Esclarecimento realmente é digna dos Cassetas.








Câmara se queixa do 'Casseta & Planeta'


Pressionada por deputados, a Procuradoria da Câmara vai reclamar junto à Rede Globo pelas alusões feitas no programa 'Casseta & Planeta' exibido terça-feira passada.


Os parlamentares reclamaram especialmente do quadro em que foram chamados de ' deputados de programa '. Nele, uma prostituta fica indignada
quando lhe perguntam se ela é deputada? O quadro em que são vacinados contra a ' febre afurtosa' também provocou constrangimento.


Na noite de quarta-feira, um grupo de deputados esteve na Procuradoria da Câmara para assistir à fita do programa. Segundo o procurador Ricardo Izar (PMDB-SP), duas parlamentares choraram-coitadinhas. Izar se encontrará segunda-feira com representantes da emissora, para tentar um acordo, antes de recorrer à Justiça.


O presidente da Câmara também se disse indignado: - O programa passou dos limites.
Eles têm talento suficiente para fazer graça sem desqualificar a instituição (que instituição???),
que garante a liberdade para que façam graça.


O diretor da Central Globo de Comunicação, Luís Erlanger, disse que a rede só se pronuncia sobre ações judiciais, depois de serem efetivadas.


Os humoristas do Casseta & Planeta não quiseram falar sobre o assunto, dizendo não querer 'dar importância à concorrência' .


NOTA DE ESCLARECIMENTO


'Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA,
tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara
dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa
de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos:


1. Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender as prostitutas.
O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais
que aceitam dinheiro para mudar de posição.


2. Não vemos nenhum problema em ceder um espaço
para o direito de Resposta dos deputados. Pelo contrário,
consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa.


3. Caso se decidam pelo direito de resposta,
informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras,
o que obrigará os deputados a ' interromper seu descanso.'


Equipe do Casseta & Planeta

domingo, 24 de maio de 2009

Só Ana Maria Braga salva Alagoas....

...Explico! Desde dezembro de 2007 que a imprensa mal-fadada alagoana divulga, DIARIAMENTE, informações sobre uma conhecida Operação Taturana, onde a Polícia Federal conseguiu reunir provas sobre o desvio de cerca de 300 milhões de reais. Desvio praticado por uma quadrilha liderada por deputados estaduais (na maioria) que vinha alterando a folha de pagamento dos servidores da Assembléia Legislativa do Estado e desviando recursos oriundos do duodécimo. Naquele mês foram cumpridos cerca de 80 mandados de busca e apreensão, armas foram encontradas em fazendas, bens foram confiscados, carros de luxo pertencentes a deputados foram recolhidos para o pátio da PF e, no limite, um tal Antônio Sapucaia – desembargador prestes a se aposentar – resolveu afastar a bagatela de 11 dos 27 deputados estaduais da Assembléia.
Mas, em verdade, quando tudo começa em Alagoas? Ah! Uma pergunta dessa natureza não tem o menor cabimento, não se sabe ao certo se foi quando os europeus invadiram o Brasil – e a História achou por bem dizer que foi um descobrimento – ou se foi quando alguns homens dividiram as terras e começaram a plantar cana-de-açúcar e pegar dinheiro emprestado a banco do Estado. Mas se alguém souber realmente nos avisa, eu chego a suspeitar que alguns desses deputados se contaminaram com a epidemia da corrupção ainda com o leite materno.
Voltando aos fatos: transcorrido algum tempo, algumas cadeiras na Assembléia foram ocupadas por suplentes dos deputados afastados enquanto o processo não era julgado: culpados ou corruptos. Na medida em que esses novos deputados iam assumindo as vagas, se cumpria a lei que assegura esse procedimento, mas ao mesmo tempo se dava mais uma cacetada na nossa jovem democracia pós-ditadura. Democracia moderna, prá ser sucinto, tem como princípio básico elementos como a liberdade e a soberania popular, que os partidos políticos sejam instituições que representem interesses coletivos e o princípio de representatividade tem que ser posto em prática, não é só votar e ser votado. Mas que representatividade terá um sistema democrático onde um deputado assume uma vaga numa assembléia legislativa do seu estado com uma pífia votação de 340 votos num universo de quase 2 milhões de eleitores? Se isso é um exemplo de fragilidade da democracia, mais frágil ainda ela se torna quando outros 11 deputados são afastados por corrupção (leia-se: desvio de 300 milhões de reais).
Na medida em que chega a vez dos advogados de plantão começar a procurar brechas jurídicas para levar de volta os “taturanas” afastados, o Estado de Alagoas começa a viver um movimento de indignação tacanho expresso apenas pela insatisfação de alguns poucos, talvez dois ou três jornalistas que se posicionam pessoalmente contra o que vem acontecendo, insistindo em divulgar o que a massa não tem dinheiro prá comprar e nem leitura pra entender. Também surge aqui e ali movimentos que se insuflam contra os “taturanas”, mas isso ainda perde espaço na mídia pois estão se articulando as eleições municipais (outubro de 2008) em todo o país, buscando para si os holofotes que se retiram da corrupção da assembléia.
Mas o fato mais importante que poderia acontecer no Brasil ganha as capas e páginas centrais dos principais meios de comunicação (impresso, digital, boca-a-boca): o conturbado romance de Suzana Vieira com um fraco, agressivo, machista e ainda muito jovem bombeiro, resultando em escândalos e na sua separação da atriz global para um desfecho trágico com sua morte por ocasião do uso de drogas. Há de se observar uma coisa: terá sido mesmo a morte do bombeiro fruto da causalidade ou será que foi o poder mágico da praga de Ana Maria Braga ao desejar que ele sumisse do mundo como um favor à humanidade? Se foi um favor ou não à humanidade isso não vem ao caso agora, o mais importante aqui é perceber os poderes mágicos e funcionais de Ana Maria Braga e instrumentalizá-lo para o bem da população de Alagoas.
Para o bem da democracia, Ana Maria Braga deveria se pronunciar, fazer uns pedidos, desejar ao vivo e em rede nacional através de sua verborragia, que mais pessoas sumissem desse mundo. Para o bem da democracia e da justiça... se bem que a Justiça de Alagoas só nos ensinou nos últimos meses o significado da palavra morosidade ao não ter julgado os “taturanas” e o processo ter ido cair nas mãos do Sr. Presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que se pronunciou num primeiro momento pelo retorno dos “nossos” “deputados”, que por sua vez, insistem em retornar aos seus gabinetes.
Prá não ser tão maquiavélica, bem que Ana Maria Braga poderia ser boazinha numa dessas manhãs globais e desejar, não que os todos os taturanas sumissem do mundo, mas que o Gilmar Mendes tirasse umas férias. Prá não ser tão bruxa, o feitiço só precisa ser prá o Gilmar Mendes mesmo, porque se ela fizer o pedido-feitiço-mandinga-mágica para punir os corruptos de Alagoas nós teríamos um problema com inflação de caixão. Prá não ser tão cospe-fogo, Ana Maria Braga poderia desejar só para o Gilmar Mendes, isso já iria assegurar um pouco menos de fascismo à democracia corrupta.

Um P.S. (sem corrupção ativa): Prá se ter uma idéia de que são 300 milhões de reais, vamos usar um parâmetro de comparação que os deputados tanto gostam: carros. Fica até melhor prá pensar com essa variável já que “classe menos privilegiada” (os pobres mesmo) pode ter uma dificuldade de entender como uma verba desse montante pode ser transformada em políticas públicas de geração de trabalho e renda e combate à pobreza. Prá se ter uma idéia, 300 milhões é dinheiro que dá prá comprar, em média, 13.790 carros populares que enfileirados daria um congestionamento médio de 70 quilômetros (deputado que lê esse texto vai se decepcionar porque eles não conseguem abstrair se colocarmos como medida de comparação carro popular) ...Ana Maria Braga nós “gostamos” de você, faz mais um prá gente vê!

Ranulfo Paranhos
Mestrando – Ciência Política-UFPE
ranulfo.al@hotmail.com

sexta-feira, 22 de maio de 2009

VIVER A VIDA ........E APRENDENDO A VIVER....

Sempre pensei que ia morrer cedo. A luta armada, a clandestinidade, aventuras, promiscuidade, orgias, riscos... Tudo me levava a crer que não chegaria aos 30 anos. Para quem tem 20 anos, quem tem 30 já é coroa. Tomei um susto quando vi-me vivo e saudável aos 30. Aos 40 percebi a possibilidade real da morte. No dia do meu aniversário quarentão, um jovem ator de 24 anos perguntou como eu me sentia: "Agora? De frente para a morte." Para minha surpresa foi o jovem quem morreu logo depois.

Aos 50 apaixonei-me pela letra de Aldir Blanc na voz de Paulinho da Viola: "Aos 50 anos, insisto na juventude...", isso enquanto percebia meu ângulo peniano caminhando para os 90 graus. Mas, antes dos 60, a pílula azul alargou minhas possibilidades e possibilitou-me ver o sexo por ângulos mais estreitos.

Agora estou além dos 60. Aos 40 rezava pela alma dos mortos amigos e parentes. Nome por nome eu pedia ao Senhor. Hoje, são tantos os que caíram, que apenas peço "pelos mortos em geral". E mais uma vez espanto-me por estar ainda vivo, e consolo-me no Salmo 91.7, que diz: "Mil cairão ao teu lado e dez mil à sua direita, mas você não será atingido." Mesmo confiando na Palavra, ainda assim caminho embaixo de marquises pra São Pedro não me ver.

Ainda estou vivo, e pra quem pensou que morreria aos 30 descubro que existe vida após a vida. Mas o preço do viver é muito alto para o jovem de hoje: tem que comprar apartamento, arranjar um trampo, ganhar dinheiro, ficar famoso, comer todas, bombar no youtube, malhar, casar, ter filhos, comprar carro, estar bronzeado, conhecer tudo de web e ainda ir ao show da Madonna, entre outras miudezas.

Após os 60 você já está quite com tudo isso e pensa que vai viver em paz. Qual o quê: tem que tomar insulina, antidepressivos, rivotris, controlar a pressão, não comer açúcar, não comer sal, não fumar, não beber, se conseguir comer uma e outra já é uma vitória, tem
que caminhar ao menos meia hora por dia, cuidar do joanete, dormir cedo, vender o apartamento, fugir da bolsa, não discutir no trânsito, não se alterar no caixa do supermercado, tolerar os filhos, agradar os netos, ficar calado diante da mediocridade, aceitar o salário de aposentado, ter o testamento em dia e curtir todas as dores ósseas, nervosas e musculares porque se algum dia você acordar sem dor é porque está morto.

Claro que o idoso tem suas vantagens: uma delas é a transparência. Quanto mais velho, mais transparente você se torna. Chega a ficar invisível: ninguém mais lhe percebe, mais um pouco e nem lhe enxergam. Mas pode passar à frente dos jovens nas filas todas, com aquele ar de superior: "Você é jovem e sarado, mas eu tenho prioridade." E ante qualquer aborrecimento ou dificuldade você ameaça infartar ou ter um AVC. Funciona sempre, todos logo se tornam gentis e cordatos, e é garantia de muitas meias e lenços como presentes no Natal.

Lidando com a minha "terceira idade" ouço de meu psicanalista, o bom Luiz Alfredo: "Só há dois caminhos: envelhecer... ou o outro, muito pior." Prefiro envelhecer, aceitando cada minúsculo "sim" que a vida me dá com uma grande alegria e uma grande vitória. Hoje, quando encontro vaga num elevador de shopping, quando o banco está vazio, ou quando encontro promoção na farmácia, já considero uma bênção gigantesca e agradeço a Deus pela graça alcançada.

Após os 60, como no filme de Brad Pitt, regrido na existência, deixo Paulinho e a viola de lado e reencontro Lupiscinio: "Esses moços, pobres moços, ah, se soubessem o que eu sei." Mas se soubessem não ia adiantar nada: porque a sabedoria é filha do tempo. Como diz o amigo Percinotto, também idoso: "O diabo é sábio porque é velho."

Pelo andar da carruagem, percebo que já morri muitas vezes nesta vida, e que viverei até fartar-me.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mulher sonâmbula traía o marido ...

Uma mulher com sonambulismo tinha o costume de abandonar a sua cama para ter relações sexuais com qualquer pessoa, informou nesta quinta-feira um jornal australiano.

O médico Peter Buchanan, que atendeu a paciente, declarou no "Sydney Morning Herald" que o caso é um exemplo de um transtorno identificado recentemente e conhecido como "sexualidade no estado do sono".

A mulher não estava consciente de seus atos e o marido, já desconfiado por ter encontrado preservativos em volta da casa, flagrou-a fazendo sexo com um desconhecido.

"Numa noite, o marido acordou e notou que ela não estava no quarto. Saiu para procurá-la e a encontrou mantendo relações sexuais", declarou Buchanan, especialista do sono no hospital Royal Prince Alfred, em Sydney.

A paciente curou-se por meio de sessões de psicoterapia, disse o médico. Ele destacou que este tipo de distúrbio é um transtorno do sono e não um problema sexual.

Marte e Vênus: influências no desejo sexual...

...e potencial de sedução.


O Dia dos Namorados está vindo aí. É inevitável o cacoete de deslocar o pensamento para assuntos do coração. Quem tem um parceiro pensa em como vai celebrar a paixão. Quem não tem, volta-se ao desejo de arrumar a cara-metade - como, onde, será que vou encontrar? Mesmo as que se recusam a admitir que querem um namorado, ao negarem o fato estão, nada mais, nada menos, falando de amor.

Amor espiritual, amor carnal, amor poético. Amor sem restrição. Para entender o que está por trás desse sentimento que parece reger a nossa vida - e dos nossos atos apaixonados -, pedimos ao astrólogo Dimitri Camiloto uma análise dos dois planetas com mais influência nos relacionamentos: Marte e Vênus.




Depois do Sol e da Lua, Vênus é o astro mais brilhante no céu e rege a atração que uma pessoa exerce sobre outra através do magnetismo e da harmonia que um ser é capaz de transmitir ao seu redor

Na Astrologia, Marte e Vênus são os planetas responsáveis pelo comportamento sexual. Enquanto Marte está relacionado à sexualidade física, de caráter mais instintivo e selvagem, Vênus rege a sensualidade e a inspiração erótica. As paixões e a intensidade do desejo são atributos de Marte. Vênus envolve o porquê do parceiro ser o escolhido e como ele se torna sua fonte de prazer.

Marte

Conhecido como o "planeta vermelho", Marte está diretamente associado ao sexo e às paixões humanas. A forma como você expressa os desejos e emprega a sua energia para satisfazê-los é regida por ele. No caso do sexo, Marte tem relação com a resposta ao estímulo e a excitação que alguém provoca em você, através da iniciativa em procurar essa pessoa e afirmar esse desejo - tendo em vista, naturalmente, consumá-lo. Existe no acasalamento uma dimensão biológica na qual os instintos de reprodução sexual e de sobrevivência são inseparáveis.

No corpo humano, Marte governa algumas áreas como os órgãos geradores e excretores, os músculos e peitoral masculino. A eliminação dos concorrentes mais fracos na hora de cortejar, a confiança em seduzir, as provocações que em alguns casos antecedem o acasalamento, a paixão e o desejo de fazer sexo, custe o que custar, são atributos de Marte.

Vênus

Depois do Sol e da Lua, Vênus é o astro mais brilhante no céu e rege a atração que uma pessoa exerce sobre outra através do magnetismo e da harmonia que um ser é capaz de transmitir ao seu redor. Além do fator mais evidente que é a beleza física, a capacidade de sedução (consciente e inconsciente) e a arte de fazer as coisas com elegância e graça são atributos de Vênus.

O desejo de se unir a alguém e manter essa união também é governado pela Estrela Dalva. Nos relacionamentos humanos existe uma dimensão sensitiva e valorativa na qual o componente estético, o erotismo, o desfrute do prazer, a autoestima e a necessidade de posse do outro exercem papéis determinantes.

No corpo humano, Vênus rege, entre outras coisas, tudo na silhueta e no rosto que possa indicar atração física, além dos hormônios femininos e ovários. A capacidade de se destacar como objeto do desejo, a arte de seduzir, os afetos que costumam anteceder o acasalamento, o amor e a aptidão para dar e receber prazer são características venusianas.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Você se considera jovem ou velho?

"Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania...
Porque se chamava homem
Também se chamava sonhos
E sonhos não envelhecem..."

(Milton Nascimento e Lo Borges, Clube da Esquina 2)


Encontrando amigos, o leitor percebeu-se distante deles. Diziam-se velhos, envelhecendo. Pareceu-lhe que eles haviam pulado de um patamar a outro na existência, mas ele não os acompanhava, nem desejava acompanhar. Não conhecia a sensação de envelhecer, não se sentia assim. Sentia-se e sente-se jovem como sempre, e acredita, como seus velhos amigos acreditavam, que “sonhos não envelhecem”, e que esSes são o alimento da juventude, independentemente da idade. O que fez com que seus amigos desistissem do sonho e envelhecessem?

O que significa envelhecer? Quando se sabe que envelheceu? Pergunta o leitor.

Difícil responder-lhe. Tendo por base a proposta da filosofia clínica, dependeria, em diversos aspectos, das formas como a pessoa pensa, sente e vive tais questões. Alguém poderia responder que envelhecer é um processo constante de degeneração que se inicia com a vida e termina com a morte. Poderia, ainda, descrever sinais evidenciados no corpo, alterações biológicas inevitáveis. Outro alguém poderia afirmar que envelhecer é atingir maturidade, e com isso ser mais seletivo em suas opções, mais sereno em suas posições e mais equilibrado ao agir. Outros, ainda, poderiam afirmar que envelhecer é ter limitações, é ser superado, é ficar ultrapassado. Talvez preparar-se para a morte.

Afirma Simone de Beauvoir em A Força da Idade:

“Tinha outra preocupação: envelhecia. Nem minha saúde nem meu rosto se ressentiam; mas de vez em quando eu me queixava de que tudo perdia o viço em torno de mim; não sinto mais nada, gemia. Era ainda incapaz de ‘transes’ e no entanto tinha uma impressão de perda irreparável. (...) Em derredor, entretanto, a realidade pululava, mas cometi o erro de não procurar penetrá-la; encarava-a dentro de esquema e mitos que se tinham mais ou menos gasto; o pitoresco, por exemplo. Parecia que as coisas se repetiam porque eu mesma me repetia” (p. 209).

Você, independentemente da idade, já sentiu algo parecido? Já viveu a sensação de que tudo perdeu o “viço”? Já se viu preso a armadilhas, esquemas conceituais que lhe impulsionam a repetir tudo da mesma maneira? Os mesmos eventos, as mesmas sequências, os mesmos erros, os mesmos choros, os mesmos risos, os mesmos... tudo?

“Viver é envelhecer, nada mais”, diz, mais adiante, Simone de Beauvoir. E isso não implica em perder sonhos, em perder o “viço”, em se tornar repetitivo. Do ponto de vista biológico, envelhecemos desde que nascemos, e não paramos de envelhecer. O argumento derradeiro que aponta o envelhecimento como limitação, de um lado; e de outro, como sabedoria, é questionado por Steven Rose no livro O cérebro no século XXI.

Rose aponta, como um dos vários mitos da biologia, o fato de haver perda neuronal com a idade, e indica pesquisas recentes que demonstram que o cérebro possui uma pequena reserva de células tronco que possibilitam a regeneração neuronal. Segundo ele, o cérebro encolhe com a idade, não porque perca neurônios, mas porque as células encolhem ao perder água e os ventrículos e sulcos aumentam. Ele também afirma que os processos hormonais são muito mais responsáveis pela extensão da morte celular do que a idade. Obviamente, há perda neuronal, há mudanças bioquímicas no envelhecimento. Mas isso não implica em “mudar para pior”.

“O que fica claro é por que esses fenômenos de envelhecimento biológico precisam considerar a mudança do contexto social no qual está embutido o ciclo vital de cada pessoa – e, portanto, a vida privada da mente” (ROSE, 2006: 198). Por isso, relembrar a historicidade pode ser um excelente caminho para lidar com tais fenômenos.

Afirmou Andre Gide: “Quando já não me indignar, terei começado a envelhecer”. Outros afirmam que nos indignamos porque e quando envelhecemos. O ator John Barrymore afirmou que “O homem começa a envelhecer quando as lamentações começam a tomar o lugar dos sonhos”. E não há jovens lamentadores? O que significa, para você, envelhecer? Relaciona-se à idade? Ao desenvolvimento biológico? Ou a formas de vida? Sonhos que “não envelhecem”? Lamentos sem fim?

Seja qual for sua resposta, você deseja ou não envelhecer? No livro citado, Steven Rose indica atividades necessárias para a manutenção do sistema neuronal ativo, atividades que podem ser desenvolvidas de muitas e diferentes maneiras, de acordo com as necessidades e disposições de cada um.

Após esta brevíssima exposição, pergunto ao leitor: é possível rejuvenescer com o passar do tempo? Isso indicaria algo sobre o tempo? Ou sobre suas formas de vida? Você deseja envelhecer ou manter-se jovem? O que precisaria fazer, em cada caso?

Pergunto ainda: o que fez com que seus amigos mudassem de patamar existencial e ele optasse pela não mobilidade? Seria imobilidade ou simplesmente a aceitação de sua impossibilidade em conviver com essas ideias. Para a filosofia clínica cabe estudar as possibilidades. A questão é: você deseja as opções que se apresentam no caminho? Como será caso as aceite? E se não aceitar?

Talvez estejamos tão ocupados com as demandas contemporâneas que tenhamos esquecido de envelhecer, ou talvez tenhamos optado por não envelhecer. Talvez já tenhamos envelhecido e não percebamos. O que você pensa sobre o assunto? Você é jovem ou velho? Qual o critério utilizado para responder?

Gerações mudam a maneira de ver e fazer sexo...

... diz psicoterapeuta


A evolução que envolve o sexo é um quebra-cabeça, cheio de pequenas peças, que tanto a biologia evolutiva quanto a sociedade ainda não conseguem encaixar. Embora os primeiros registros sobre a sexualidade humana datem de 22 mil anos, eles são escassos e, claro, abrangem períodos descontínuos. Mesmo assim, tudo que se tem ‘registrado’ sobre a evolução até hoje revela que, além de função vital, o sexo tem função instintiva, influi obviamente na conduta dos seres e sim, se vale dos diferentes ambientes socioculturais e políticos para se transformar.

Segundo o psicoterapeuta sexual Oswaldo M. Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade, a humanidade tem necessidade de mudança, que ocorre de maneira socialmente natural a cada duas ou três gerações - o que cobre historicamente 150 anos. “Num período desses, muito se diferencia o sexo e a expressão sexual”, analisa. O que ele quer dizer é que a maneira como fazemos ou enxergamos o sexo muda mesmo com o tempo.

Enquanto antigamente o ato era mecânico, hoje é sinônimo de revolução hormonal e liberdade. A forma de encarar o que se chama de sexo, por exemplo, muda de tempos em tempos. A primeira coisa que demonstra estas mudanças é a própria palavra e significados de sexo. “Por séculos, apenas designou a diferenças entre homens e mulheres, e isto do ponto de vista genital. Em torno do século 13, a palavra já era usada para designar a relação coital”, explica. E, depois daí, nasceu a necessidade de criar uma nova palavra - sexualidade - que pudesse incluir significados emocionais e amorosos, iniciando a diferenciação do uso do sexo para a procriação daquele que envolve o relacionamento afetivos e emocional humano.

Dois séculos depois, a tendência é compreender sexo e a sexualidade como algo mais abrangente do que apenas o coito e reprodução. “Atualmente, convivemos com uma variedade grande, entre a repressão e a libertinagem (de modo não moral, como expressão total da sexualidade). A sociedade ocidental mudou e os membros desta sociedade parcialmente já mudaram”.

Oswaldo conta que, realmente, nos tempos antigos, o prazer orgásmico, por exemplo, ficava em segundo ou terceiro plano. A mulher era apenas sinônimo de fertilidade e o ato era mecânico. Mas o século XX chegou e abriu a caixa de pandora do sexo. O advento do cinema, do carro, da pílula e até da Internet mudaram tudo que se sabia com relação ao sexo. A industrialização do mundo ocidental, as guerras, a revolução dos costumes chegaram dentro das casas acertaram em cheio a intimidade dos casais. As roupas diminuíram, as cidades cresceram. O romance deu lugar à velocidade. Nos anos 60, a pílula. Nos 70, o orgasmo. Depois, Aids e popularização da camisinha, Viagra, sexo virtual.

E, no meio de tudo isso, será que as mulheres fazem hoje menos sexo do que faziam suas avós e bisavós? Independentes financeiramente, ocupadas com a vida moderna e com acesso à educação, as moderninhas tiraram o sexo do eixo de atividades obrigatórias. “Muitas que antes se dedicavam aos filhos e assumiam que deveriam aceitar o sexo que o marido desejava fazer, hoje se dedicam a uma segunda jornada de trabalho e sentem que podem, mais facilmente, dizer não ao sexo desejado pelo marido”.

Se antes ela tinha tempo de sobra para dedicar ao marido e a vida conjugal, hoje administra os minutos. Trabalha fora, cuida da casa, dos filhos, estuda, se diverte e ainda cuida do corpo. Com tanta atividade, tempo e energia para o sexo ficam escassos. E a culpa não é delas. É da tal evolução. Ou seria revolução sexual? Mais uma vez, os fatos históricos, sociais e culturais influenciam o que acontece entre quatro paredes.

Com um controle maior sobre suas vontades, as mulheres dão agora voz aos desejos. A mudança, positiva, faz com que elas e seus parceiros (ou parceiras) passem a poder ter experiências sexuais melhor compartilhadas e cada vez menos estigmatizadas. Ponto para a evolução.

Texto de Martha Medeiros....

"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.

Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.

Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou:
trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados
à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.
Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.
Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora.

Você é, humildemente, uma mulher.

E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.
Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.

É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga.
Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.

Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.

Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo.

Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.

E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.

/(Martha Medeiros)/

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Deputado promete protocolar emenda do 3º mandato.

Deputado promete protocolar emenda do 3º mandato





A mídia, por golpista, gosta de realçar a inanição que acomete a biografia de políticos.



Alguns passam pela vida pública como se não houvessem abandonado a privada.



Não deixam pra trás –nem pros lados, muito menos pra frente— um legado de idéias.



Nenhum raciocínio pujante, nenhuma iniciativa palpitante, nada digno de encômios.



Há, porém, um detalhe que a imprensa, maledicente a mais não poder, sonega.



Não se chega à pobreza biográfica sem algum tipo de esforço.



Tome-se o caso do deputado Jackson Barreto (PMDB-SE).



Quer porque quer dar um terceiro mandato a Lula.



Até o fim de maio, Jackson vai protocolar na Câmara a emenda da re-reeleição.



Prevê a realização, ainda em 2010, de um plebiscito sobre a matéria.



Para pôr de pé a sua emenda, Jackson teve de suar a camisa.



Além de encomendar a redação, foi de deputado em deputado.



Recolheu os jamegões de 171 colegas. Número que garante a tramitação.



Jackson carrega uma biografia realmente pobre. Mas só ele sabe o trabalho que dá empobrecê-la.

Curso em Brasília ensina homens a conquistar mulheres.

A menos de um mês para o dia dos namorados, os solteiros de plantão começam a procurar uma companhia para não passar o dia 12 de junho sozinhos. No Rio, uma passeata do Movimento dos Sem Namorados reuniu solteiros em busca de um par. Mas o que fazer quando a timidez ou a falta de prática impedem a pessoa de conseguir companhia?

Para ajudar os mais tímidos ou aqueles que não conseguem engatar um bom papo com as mulheres, os empresários e instrutores Alexander Voger, Robson Ares e Eduardo Santorini fundaram uma empresa especializada na dinâmica dos relacionamentos entre homens e mulheres.

Desde 2008, os três empresários ministram cursos e workshops por todo Brasil sobre a arte da sedução. Segundo Ares, o público inicial era formado por homens de 18 a 25 anos, mas atualmente o perfil é variado. “Temos alunos de 50 anos, que se separaram e não sabem como está funcionando a dinâmica social”, revela. Cada um deles desembolsa R$ 550.


O curso dura três dias e os alunos -no máximo 12 por turma- podem praticar as técnicas para depois colocá-las em prática em baladas, boates e bares, tudo acompanhado de perto por um dos instrutores. Dependendo da cidade, a dinâmica muda para se adaptar à realidade do aluno.

Para os instrutores, as diferenças entre as regiões existem, mas nada que não possa ser adaptado. Segundo eles, em Curitiba, por exemplo, as mulheres não são acostumadas com as aproximações. Já no Rio de Janeiro, é comum abordagens diretas. Mas para os professores da sedução vale um lembrete: mulher é mulher em qualquer lugar e o principio é o mesmo.

Neste final de semana, os homens de Brasília vão poder receber dicas e conselhos sobre como abordar, manter uma conversa e conquistar uma mulher. O analista de sistemas Max fez o curso em abril e conta que se tornou mais confiante.



Para ele, os ensinamentos podem ser aplicados todos os dias. “Eu era introvertido, não conseguia me soltar. No curso eu descobri que conversar não é nenhum bicho de sete cabeças. Vou ao banco, ao mercado e falo com as pessoas na fila, puxo assunto”, afirma Max.

Segundo os professores, a falta de confiança é mesmo uma das maiores barreiras para os alunos. E essa dificuldade interfere na vida social do homem, não só quando se trata de mulher.



Voger diz que as mudanças depois do curso são perceptíveis. Os alunos também relatam melhoras nas relações em geral, como no trabalho ou com amigos. “Um deles contou que até o chefe comentou e elogiou a transformação”, diz Voger.

Depois que o curso acaba, os alunos continuam mantendo contato com os professores. Segundo Ares, o acompanhamento pós-curso é importante. “Entrar nos fóruns e na comunidade é bom para que o aluno não se sinta o único naquela situação. Costumo incentivar que o grupo se encontre depois, para eles saberem que estão no mesmo barco”, afirma Ares.

sábado, 16 de maio de 2009

CPI torna o Planalto ainda mais dependente do PMDB.

Vencido pela oposição na batalha que resultou na criação da CPI da Petrobras, o governo decidiu trabalhar em duas direções:



1. Tenta juntar os cacos do consórcio partidário que lhe dá suporte no Senado;



2. Busca construir pontes com PSDB e DEM.



De todos os movimentos que desaguaram no malogro, o que mais chamou a atenção do Planalto foi a "passividade" do PMDB.



Na avaliação de Lula e de seus operadores políticos a letargia não foi casual. A criação da CPI deixa o governo ainda mais à mercê do PMDB.



Esperava-se de José Sarney (PMDB-AP) que pelo menos empurrasse a leitura do requerimento da CPI para a próxima semana.



Sabia-se que o PSDB, autor do pedido, não arredaria o pé. Mas o governo ganharia um final de semana inteiro para realizar suas manobras.



Tramava-se arrastar para fora do pedido de CPI as seis assinaturas que livrariam a Petrobras do risco de ter as vísceras expostas numa investigação parlamentar.



Porém, já na noite de quinta (15), Sarney jogara a toalha. Avisara ao governo que não oporia resistências à leitura do requerimento da CPI no plenário. “É regimental”, disse.



Com esse gesto, Sarney abortou uma articulação conduzida pelo líder do PT, Aloizio Mercadante, em combinação com o ministro José Múcio (Coordenação Política).



Mercadante tentava agendar para a próxima terça-feira (19) um encontro de líderes. Além do final de semana, o governo ganharia a segunda-feira (18).



Pelo telefone, Sarney liberou o senador tucano Marcoini Perillo (PSDB-GO), vice-presidente do Senado, para oficializar a criação da CPI.



Era o derradeiro gesto de um PMDB que, durante toda a semana, parecera estranho aos olhos do Planalto.



O governo espantara-se com a ausência de Renan Calheiros (AL), líder do PMDB, nos esforços anti-CPI. Surpreendera-se com o dar de ombros de Romero Jucá (PMDB-RR), o líder de Lula no Senado.



Marconi Perillo voara para Goiânia na quinta (14). Tasso Jereissati (PSDB-CE) despachou seu jatinho particular para trazê-lo de volta a Brasília.



Na manhã desta sexta (15), Marcoini estava a postos. Presidindo um plenário vazio (cinco senadores, três dos quais tucanos), ele leu o fatídico requerimento.



Embora estivesse em Brasília, Sarney não deu as caras. A tropa governista encontrava-se inteiramente desmobilizada. Só João Pedro (PT-AM) foi ao plenário. E chegou atrasado.



Rendido, o Planalto tentou executar em poucas horas o plano que Sarney não lhe permitira pôr em marcha ao longo do final de semana.



Havia no pedido de CPI 32 jamegões. Para barrá-la, o Planalto precisava submeter a lista a uma lipoaspiração de seis assinaturas.



Correndo contra o tempo, o governo mobilizou três ministros: José Múcio (Coordenação Política), Edson Lobão (Minas e Energia) e Carlos Lupi (Trabalho).



Levaram-se à mesa oito nomes. A certa altura, como o relógio jogava contra, decidiu-se priorizar meia dúzia.



No DEM, o assédio concentrou-se em Adelmir Santana (DF), Gilberto Goellner (MT) e Jayme Campos (MT).



No PSDB: João Tenório (AL). No PDT: Cristovam Buarque (DF). No PTB: Romeu Tuma (SP).



Vencido o prazo fatal –meia-noite desta sexta (15)— o Planalto contabilizava duas escassas adesões. Pularam para fora da CPI Cristovam Buarque e Adelmir Santana.



A dupla de ‘demos’ matogrossenses –Campos e Goellner— foi contida pelo líder do DEM, José Agripino Maia (RN).



Agripino estava no Rio. Ouvira dos correligionários restrições à CPI. Sabia que balançavam. Alcançou-os pelo telefone. E neutralizou o assédio.



Não teve sucesso, porém, com Adelmir. Limitou-se a avisar: se retirar a assinatura, vai agir conta o partido. Adelmir retirou.



Os argumentos do Planalto pesaram mais do que o vexame de levar o rosto à vitrine numa manobra que, desde a noite anterior, Mercadante intuía que seria infrutífera.



Esperava-se de Renan que ajudasse a virar a casaca do tucano alagoano João Tenório. E nada. O Planalto recorreu ao governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), cujas finanças são fortemente dependentes dos repasses de Brasília.



Senador e governador tucanos consultaram a cúpula do PSDB. O líder Arthur Virgílio (AM) e o presidente Sérgio Guerra (PE), seguraram João Tenório.



Coube a Gim Argello (DF), líder do PTB, a missão de atrair Romeu Tuma (PTB-SP). Encontrou uma resistência que surpreendeu o governo.



Tuma abespinhara-se com o comentário que ouvira de um petista. Lembrara-o de que seu filho, Romeu Tuma Jr., está empregado na pasta da Justiça. Mordido, Tuma fincou o pé.



Sentindo o cheiro de queimado, José Múcio passou a distribuir afagos à oposição. Telefonou para dirigentes do DEM. Contou-lhes uma lorota que provocou risos.



O ministro disse que, em respeito ao partido, não pedira a nenhum ‘demo’ que saltasse fora da lista da CPI.



No PSDB, partido que Lula tachara de “irresponsável” pela manhã, Múcio trocou idéias com o “amigo” Sérgio Guerra, pernambucano como ele, e com o líder Arthur Virgílio.



Sentiu-lhes o pulso. Ouviu de Virgílio que o PSDB não vai à CPI com pendores pirotécnicos. Agirá com “responsabilidade”.



Deseja, segundo disse, preservar a Petrobras, não prejudicá-la. Combinaram de jantar na próxima semana.



A CPI terá 11 titulares. O governo faz as contas. Estima que terá uma maioria de um ou dois votos. Basta um azedume do PMDB para que fique em minoria.



Na madrugada deste sábado, em conversa com um amigo, Arthur Virgílio disse: “O governo só vira refém do PMDB se quiser. Tratando-nos com respeito, terão uma CPI rigorosa, mas sem espetáculos”.