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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Garotas de programa tinham livre acesso à casa de premiê italiano

Garotas de programa e modelos tinham livre acesso às residências do premiê da Itália, Silvio Berlusconi, tanto em Roma quanto na Sardenha, informou nesta segunda-feira o jornal espanhol "El País".

Segundo o diário, esta é a conclusão a que chegou a Promotoria de Bari após ouvir o testemunho de quatro mulheres que participaram de festas organizadas pelo líder italiano.

As primeiras provas começaram a ser exibidas na imprensa da Itália, que publica nesta segunda-feira fotos de duas mulheres vestidas de negro --Barbara Montereale e Lucia Rossini-- no palácio Grazioli --residência oficial do premiê em Roma--, em 4 de novembro do ano passado.

Segundo o "El País", a prostituta de luxo Patrizia D'Addario e duas modelos, Barbara Montereale e Lucia Rossini, declararam que, para entrar na residência de Berlusconi, bastava ligar para o celular do empresário Gianpaolo Tarantini, o empresário que as havia recrutado.

Segundo os promotores, Tarantini, principal alvo do inquérito, levou numerosas mulheres que foram pagas para entreter Berlusconi. As investigações por indução à prostituição, que se estendem a cinco festas, falam de garotas recrutadas em Milão, Pádua e Bolonha, entre outras cidades.

No entanto, segundo palavras do advogado do premiê, Niccoló Ghedini, o inquérito o atinge apenas como "usuário final".

D'Addario fez gravações de áudio e vídeo, e Montereale e Rossini tiraram fotos de dentro da casa do premiê.

Reembolso

Já o jornal italiano "La Repubblica" informa nesta segunda-feira que Tarantini alegou que os pagamentos feitos às mulheres foram "reembolso de gastos" realizados por elas, mas não houve pagamento por serviços sexuais.

O diário publica uma entrevista com Barbara Montereale. Ela afirmou que alguém pagava pelas compras que Patrizia D'Addario fazia na butique de luxo Versace localizada no conhecido centro comercial Via de Corso, em Roma.

Ela também se refere a uma gravação, que está em poder da Promotoria, em que D'Addario fala sobre como Berlusconi a cortejava "na frente de todos os guardas". Na conversa, Montereale diz à colega que ela é "outra como Noemi" Letizia --a jovem de 18 anos que se relacionou com Berlusconi e causou o divórcio do premiê-- alguém que poderia "causar dano" ao líder italiano.

Montereale afirmou ainda que, em uma de suas idas à mansão de Villa Certosa, na Sardenha, havia garotas da Europa Oriental, e que todas competiam pela atenção de Berlusconi.

As escutas telefônicas feitas durante a investigação de Tarantini levaram ao último escândalo político relacionado ás festas de Berlusconi, depois da publicação, no início do mês, de algumas fotos das festas realizadas na mansão do premiê, em que alguns convidados aparecem nus.

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