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quinta-feira, 11 de junho de 2009

"Sou um autor vivo e irresponsável",

...diz Marcelo Rubens Paiva
Texto e direção: Marcelo Rubens Paiva. Duração: 90 min.

Depois de atrair cerca de 1.500 espectadores para as sessões realizadas em março, abril e início de maio, no Sesc Avenida Paulista, o espetáculo "A Noite Mais Fria do Ano" reestreia nesta terça-feira (9) no Espaço Parlapatões (região central da capital paulista). Nas duas primeiras semanas, as apresentações ocorrem somente às terças, mas depois a peça permanece em cartaz também às quartas, sempre às 21h.



Marcelo Rubens Paiva (dir.) retorna com "A Noite Mais Fria do Ano" após sucesso de público durante primeira temporada em São Paulo
O retorno rápido aos palcos aconteceu por causa da intensa procura por ingressos durante a primeira passagem pelos palcos da cidade. "Em 20 anos, eu já tive nove espetáculos em cartaz e nunca tinha visto isso", conta o autor e diretor Marcelo Rubens Paiva ao Guia da Folha Online, se referindo ao fato de os ingressos terem se esgotado até o fim da temporada já na segunda semana em cartaz. "Nós não tínhamos nem como convidar os amigos e a família. Era uma sala de 68 lugares."

Agora, as apresentações acontecem até 29 de julho em um local maior (96 lugares) e que "se identifica com o público", de acordo com o dramaturgo. "Caso continue essa procura, tentaremos no segundo semestre ir para um teatro maior ainda."

Durante 90 minutos, o público assiste a duas histórias que deixam em evidência as atitudes intensas e controversas provocadas pela paixão e pelo amor. Enquanto Mário Bortolotto e Alex Gruli mostram os embates ocorridos quando um patrão conta a seu funcionário que mantinha um caso com sua mulher, Hugo Possolo e Paula Cohen encenam o amor de um homem por sua ex-mulher, que insiste em sempre reaparecer.

"É uma peça que o elenco adora fazer. E é bem pop. A gente sente no ar, pelo boca a boca, quando uma peça pega. E essa pegou. São os mistérios do teatro", diz o diretor.

E quem pensa em ver o espetáculo novamente pode se deparar com algumas alterações. "As mudanças sempre ocorrem em todas as minhas peças; é a vantagem de se fazer teatro, da qual não abro mão: lapidar, mudar a marca, enxugar e aprofundar alguns conflitos durante a temporada", afirma Marcelo Rubens Paiva, que diz já ter mudado o rumo de suas histórias. "Tive peças em que mudei o final. Sou um autor vivo e irresponsável, não me apego tanto ao texto, me ligo mais no jogo e na troca com os atores e a plateia."

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