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domingo, 9 de janeiro de 2011

Amor tem mesmo que rimar com dor?

Por que será que as pessoas estão constantemente envolvidas em dores amorosas? Se os relacionamentos são tão importantes na vida de todos nós, por que não conseguimos vivê-los com simplicidade e tranquilidade? O que será que concorre para que seja, ao contrário, palco de tantos conflitos, lágrimas, decepções e discussões? Não seremos nós que estamos complicando muito?
Para todos que estão em busca ou iniciando um relacionamento, vão aqui algumas questões que valem no mínimo uma reflexão. Será que você está preparado para contrariar a rima sugerida no título? Se sim, está desejoso de viver uma relação leve, lúdica e saudável. Para tanto é preciso contrariar muitos dos condicionamentos vividos por todos nós ao longo do tempo. Fatores culturais nos levam a adotar uma postura possessiva, achamo-nos donos do ser amado e queremos modificá-lo a qualquer preço, porque precisamos que ele seja a representação fiel de nossa idealização. No caso das mulheres, o arquétipo masculino ocidental é o príncipe/herói. Bonito e forte, destemido e ousado, tudo fará para trazer a felicidade para sua amada. Adivinhará e se antecipará a seus desejos, tendo sempre a atitude esperada. Já os homens foram criados tendo como arquétipo feminino a doce, lânguida e recatada moça que somente a ele mostra seu ardor e inteligência.
Parece conto de fadas? E é. A vida real é bastante diferente, mas nem por isso menos interessante. Basta que possamos nos livrar desse terrível destino que insiste em colocar o amor como algo pesado ou problemático.
As pessoas são como são e precisamos aprender a respeitar as diferenças, além evidentemente de entendermos que o grande prazer está justamente no enriquecimento e dinamismo que estas proporcionam. Não somos o sol, não somos o alvo de todas as ações e omissões de nossos parceiros. Para que possamos compreender as pessoas, precisamos olhar o mundo pela ótica delas e não pela nossa.
Falar é fácil, difícil é praticar, sobretudo porque o amor nos deixa com muito medo da perda e da rejeição. Talvez venham daí os hábitos de controle e o grande volume de brigas entre os casais. Não há, para ninguém, garantia do amor eterno. Ilusão achar que problematizando os relacionamentos aumentamos as chances de sucesso amoroso. É justo o contrário, pessoas leves, alegres e confiantes tendem a se manter interessantes aos olhos de seus amados e amores por muito mais tempo.
Precisamos ficar de olhos bem abertos, porque muito mais fácil do que ser feliz é nos enredarmos e valorizarmos os problemas e preocupações. Mas este é um outro papo...

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