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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

PÓS-RECESSO DO SENADO /RANULFO PARANHOS

Esses senadores só podem está com fuleiragem. O recesso acabou e como era de se esperar as discussões retomam o velho debate em torno da figura bigoduda do José Sarney (PMDB-Amapá), que consegue colocar em disputas e brigas internas o seu próprio partido, de um lado o discurso de Pedro Simon (PMDB-RS) pedindo em nome da ética, instituição tão sem valor naquela casa e do outro lado, quem diria, eles resolveram falar: Renan(PMDB-AL) e Collor(PTB-AL).

As duas figuras emblemáticas das Alagoas em muito são responsáveis pelo que se vive hoje na política desse país. Collor foi banido do Palácio do Planalto e impedido de ser candidato durante um bom e longo tempo, mas retorna à vida política não dizendo porque e, no Senado, ele pouco fala e menos ainda aparece por lá, mas o que ele quer todos nós sabemos. Renan, por sua vez, é o mentor mefistofélico do PMDB em Brasília, arquiteto da eleição de Temer (ave-cruz) na Câmara e de Sarney no Senado, também faz pouco uso da tribuna daquela casa, mas usa com maestria a porta fechada de seu gabinete.

Esperávamos muita coisa prá o retorno dos trabalhos, menos uma defesa pública de Renan e Collor ao Sarney e um contra-ataque ao Senador Pedro Simon. Collor com seu olhar 43 e Renan com o que lhe é peculiar, ameaças em meias palavras na tentativa de levantar dúvidas sobre a vida pública de Pedro Simon.

No calor da discussão, devidamente conduzida pela figura medieval do Senador Mão Santa, o segundo round é travado pela paciência acadêmica de Cristóvão Buarque (PDT-DF) e pela fidelidade canina de Wellington Salgado (PMDB-MG) que se sente ofendido sempre que alguém olha mais atravessado prá o Sarney. Ainda bem que o “senador-ato-secreto” não estava na sessão quando Collor falou e deixou transparecer seu ódio pelos olhos de belzebu.

A sessão toma seu ritmo com o palavrório de demais senadores confessos baixo-clero sem uma posição mais definida acerca dos partidos com relação ao Sarney e ao que parece esse está esperando que o tempo esfrie os ânimos e ele vá se segurando como pode. O que se pode fazer no Senado com relação ao Sarney é esperar o parecer da Comissão de Ética, cujo presidente é o senador sem voto Paulo Duque (PMDB-RJ) e sem querer usar clichês, esse sujeito vai jogar panos quentes nos fatos e atos. Aí nos cabe esperar a revolta do insuportável líder DEMo José Agripino (RN) e do amazonense Arthur Virgílio (PSDB), porque o próprio PT dá provas de não querer sujar as mãos com o lamaçal de corrupção em que está metido o Senado por conta dos Sarney’s.

Mas em minha opinião, a grande novidade da semana é a aparição do Senador DEMo Marco Maciel (PE), usando a tribuna. Não sei o que ele falou, eu não sabia que ele falava, era mesmo só prá todos tomarem conhecimento que ele ainda está vivo.



Com os ácidos renovados,


Política Ácida

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