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domingo, 31 de maio de 2009

CARLITO LIMA......O E-MAIL

Muitos leitores me perguntam onde arranjo tantas histórias, e se são verdadeiras. Reafirmo, todas minhas crônicas são baseadas em fatos reais, muitas contadas por amigos, apenas dou um trato literário na história, retrato a vida do cotidiano, como ela é.
Ontem recebi o e-mail abaixo, de uma leitora do Recife, não a conheço pessoalmente, entretanto, não posso deixar de repassá-lo para os leitores, afinal, eles são o objetivo dos meus escritos.
“Queridíssimo Carlito Lima.
Desculpe assim lhe chamar com tanta intimidade, embora nunca tenhamos nos visto, parece que lhe conheço há 500 anos, leio sempre suas crônicas, li quase todos seus livros, são bem autobiográficos. Adoro suas histórias bem humoradas, cheias de picardia. Tomo a liberdade de narrar um acontecido recente, você pode ou não aproveitar em sua coluna.
Antes de tudo quero lhe dizer de saída, sou feito homem, gosto de mulher, sou homo, às vezes bissexual. Ensino na Universidade Federal de Pernambuco. Ano passado chegou um novo colega, professor, um homão bonito, alinhado, bem vestido, bem barbeado, para simplificar, o cara é a cara do Tom Cruise. Fizemos amizade, tornei-me confidente de Abraão.
Certo dia ele me confessou, estava com problemas com sua esposa, trabalhava demais na Universidade para não levar serviço para casa, chegava mais tarde. Sua mulher começou a desconfiar, pegou seu celular, discou para nomes de mulheres desconhecidas; pelo atendimento, suspeitou de oito nomes da relação, daí por diante infernizou a vida de meu querido amigo. Ele abriu-me o jogo, tem compulsão por sexo, como é boa pinta nos dois sentidos, as mulheres se jogam como as mariposas às lâmpadas. O seu casamento ficou à beira da falência.
Mês passado, me contou, a mulher de um amigo, começou a lhe paquerar, lhe mandar e-mail todo dia, desde que lhe viu ficou apaixonada. Abraão resistiu no que pode, até que certa noite ele retornava a seu apartamento em Boa Viagem, cruzou com Ângela, o demônio foi mais forte e venceu. Ao parar o carro, a mulher do amigo percebeu, alegre correu, abriu a porta sentou-se no banco, olhou para ele, deu-lhe os lábios, no aconchego do carro houve um prolongado primeiro beijo. A compulsão por sexo de Abraão é comovente, tira-lhe as forças, não se controla, foram direto para um motel mais perto. Às 9:30 horas da noite depois de duas espetaculares performances sexuais, ele deixou a diabinha da Ângela em casa e foi para seu apartamento. Ao chegar, sua esposa estava com uma cara horrível, começou a cheirar as roupas, dizia estar com cheirinho de mulher, ela não se enganava, ele negava.
Abraão ficou encontrando-se com a mulher do amigo duas, três vezes por semana, em casa contemplava a esposa normalmente, nisso ele é ótimo. Até que certo dia, Ângela convidou o amante para transar em sua casa, ele tentou refugar, ela insistiu, disse que o marido havia viajado, estava lhe esperando ao entardecer. Quando Abraão apertou a campanhia da casa, surpresa! Foi seu amigo quem abriu a porta, um susto enorme, a vermelhidão veio-lhe ao rosto, a consciência pesada deixou-lhe sem graça. O amigo, todo afável, convidou para sentar e foi abrindo jogo.
“Meu querido Abraão sei de tudo, você está transando com Ângela. Ou você pensa que ela ia transar com você sem me contar? Não há problema, nós somos um casal moderno, casamento aberto. Ela está no quarto, pode entrar. Peço uma coisa apenas, deixe a porta aberta, adoro vê-la transar.”
Abraão entrou no quarto, Ângela mais bela que nunca vestia um lingerie sumaríssimo; se abraçaram se deitaram, se amaram, fizeram de tudo sob os olhares do marido, satisfeito com o que via.
É essa a história que lhe passo, será que dá para contar em sua coluna? Sim, tem mais, a mulher do Abraão está mais calma pela regularidade da chegada em casa e dos carinhos, ele cuidadoso, deletou os telefones das namoradas do celular, comprou outro, o mantém escondido. Confesso a você, querido Carlito, tive uma recaída, perguntei ao Tom Cruise, aliás, Abraão se topava encarar uma sapata, ele respondeu que se fosse eu, não havia problema. Acho que vou trair a namorada. Depois lhe conto. Um abraço de sua fã, sua leitora fiel. Zilma Mosa.”
Estão vendo como é a vida? Depois dizem que invento.

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