.... na cidade do Porto
Porto, 2 mai (Lusa) - Quinhentas mil pessoas, de acordo com a estimativa da polícia, participaram da Macha Global da Maconha (MGM), no Porto, com o objetivo de pedir a legalização das drogas leves.
Entre os presentes, estava o norte-americano Jay Jackson, que criou uma erva similar à cannabis e muito popular.
Aos jornalistas, Jackson disse ser "perfeitamente normal" que se consumam drogas leves, citando o caso da Holanda que descriminalizou o consumo e posse de menos de cinco gramas de maconha em 1976.
A marcha aconteceu ao som de apitos, sirenes e de reggae, com os manifestantes empunhando faixas com inscrições pedindo a legalização da droga.
Carla Fernandes, da organização da marcha, disse que um dos objetivos da iniciativa é obter uma eventual legalização da maconha, mas também retirar o "estigma" geralmente associado ao consumidor daquela droga leve.
"O consumidor de marijuana [maconha] pode perfeitamente trabalhar, constituir família, pagar os impostos e não merece ser tratado com esse estigma", declarou à Agência Lusa.
Evento
A MGM é uma iniciativa internacional que reivindica a legalização da maconha e que é realizada desde 1999, no primeiro sábado de maio, em mais de 200 cidades.
Neste ano, a organização global deixou ao critério das cidades se manifestarem em 2 ou dia 9 de maio, devido à proximidade com o dia do trabalhador.
A Marcha Global da Maconha do Porto optou por ser fiel à tradição e manter a data original. Contudo, existem cidades portuguesas que preferiram realizar a sua marcha apenas no dia 9 como é o caso de Lisboa, Braga e Coimbra.
Os manifestantes defendem "o cultivo e a indústria de cannabis para a produção de energias renováveis [biomassa, biodiesel, etanol] e para a produção de fibra e pasta de papel".
Além disso, recomendam o uso "no tratamento terapêutico, sintomatológico ou para a melhoria da qualidade de vida, nomeadamente, a doentes de Aids, câncer, em tratamento de quimioterapia, esclerose múltipla, glaucoma ou doença de Chron".
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