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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Que tal, sexo sem penetração....pode terminar em orgasmos inesquecíveis.

Juliana*, 30, analista de comunicação, contou para as amigas que teve uma noite “como se tivesse 16 anos”. Todas ficaram curiosas para saber se era o número de relações, o local proibido para a prática ou a idade do parceiro, mas não era nada disso. “Simplesmente nos deixamos levar pelo tesão sem a penetração. Fizemos brincadeiras, carícias mas não praticamos o ato em si. Durou horas, foi uma delícia e terminou em orgasmos inesquecíveis”, lembra.

Ela e o namorado simplesmente diversificaram o modo de conseguir prazer, reforçando assim a intimidade e engrossando o livro de memórias íntimas do casal. Para a professora de artes sensuais Nelma Penteado, a penetração pode, sim, ser colocada em último lugar no envolvimento sexual (ou nem estar incluída), sem que isso signifique menor satisfação. “Quantos casais incluem a penetração em suas relações e as mesmas são chatas, mornas e sem graça? Só isso é a prova de que a penetração não é o ingrediente fundamental de uma transa satisfatória”, explica.

Será?

“Sexo é viagem! Curtir as carícias, apreciar a companhia do outro, viver momentos inesquecíveis...”, enumera Nelma. E segundo a especialista, tudo pode começar com um strip tease ou uma massagem, de preferência em um espaço que estimule os cinco sentidos: vale usar velas, aromatizadores de ambiente, um lençol de seda, alguns bombons, frutas. “Sempre diga a ele o quanto sua companhia é especial. Levante um pouquinho o seu ego e conversem de forma descontraída sobre o que gostariam de fazer para dar prazer um ao outro, sem penetração. Só o diálogo vai apimentar o encontro”, sugere.

Atiçar com palavras é a especialidade de Marta*, 27, bancária. Ela é uma das amigas de Juliana e, depois que soube das peripécias da amiga, resolveu tentar. “Até porque fiz uma cauterização no útero, coisa simples, mas que me impediu de ter relações sexuais com penetração por 30 dias”, conta. Unindo o útil ao agradável, Marta inovou nas carícias e se sentiu plenamente realizada. “E o meu namorado também!”, diverte-se.

Na prática

“Aplique gel lubrificante nas suas coxas para facilitar algumas carícias e convide-o a brincar com o pênis entre elas. Peça também para ele caprichar no sexo oral – vale ensinar o caminho e usar algo gostoso nesse momento, como chantilly ou outro doce. Ensine-o também a masturbá-la, mostrando onde e como gosta de ser tocada, com qual intensidade. Depois, retribua tudo, desde o início”, ensina a professora de artes sensuais.

Nelma, Juliana e Marta aconselham as mulheres a não ficarem pensando se haverá ou não penetração. “Vá para a cama sem pensar em uma finalidade específica, a não ser a de viver uma experiência gostosa”, aconselha Marta, com a aprovação de Nelma, que completa: “Prepare o ambiente de forma aconchegante e gostosa, para receber seu amor com sensualidade, alegria e entusiasmo. Não fique lamentando o fato da penetração não ocorrer”.

Para Marta, Juliana e as amigas, não há lamentação, mas a prática não pode virar rotina. “De vez em quando é legal, principalmente quando estou menstruada”, conta Natália*, 29, gerente de projetos. “Mas quando fico muito tempo neste esquema, sinto falta de ‘algo a mais’”, conta. “Mas é uma delícia e eles ficam craques em preliminares”, defende Juliana. E o fator conta muitos pontos para a relação.

Nelma acredita no tal aperfeiçoamento das preliminares e cita uma das brincadeiras que estão no seu livro “A Arte da Sedução”: coloque uma venda em seu parceiro e tenha perto da cama cinco bombons de sabores diferentes. Diga a ele que, ao adivinhar o sabor, ganhará muitos beijos. “Surpreenda-o partindo o bombom e passando o recheio em algum ponto do corpo onde você gosta de ser beijada.

Leve os lábios dele até lá e pergunte o sabor”. Claro que não importa se ele acertará ou não; segundo a expert, a ideia é criar intimidade de forma gostosa e divertida. E provar que sexo, intimidade e prazer não precisam necessariamente ter a ver com penetração.

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