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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Brasileiros fazem sexo sem ter muita vontade

Uma pesquisa mostra que metade dos brasileiros só faz sexo por obrigação. A temperatura esquenta, mas até para os apaixonados, mais cedo ou mais tarde, vem a vida real.

“Um alto contingente de homens e mulheres faz sexo sem vontade no nosso país”, afirma a psiquiatra Carmita Abdo, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que realizou a pesquisa e derrubou a idéia de que os brasileiros só pensa naquilo: em dez capitais, 47% deles revelaram já ter feito sexo sem vontade.

Segundo a pesquisa, 43% dos homens nem sempre estão a fim. Entre as mulheres, o numero sobe para 51%. A corretora de seguros, Ivete Leão, confessa que, às vezes, faz sexo “para agradar o marido”. Ela mora em Salvador, a capital campeã no sexo sem vontade, de acordo com a pesquisa.

Ivete é casada há vinte anos com o operário Antônio Santos. Ela e o marido toparam abrir o jogo. “Às vezes, eu estou meio com um problema, mas ela procura e eu faço o amor para agradar a parceira”, conta Santos.

Para Carmita, uma mulher que aceita sexo sem vontade, muitas vezes, está envolvida afetivamente, gosta, ama o seu parceiro e não quer decepcioná-lo. “Um homem, quando é abordado por uma mulher, fica muito constrangido em não aceitar fazer sexo com ela. É como se ele se sentisse menos homem”, afirma a psiquiatra.

Três casais foram submetidos a um teste elaborado pela médica. São oito perguntas sobre como é que fica a vontade de cada um na “hora H”. Homens ficaram de um lado, e as mulheres ficaram de outro para que ninguém ficasse constrangido na frente do parceiro.

Quando questionada sobre o que sente quando percebe certa insinuação do parceiro, dando a entender que quer sexo, a dona-de-casa Meres Liliane disse que se empenha “para não decepcioná-lo”. “E, se não tiver com muita vontade? Não tem jeito, eu me empenho! A gente sabe enganar! mulher engana legal”, brinca da dona-de-casa.

Se, por alguma razão, aquela relação anunciada não mais acontecer, a bancária Patricia Taliberti disse ficar de mau humor. O mesmo questionamento foi feito ao fisioterapeuta Wendel Paiva, que disse ficar de “extremo mau humor”. Já o comerciante Adilson Martins disse ficar decepcionado.

O cabeleireiro Pedro Dias disse que não consegue dormir. “Eu viro para lá, viro para cá, ligo televisão, desligo televisão. Ela fala: ‘Meu Deus, eu preciso dormir! Então vai, toma!’”, conta.

Na hora de testar o entrosamento dos casais, o questionamento era: “Você faz sexo na maioria das vezes quando aparece o desejo em você, em ambos ou no seu parceiro?”. Meres disse que era em ambos, já o marido, Pedro, disse: “Em mim, sem dúvida nenhuma”.

Entre os casais, ninguém acertou todas as respostas do parceiro. Mas, de maneira geral, eles estão sintonizados. No resultado do teste, todos tiveram a mesma classificação: para eles, é só começar o sexo que a vontade aparece.

“O panorama muda, você passa a ter vontade. Aí, vai embora”, afirma o fisioterapeuta Wendel Paiva.

A coisa pode até ter engrenado, mas a consultora de etiqueta Célia Leão dá algumas dicas para não deixar a vontade passar. A primeira delas é evitar ditar regras. “Técnico pega bem em campo de futebol, né? ‘Mais para a esquerda, mais para a direita, agora siga’. Estas coisas não tem quem aguente”, afirma.

Outra dica da consultora é não criar personagens sem combinar com o parceiro. “Se os dois estiverem no clima, eu acho que vale. Do contrário, isto pode assustar”, diz. Delicadeza também cai bem sempre. “Jamais pense em comentar a gordurinha ou o quilinho a mais que o parceiro adquiriu”, orienta Célia

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