"Ola, Rosely. Não sou uma garotinha, mas estou viciada em sexo virtual. Desde que conheci um homem na Internet, há mais de um ano, ficamos nos encontrando e fazendo sexo virtual. E eu gosto muito, fico excitada de verdade: estou viciada nele, e ele em mim. Somos os dois casados. Às vezes penso que estou doente, outras vezes me considero carente, mas não quero parar e nem ele. Vivemos nos encontrando, quase todos os dias, e falamos de carinhos e sexo como se estivéssemos mesmo fazendo. Penso em acabar com isso, mas não consigo. Você acha anormal minha atitude? Vivo imaginando o que acontecerá se meu marido descobrir, porque é um segredo que guardo comigo."
Veja você como tudo na vida sexual precisa ser contextualizado! Por que é que sentir desejo sexual, ter tesão, gostar de se excitar, deveria fazer você pensar em doença?
Ninguém que tenha bom senso pensaria uma coisa dessas, concorda?
Mas é que no meio da sua história entram duas palavras que mudam a referência de tudo: Internet e casamento.
Todo mundo quer saber, hoje em dia, se fazer sexo virtual pode ou não ser considerada uma prática sexual normal. E quem tem a resposta? Por enquanto, ninguém. Aliás, é difícil afirmar a normalidade de qualquer prática sexual, pois isso depende da época, do grupo social, da cultura, dos costumes, etc.
Considerando isso, se vivemos na era da Internet, é muito complicado dizer que o sexo virtual não é normal.
E o casamento? Casamento significa um trato entre duas pessoas que envolve muitas coisas. Inclusive a fidelidade. Quando você transgride as regras do trato, você quebra a relação de confiança entre as pessoas.
Mesmo que a outra pessoa envolvida não saiba. Como você sabe, é o suficiente. Tanto que, mesmo sendo um segredo seu, isso está incomodando você.
Pois você precisa é se referenciar aos parâmetros da sua vida e do seu casamento para avaliar sua atitude.
Agora, considerar isso vício é complicado, pois supõe dependência. É essa a sua reclamação? Você acha que está dependente desse relacionamento e que, por isso, não consegue acabar com ele? Ah, e é diferente dos relacionamentos reais?
Se você pensar bem, tudo o que acontece na rede apenas reflete a vida real. O que acaba sendo uma pena, pois a vida real é tão repleta de limites!
Para terminar, essa é a sua questão: quais são os seus limites? Até onde você pode caminhar sem sofrer inutilmente?
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