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domingo, 12 de abril de 2009

Meninas confessam: "Eu me masturbo"

Explorar o próprio corpo é fundamental
Até o início dos anos 1900, os doutores compactuavam com a idéia de que o auto-erotismo provocaria o nascimento de pêlos nas mãos e a perda de fios na cabeça. E essas seriam apenas as conseqüências mais brandas. Os médicos falavam também em tuberculose, loucura, cegueira, epilepsia, anemia, envelhecimento precoce. Com o tempo, a masturbação ganhou status de remédio nos consultórios de ginecologia, psicologia e sexologia, receitada para pacientes (mulheres, principalmente) que chegam queixando-se de dificuldade em chegar ao orgasmo.

“Explorar o próprio corpo é fundamental”, recomenda a psicóloga e terapeuta sexual Sandra Vasquez. “Com esse exercício se descobrem a velocidade e intensidade ideais dos estímulos.” A dificuldade de se masturbar é mais comum entre mulheres do que entre homens e o mesmo acontece com a prisão de ventre. Uma coisa tem a ver com a outra? Sim, na opinião do sexólogo Mendes Júnior. “A menina, quando criança, ouve toda hora ‘fecha as pernas, esconde a calcinha’. Com o tempo, ela trava o esfíncter, a vagina.”

O filósofo francês Michel Foucault tratou do tema em seu livro História da Sexualidade. Obcecado em estudar os mecanismos de poder, ele dedicou-se também a refletir sobre a relação entre ele e o sexo. O controle dos pais sobre o erotismo dos filhos é uma forma de poder. O da Igreja sobre o corpo e a mente de seus fiéis também. A moralização dos hábitos fez-se necessária, dentre outros motivos, porque as prostitutas se tornavam superpoderosas ao ouvirem, na alcova, confidências de seus clientes. Ainda hoje é assim. Veja o caso recente da brasileira Andréia Schwartz, que chefiava uma rede de prostituição em Nova York e derrubou o ex-governador de lá ao relatar as relações dele com o esquema. Mas isso é outra história!

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