Políticos não ficam doentes. Essa é a regra geral. Todos eles têm saúde de ferro, e nada os atinge. Sempre tem que PARECER estarem bem, bronzeados, rejuvenescidos, prontos para receber os votos de seus eleitores. A imagem é tudo. E, quando ficam doentes de verdade, nem sempre seu estado real é o que é divulgado.
Dizem que JK teve um infarto enquanto estava na presidência da República. E a maioria das pessoas conhece o que aconteceu com Tancredo Neves, quando, até o último momento, a situação clínica real do Presidente foi omitida.
E os médicos que atendem aos políticos, muitas vezes, acabam contribuindo para as falsas notícias de recuperação: quem não se lembra da foto do presidente Tancredo, sentado em um sofá e cercado pela sorridente equipe médica que o atendia?
Depois da recente doença do vice-presidente da República, temos agora a novidade da condição da ministra Dilma Rousseff. Tudo preparado conforme o figurino do marketing: a hora da divulgação, num sábado à tarde, para esvaziar a repercussão; o ministro da Comunicação ao lado, observando todos os passos da entrevista. Os médicos informando o lado positivo, com altas chances de recuperação.
Quanto existe de real no que se divulgou? Não sabemos. O diagnóstico relatado: linfoma de grandes células. Não muito mais do que isso. E existem trinta ou mais subtipos de linfomas não-Hodgkin descritos.
Uma consulta rápida à National Library of Medicine dos Estados Unidos mostra, em relação ao prognóstico, que ele pode não ser tão bom quanto o divulgado, apesar de que a evolução pode ser muito lenta. Mas nada mais pode ser dito sem se conhecer os detalhes do caso da paciente.
Uma nova situação do tipo Tancredo Neves em preparo?
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