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domingo, 5 de abril de 2009

Oposição diz que MST perdeu seus objetivos;

... PT e PSOL defendem atuação do movimento


A bandeira do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) de luta pela reforma agrária coloca em lados opostos do Congresso as bancadas ruralista e de esquerda. Os ruralistas chamam os sem-terra de baderneiros, enquanto os deputados que defendem a bandeira do movimento dizem que seus integrantes buscam um espaço para produzir.

No Congresso, a bancada ruralista reúne cerca de 120 parlamentares de vários partidos, como DEM, PP, PR e PMDB, entre outros. Já os simpatizantes do MST se concentram basicamente no PT, PSOL e PDT. Independentemente das siglas, o movimento não passa incólume entre os congressistas.

"O MST perdeu os objetivos iniciais a que se propunha, como promover a reforma agrária. O que era no início está distante da realidade atual. É uma organização que passa à margem da legalidade e sustentada pelo governo. Tornou-se um movimento chapa branca", afirmou o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).

O deputado Adão Pretto (PT-RS), que defende propostas e ações em favor dos sem-terra no Congresso, discorda da afirmação de Maia. "Sem o MST, o número de pessoas marginalizadas nas cidades seria muito maior. O movimento é responsável pelo assentamento de milhares de famílias. Não é um movimento chapa branca, a prova disso é que há eleitos do MST por mais de um partido", disse.

Vice-presidente no núcleo sulista da bancada ruralista, o deputado Luís Carlos Heinze (PP), não poupa críticas ao MST. "Atualmente há um prêmio: quem está fazendo baderna é assentado. Há muito desvio de dinheiro em nome da reforma agrária. Esse povo está tendo benefícios e mais parece uma religião e com fanatismo", afirmou.

Já o líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), é um dos defensores constantes das ações do MST. "É sem dúvidas um dos movimentos sociais mais importantes. Há disputas internas e algumas dificuldades? Sem dúvidas. Mas isso não desqualifica o movimento. O que conta é a luta pelo projeto de demarcação que passa também por mudanças no projeto nacional do país, como as privatizações e a relação com os nossos vizinhos latino-americanos", afirmou ele.

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