QUEM QUER DIPLOMA?

OLHA O DIPLOMA! BARATINHO, BARATINHO...
Está virando febre em nosso estado o “negócio” de venda de diplomas do Ensino Médio (2º grau). É fácil encontrar propagandas oferecendo o diploma em três meses, como é o caso de uma escola no bairro do Farol ou em dois meses, como é o caso de uma escola no Jacintinho ou em apenas um mês, como está divulgando uma faixa ao lado do Hiper Bompreço, no Farol. Não existe essa modalidade de ensino que conclua três anos do Ensino Médio regular em tão pouco tempo, mas é possível que uma pessoa conclua o ensino médio em apenas um dia! Isso mesmo, um dia. Como? Fazendo os exames do supletivo oferecidos pelas Secretaria Estadual de Educação, o que não é fácil, e dificilmente alguém consegue aprovação em todas as disciplinas numa única tentativa.

Alguns “empreendedores” da educação encontraram uma fórmula milagrosa de fazer com que os alunos aprendam todo o conteúdo estabelecido para as três séries do ensino médio em tão pouco tempo e sejam aprovados num único dia de exames. Como? Pegando o que essas escolas têm em comum, todas elas levam seus alunos para fazer as provas no interior de Sergipe, lembrando que essas provas também acontecem aqui em Maceió, e de lá, voltam todos felizes, sorridentes e com o diploma do ensino médio debaixo do braço. Não acredito, e isso é a minha opinião, que tenha havido aprendizagem neste processo, longe disso, me parece, apenas, que aconteceu uma relação comercial como acontece em qualquer barraca de camelô que vende produtos “piratas”, você paga e leva a mercadoria sem nenhuma garantia, no nosso caso, nenhuma garantia de conhecimento.

Não sei quem pode fiscalizar essa aberração, se o Conselho Estadual de Educação, se a Secretaria de Educação, Ministério Público, o que eu sei é que assim não pode continuar. Em qualquer país com o mínimo de preocupação com educação o que se procura é manter os alunos o máximo de tempo em sala de aula, aprendendo. Infelizmente, o que acontece aqui é exatamente o contrário, estamos tirando o aluno de sala de aula, e, com isso, tirando dele a oportunidade de aprender.

Sutil como um rinoceronte desgovernado,

Gustavo Alexandre