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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Cientistas trabalham em remédio que apagaria lembranças

A experiência até parece filme: em 'Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças', Kate Winslet apaga o ex-namorado, vivido por Jim Carrey, de suas lembranças

Cientistas americanos vêm trabalhando no desenvolvimento de um medicamento que teria a capacidade de apagar informações do cérebro, segundo publicou hoje o "The New York Times".

Batizado de Zip, o remédio bloqueia a atividade de uma molécula que, aparentemente, o cérebro precisa para armazenar grande parte das informações.

Especialista em neurociência, Todd Sacktor lidera o grupo de pesquisadores baseado em Nova York e disse ao jornal que, caso esta molécula seja tão importante como parece, poderia promover melhorias em tratamentos de lembranças traumáticas e ajudaria o processo de aprendizado.

Em uma das experiências, um membro da equipe "ensinou" ratos a memorizar a localização de objetos e a se movimentar por uma pequena caixa, de modo que evitassem uma descarga elétricas em suas patas.

Depois de aprenderem estes movimentos, os animais conseguiam evitar os choques, mesmo passando um mês fora do local.

No entanto, após a aplicação do Zip, os ratos esqueceram do que tinham aprendido.

Um outro experimento realizado por pesquisadores israelenses descobriu que, com uma dose de Zip, os ratos esqueciam um sabor que não tinha lhes agradado três meses antes.

Apesar de a pesquisa estar limitada a animais, os cientistas acreditam que o sistema de memória funciona da mesma maneira nos seres humanos.

A vida imita a arte

A pesquisa científica até parece história de cinema. No filme "Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças" (2004), Kate Winslet faz um tratamento experimental para esquecer o ex-namorado, vivido por Jim Carey. Ela contrata uma empresa capaz de deletar, literalmente, alguém das lembranças de uma pessoa.

Quando o personagem de Jim Carrey descobre que a ex-namorada o esqueceu, ele resolve fazer o mesmo, porém o experimento inverte a situação, encaixando a moça em momentos em que ela não esteve presente. Será que a Ciência também será capaz de chegar a esse ponto?

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