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sábado, 13 de dezembro de 2008

Até quando esse povo vai... ( WALMAR BUARQUE )

...continuar levando porrada. Até quando essa classe excluída vai continuar submissa e adestrada aos parâmetros e limites determinados pelos que manipulam e permitem suas manifestações de insatisfação dentro do que eles acham suportáveis? Até quando o pobre vai conseguir sobreviver sem se violentar ou mesmo sem perder o autocontrole, até quando?... vão ficar de fora, à distância, olhando com inveja os que gozam a vida; Até quando vão se contentar em se cobrir com os tecidos mais baratos e ter a mínima respeitabilidade, recebendo como se fôssem divinos e maravilhosos esses programas compensatórios, que na verdade são vexatórios e humilhantes?
Não podemos compartilhar dessa farsa, pois muitos de nós leitores não nos satisfaríamos com esses quinhões dos pobres, ao contrário deveríamos chamá-los a todos para se tornarem convivas no banquete das coisas boas e agradáveis que a classe média alta desfruta.
Sabendo as autoridades que eles são de origem humildes, membros de famílias numerosas, e, portanto, sem esperança alguma, dependeria do poder público provê-los de, pelo menos o básico de direito constitucional, que seria a educação a saúde, a segurança para que pudessem pelo menos ter a chance de conviverem e alcançarem com seus méritos e esforço próprios o nirvana da convivência com os letrados e colunáveis do mundo competitivo do nosso mercado de trabalho e de oportunidades.
Os homens têm tempo de sobra a seu dispor, cada um de nós deixa passar o tempo, em quantidade suficiente para permitir que nos tornemos ricos ou pobres. No entanto somos todos capazes de admitir que temos onde nos espelharmos com nossas famílias, daí devemos orgulhar-nos e progredirmos ou justificar todo nosso fracasso.
É assim que começamos ou não a levar porrada pela falta da família que temos, levamos porrada por ser preto, desdentado, favelado, pobre ou até mesmo por sermos adversários na crença a Deus, pelo time que torcemos, ou pelas idéias que defendemos.
E o pior é que você paga pelo que veste, pelo que calça, come e bebe, como você poderá sobreviver nesta miserável sociedade sem gastar? E como produzir recursos para enfrentarmos esta competição.
O que você tem a mostrar como resultado do seu trabalho do mês passado? E do ano passado? Tolo! Você paga a todos menos a si mesmo. Palerma, você labuta para todos.Como também é escravo e trabalha pelo que lhe dá seu patrão para comer e vestir. Pense nisso e passe a pensar em parar de tomar porrada! Força de vontade não é senão o propósito inquebrantável de levar a cabo uma tarefa que você se propôs a terminar.
O sucesso aparece onde quer que o homem dispense energia. Não há homem que possa prever os limites do crescimento. Se você quer vencer na vida é muito simples. Conheça o que faz, estudando. Ame o que faz, trabalhando. Acredite no que faz com determinação e deixe de tomar porrada. Antes que ache que para mudar você terá que pegar em armas para conseguir seus objetivos e os outros para manter seus patrimônios.

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