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sábado, 13 de dezembro de 2008

Responsáveis ( WALMAR BUARQUE )

Nossos sinais de trânsito estão lotados de jovens, crianças e adolescentes, malabaristas ou não, eles aterrorizam e nos deixam em situação de constrangimento geral, pricipalmente quando estamos acompanhados de amigos turistas, o que faz com que qualquer outra conversa seja interrompida, para que comentários desairosos e chulos venham acompanhados de indignação e revolta daqueles que não estão acostumados a vivenciar essa desagradável situação.
Toda nossa beleza natural, a receptividade do povo e até mesmo o bom atendimento do alagoano, fica em segundo plano, quando dos comentários sobre nossa cidade; eles se referem às crianças, aos adolescentes e até aos robustos e saudáveis jovens adultos que durante toda sua estadia em Maceió os incomodaram e até mesmo os amendrontaram.
Para recuperar essas perdas materiais e fazer com que esses turistas retornem a Maceió é muito dificil. O constrangimento sofrido faz com que eles, no retorno a seu estado de origem, só lembrem dos incômodos garotos que a todo momento e em quase todos os lugares ficam a intimidá-los e a fazê-los sentir pressionados, fazendo do passeio um conturbado confronto com a miséria e a falta de assistência em Maceió para as crianças e adolescentes que tomaram as ruas dessa cidade, definitivamente.
Se você é um advogado, sua função é resolver os problemas do seu cliente.
Se você é médico, não tem apenas de fazer algo para seu paciente melhorar. Você precisa tentar curá-lo.
Se você é secretário de estado, você não precisa apenas assumir o cargo e sentar na cadeira. Você precisa justificar sua função, exercitar e ser apenas boa secretária não é suficiente. É preciso assumir responsabilidade com a comunidade e não apenas justificar e planejar ações, mas efetivamente colocá-las em prática, pois sua ação será sentida em quase todos os segmentos do município e do estado, no comércio, no trânsito, no turismo, na educação, no povo e nos turistas.
Não adianta ser didática, observadora e sensacional num dia e péssima no outro. As pessoas estão cansadas de serem enganadas. Num dia, numa reportagem no jornal, numa entrevista coletiva, fala-se de planos e projetos; no outro dia a situação não muda em nada. O que nos importa se em Curitiba deu certo e que em Toronto no Canadá é um sucesso, se aqui as pessoas dirigentes não estão nem aí para que aqui dê certo? Aceitar desafios é uma coisa, aceitar um emprego é outra, nem todos estão preparados para desafios, mas quase todos estão prontos para um bom emprego. Se o desafio não é vencido por falta de estrutura, recursos e pessoal técnico que se denuncie a situação e se entregue o cargo para que outros os enfrente.
Sua secretaria precisa de melhor atenção por parte do executivo? Lute para que isso seja reconhecido e que promova mudanças. Um líder não se satisfaz com suposições, vai atrás das informações, faz perguntas, exige atenção. Se as pessoas podem produzir resultados, não se justifica seu fracasso. Elas lutam por todos os meios para promover o sucesso. Quando a autoridade recebe informações que vem do povo ela não pode correr o risco de não ver a realidade que contrapõe ao que imagina. Quando um líder perceber que há insatisfação e que colocam dúvidas sobre a qualidade de seus serviços, ele procura imediatamente tomar providências, para que a imagem de seriedade e responsabilidade de sua gestão não seja arranhada. Afinal, estrago na imagem de uma pessoa que ocupa cargo público equivale a perdas para toda administração do executivo maior.
Pense como quiser. Faça o que quiser. Mas não culpe ninguém por seus resultados.
Mas para perder, perder mesmo, você tem de ser perseverante

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