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sábado, 13 de dezembro de 2008

De Volta à Bahia (WALMAR BUARQUE )

De Volta à Bahia

Há tempos atrás fiz referência a uma estadia que passei em Salvador e no relato fiz rasgados elogios às politicas públicas no âmbito da assistência social de Salvador, que me deixou entusiasmado pela ausência de crianças e adolescentes nos sinais mendigando, limpando vidros e fazendo primários shows de malabarismos nos sinais acompanhados de adultos exploradores destas inocentes crianças que inexplicavelmente aqui em Maceió passeiam impunemente e os adultos que não são reprimidos na sua sórdida exploração.
A cidade de Salvador nos seus contrastes continua linda, atraente e entusiasmante para turistas brasileiros e estrangeiros, com suas tradições preservadas, tantos as religiosas quanto as arquitetônicas encantam e deixam todos felizes entusiasmados pela simpatia de seu povo, com o cuidado para com os turistas e pelo desenvolvimento urbano, com longas avenidas, expansão dos acessos a pontos turísticos e na movimentação do tráfego, sem falar nas praças bem cuidadas, seus monumentos preservados e respeitados, enfim tudo conforme manda o figurino de um destino turístico.
Centro de convenção? Não. Centro de convenções na cidade, pelo menos visitei quatro, shoppings dezenas e são shoppings, não essas galerias que temos aqui. Por falar em Maceió até o centro de convenção, o grande empreendimento junto com o aeroporto, teve seu nome trocado por “Centro de Cultura”, por que? E o nosso novo aeroporto, em comparação ao de Recife e o de Salvador, mesmo com ampliação ficará no mesmo patamar de antes “moderno” mas nem tanto, “imponente” nem um pouco se comparado com os outros, enfim ficamos como estamos a muitos anos luz atrás de nossos vizinhos. Trânsito caótico, ruas sujas, as lagoas imundas e mal tratadas, lixo e animais soltos em via pública, camelôs em profusão, favelas, assentamentos de miseráveis por toda cidade, sinais quebrados, falta de sinalização urbana, estradas de acesso em péssimas condições, perigosas e irresponsavelmente mantidas pelo poder público.
Mas o que nos iguala agora a Salvador na Bahia é a volta escandalosa dos pedintes, crianças, adolescentes e jovens adultos nos sinais, nas ruas e nos restaurantes incomodando e tirando o brilho e aquela satisfação de viver e visitar Salvador.
Mas procurei a resposta e ela veio em uma matéria no jornal A Tarde. Nesta matéria o jornalista denunciava que o novo prefeito ou a nova gestão desarticulou e extinguiu todos os convênios com as ONG’S que antes tomavam conta e ocupavam essas crianças. O prefeito achava, como o daqui, que a gestão pública sozinha poderia fazer o que nós ONG’s fazemos como as de lá de Salvador em atender com dedicação, amor e responsabilidade social o acompanhamento e o encaminhamento dessa multidão de jovens carentes da periferia da cidade, mas no entanto, em entrevista à televisão, o prefeito de Salvador reconheceu o erro e vai voltar antes que seja tarde a dividir essa imensa tarefa com as ONG`s de Salvador. Nessa entrevista, ele lembrou do problema de Maceió, que no entender dele vive um caos social de consequências imprevisíveis por falta de sensibilidade das autoridades de fazerem e ajudarem na parceria com as ONG`s que trabalham com crianças e adolescentes .
Infelizmente a lembrança de Maceió para ele ficou no abandono e no descaso com as crianças e adolescentes pela cidade.
E felizmente para os baianos, seu prefeito inteligente e consciente reconheceu o erro e voltou atrás para o bem de todos que moram e visitam Salvador, reativando todos seus convênios com as ONG`S para voltar a dar assistência a todas as crianças e a todos adolescentes de Salvador.
Sendo assim salve a Bahia e viva o prefeito soteropolitano!

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