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domingo, 14 de dezembro de 2008

Duas histórias interessantes.‏

HISTÓRIA NÚMERO UM

Muitos anos atrás, Al Capone possuía virtualmente Chicago. Capone não
era famoso por nenhum ato heróico. Ele era notório por empastar a
cidade com tudo relativo a contrabando, bebida, prostituição e
assassinatos.

Capone tinha um advogado apelidado 'Easy Eddie'. Era o seu advogado por
um excelente motivo: Eddie era muito bom! Na realidade, sua habilidade,
manobrando no cipoal legal, manteve Al Capone fora da prisão por muito
tempo.

Para mostrar seu apreço, Capone lhe pagava muito bem. Não só o
dinheiro era grande, como Eddie também tinha vantagens especiais. Por
exemplo, ele e a família moravam em uma mansão protegida, com todas
as conveniências possíveis. A propriedade era tão grande que ocupava
um quarteirão inteiro de Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda de
Chicago, mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam
à sua volta. No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco. Ele tinha um
filho que amava afetuosamente.

Eddie cuidava que seu jovem filho tivesse o melhor de tudo: roupas,
carros e uma excelente educação. Nada era poupado. Preço não era
objeção. E, apesar do seu envolvimento com o crime organizado, Eddie
tentou lhe ensinar o que era certo e o que era errado. Eddie queria que
seu filho se tornasse um homem melhor que ele.

Mesmo assim, com toda a sua riqueza e influência, havia duas coisas que
ele não podia dar ao filho: ele não podia transmitir-lhe um nome bom
ou um bom exemplo.

Um dia, o Easy Eddie chegou a uma decisão difícil. Easy Eddie tentou
corrigir as injustiças de que tinha participado. Ele decidiu que iria
às autoridades e contaria a verdade sobre Al 'Scarface' Capone,
limpando o seu nome manchado e oferecendo ao filho alguma semelhança
de integridade.

Para fazer isto, ele teria que testemunhar contra a quadrilha e sabia
que o preço seria muito alto. Ainda assim, ele testemunhou.

Em um ano, a vida de Easy Eddie terminou em um tiroteio em uma rua de
Chicago. Mas aos olhos dele, ele tinha dado ao filho o maior
presente que poderia oferecer, pelo maior preço que poderia pagar.

A polícia recolheu em seus bolsos um rosário, um crucifixo, uma
medalha religiosa e um poema recortado de uma revista. O poema:

"O relógio de vida recebe corda apenas uma vez E nenhum homem tem o
poder de decidir quando os ponteiros pararão, se mais cedo ou mais
tarde. Agora é o único tempo que você possui. Viva, ame e trabalhe
com vontade. Não ponha nenhuma esperança no tempo, pois o relógio
pode parar a qualquer momento."

HISTÓRIA NÚMERO DOIS

A Segunda Guerra Mundial produziu muitos heróis. Um deles foi o
Comandante Butch O'Hare. Ele era um piloto de caça, operando no
porta-aviões Lexington, no Pacífico Sul.

Um dia, o seu esquadrão foi enviado em uma missão. Quando já estavam
voando, ele notou pelo medidor de combustível que alguém tinha
esquecido de encher, totalmente, os tanques de seu avião.

Ele não teria combustível suficiente para completar a missão e
retornar ao navio. O líder do vôo o instruiu a voltar ao
porta-aviões. Relutantemente, ele saiu da formação e iniciou a volta
à frota.

Quando estava voltando ao navio-mãe, viu algo que fez seu sangue gelar:
um esquadrão de aviões japoneses voava na direção da frota
americana.

Com os outros caças americanos afastados da frota, ela ficaria indefesa
ao ataque. Ele não podia alcançar seu esquadrão nem avisar à frota
sobre a aproximação do perigo. Havia apenas uma coisa a fazer. Ele
teria que desviá-los da frota de alguma maneira.

Afastando todos os pensamentos sobre a sua segurança pessoal, ele
mergulhou sobre a formação de aviões japoneses. Seus canhões de
calibre 50, montados nas asas, disparavam enquanto ele atacava um
surpreso avião inimigo e em seguida outro. Butch costurou dentro e
fora da formação, agora rompida, e incendiou tantos aviões quanto
possível, até que sua munição finalmente acabou.

Ainda assim, ele continuou a agressão. Mergulhava na direção dos
aviões, tentando destruir e danificar tantos aviões inimigos quanto
possível, tornando-os impróprios para voar.

Finalmente, o exasperado esquadrão japonês partiu em outra direção.
Profundamente aliviado, Butch O'Hare e o seu avião danificado se
dirigiram para o porta-aviões.

Logo à sua chegada ele informou seus superiores sobre o acontecido. O
filme da máquina fotográfica montada no avião contou a história com
detalhes. Mostrou a extensão da ousadia de Butch em atacar o esquadrão
japonês para proteger a frota. Na realidade, ele tinha destruído cinco
aeronaves inimigas.

Isso ocorreu no dia 20 de fevereiro de 1942, e por aquela ação Butch
se tornou o primeiro Ás da Marinha, na 2ª Guerra Mundial, e o
primeiro Aviador Naval a receber a Medalha Congressional de Honra. No
ano seguinte Butch morreu em combate aéreo aos 29 anos.

Sua cidade natal não permitiria que a memória deste herói da 2ª
Guerra desaparecesse e, hoje, o Aeroporto O'Hare, o principal de
Chicago, tem esse nome em tributo à coragem deste grande homem.

Assim, se porventura você passar no O'Hare International, pense nele e
vá ao Museu sobre o Butch, veja sua estátua e a Medalha de Honra.
Fica situado entre os Terminais 1 e 2.

O que têm essas duas histórias de comum entre elas? Butch O'Hare era o
filho de Easy Eddie.

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